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terça-feira, 9 de julho de 2013

Férias do Papa Francisco

Em período de férias, Papa Francisco altera ritmo de atividades


Em julho, não serão realizadas as Catequeses das quartas-feiras

       Apesar de continuar no Vaticano durante o período de férias, o Papa Francisco alterou o ritmo de algumas atividades, como já é tradição entre os Pontífices. Neste mês, a costumeira Missa matutina que o Santo Padre tem presidido na Capela Santa Marta será celebrada em particular e as Catequeses das quartas-feiras não serão realizadas, sendo retomadas no dia 7 de agosto. Neste período, também foram suspensas todas as audiências privadas e especiais do Santo Padre.
       No próximo domingo, dia 14, o Santo Padre irá a Castel Gandolfo para rezar o Angelus no Palácio Pontifício, mas retorna ao Vaticano em seguida. E de 22 a 29 de julho, Francisco fará sua primeira viagem apostólica internacional, vindo ao Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro [Confira agenda do Papa no Brasil].
       Diferentemente de seus antecessores, que costumavam passar o período de férias em Castel Gandolfo, nos meses mais quentes do verão europeu, Francisco preferiu permanecer em Roma neste primeiro ano de seu Pontificado, conforme anunciou, no início do mês de junho, o porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi.



segunda-feira, 8 de julho de 2013

Indulgências na JMJ

Vaticano concede indulgências para participantes da JMJ Rio2013



       Papa Francisco lança decreto que concede indulgência aos participantes da Jornada Mundia da Juventude (JMJ Rio2013). De acordo com o texto do decreto, a indulgência pode ser recebida por todos que viverem a JMJ, mesmo que espiritualmente. Para isso, os jovens precisam rezar pelas intenções do Sumo Pontífice, confessar-se e comungar. O decreto foi assinado em 2 julho pela Penintenciária Apostólica.
       O decreto explica que será concedida a Indulgência parcial aos fiéis, onde quer que se encontrem durante a Jornada. Para isso, é necessário, com alma contrita, elevar fervorosamente orações a Deus, concluindo com a oração oficial da Jornada Mundial da Juventude, e devotas invocações à Santa Virgem Maria, Rainha do Brasil, sob o título de “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”, bem como aos outros Patronos e Intercessores do mesmo encontro, de modo a que estimulem os jovens a se fortalecerem na fé e a caminharem na santidade. Os fiéis deverão também buscar a confissão.

>>> Veja abaixo a íntegra do decreto


PENITENCIARIA APOSTÓLICA

RIO DE JANEIRO

DECRETO

Concede-se o dom das Indulgências por ocasião da “XXVIII” Jornada Mundial das Juventude”, que será celebrada no Rio de Janeiro durante o corrente Ano da Fé.

O Santo Padre Francisco, desejando que os jovens, em união com os fins espirituais do Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI, possam obter os frutos esperados de santificação da “XXVIII Jornada Mundial da Juventude, que se celebrará de 22 a 29 do próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro, e que terá por tema: “Ide e fazei discípulos por todas as nações (cfr Mt 28, 19)”, na Audiência concedida no passado 3 de Junho ao subscrito Cardeal Penitenciário-mor, manifestando o coração materno da Igreja, do Tesouro das satisfações de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Beatíssima Virgem Maria e de todos os Santos, estabeleceu que todos os jovens e todos os fiéis devidamente preparados pudessem usufruir do dom das Indulgências como determinado:

a.- concede-se a Indulgência plenária, obtenível uma vez por dia mediante as seguintes condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Sumo Pontífice) e ainda aplicável a modo de sufrágio pela almas dos fiéis defuntos, pelos fiéis verdadeiramente arrependidos e contritos, que devotamente participem nos ritos sagrados e exercícios de piedade que terão lugar no Rio de Janeiro.

Os fiéis legitimamente impedidos, poderão obter a Indulgência plenária desde que, cumprindo as comuns condições espirituais, sacramentais e de oração, com o propósito de filial submissão ao Romano Pontífice, participem espiritualmente nas sagradas funções nos dias determinados, desde que sigam estes ritos e exercícios piedosos enquanto se desenrolam, através da televisão e da rádio ou, sempre que com a devida devoção, através dos novos meios de comunicação social;

b.- concede-se a Indulgência parcial aos fiéis, onde quer que se encontrem durante o mencionado encontro, sempre que, pelo menos com alma contrita, elevem fervorosamente orações a Deus, concluindo com a oração oficial da Jornada Mundial da Juventude, e devotas invocações à Santa Virgem Maria, Rainha do Brasil, sob o título de “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”, bem como aos outros Patronos e Intercessores do mesmo encontro, de modo a que estimulem os jovens a se fortalecerem na fé e a caminharem na santidade.

Para que os fiéis possam mais facilmente participarem destes dons celestes, os sacerdotes, legitimamente aprovados para ouvir confissões sacramentais, com ânimo pronto e generoso se prestem a acolhê-las e proponham aos fiéis orações públicas, pelo bom êxito desta “Jornada Mundial da Juventude”.

O presente Decreto tem validade para este encontro. Não obstante qualquer disposição contrária.

Dado em Roma, na Sede da Penitenciaria Apostolica, no dia 24 de Junho do ano do Senhor de 2013, na solenidade de São João Batista


Manuel Card. Monteiro de Castro
Penitenciário-mor

Mons. Krzysztof Nykiel
Regente


L. + S.
Prot. N. 297/13/I


JMJ Rio2013: "A herança do sagrado: obras-primas do Vaticano e de museus italianos"

JMJ Rio2013 traz exposição com obras-primas do Vaticano e de museus italianos



       O Festival da Juventude da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013) apresenta mais uma novidade, a exposição "A herança do sagrado: obras-primas do Vaticano e de museus italianos", no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), de 10 de julho a 13 de outubro. A exposição estará aberta de terça a domingo, das 9h às 21h.
       São mais de cem obras-primas do Museu do Vaticano e outros museus renomados da Itália, como o do Palácio Venezia, a Galeria Borghese e os Museus Capitolinos (Roma), o de Capodimonte (Nápoles), a Galeria Nacional de Marche (Urbino) e a Galeria Palatina (Florença), além da Biblioteca Apostólica Vaticana e a Fábrica de São Pedro. As exposições são tradicionais durante as Jornadas. Além disso, de acordo com a diretora do MNBA, Mônica Xexeo, esta será a mais importante mostra do Vaticano já trazida para o Brasil e América do Sul.
       O curador da exposição é o professor Giovanni Morello, pesquisador que trabalhou na Biblioteca Vaticana durante trinta anos. “É uma exposição única em razão da amplitude do tema e pela presença de mestres e grandes artistas, o que proporciona um amplo entendimento da singularidade de importantes períodos artísticos - o Renascimento e o Barroco -, que nasceram e tiveram seu auge em muitos dos distritos italianos”, explica.
       Devido à diversidade do acervo, a exposição será dividida em quatro módulos, que ocuparão todo o segundo andar do Museu Nacional de Belas Artes. Serão pinturas, esculturas, joias e relíquias, usadas para contar a história da igreja católica.


Módulos temáticos
       O primeiro módulo será sobre momentos da vida de Cristo, representados por obras de Ticiano e Peter Paul Rubens. No segundo, a missão e vocação dos apóstolos Pedro e Paulo serão traduzidas através das obras de arte da antiga Basílica de São Pedro, conhecida como Basílica de Constantino, no Vaticano. O terceiro módulo será sobre a Virgem Maria, trazendo diversas artes, como a pintura Madonna del davanzale, c. 1490, de Pinturìcchio. E no quarto e último módulo, haverá obras e relíquias sobre a vida dos santos, como a dos artistas Guido Reni e Caravaggio.
       O Rio de Janeiro, sede da Jornada Mundial da Juventude, será homenageado através da exposição do relicário que abriga os restos mortais do crânio de São Sebastião, padroeiro da cidade. O público pode apreciar obras raras como a primeira representação conhecida de Jesus Cristo, dos séculos III e V, Ressureição (Resurrezione), de Ticiano, entre várias obras de Leonardo da Vinci.
       A exposição ‘A herança do sagrado: obras-primas do Vaticano e de museus italianos’ tem o apoio do Ministério da Cultura, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e é uma realização do Pontifício Conselho para os Leigos, do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013, da Fundação João Paulo II para a Juventude, em conjunto com o Governo Federal do Brasil, por meio do Instituto Brasileiro de Museus e do Museu Nacional de Belas Artes.


Serviço:

Data: 10 de julho a 13 de outubro de 2013

Endereço: Av. Rio Branco, 199 – Cinelândia, Rio de Janeiro – RJ

Horários de funcionamento: das 9h às 21h, de terça a domingo

Atendimento a grupos: não haverá agendamento para grupos ― visitação por ordem de chegada.

Informações: (0xx21) 2219-8474


Debate entre Cardeal e Rabino

Visita do Papa ao Brasil é tema de debate entre Cardeal e Rabino




       Na véspera da chegada do Papa Francisco ao País, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico-Judaico (DCJ) da CNBB promoverão em 10 de julho, em São Paulo-SP, um debate entre o Cardeal Dom Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo-SP, e o rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista. Eles abordarão a visita do pontífice ao Brasil, bem como os 50 anos de diálogo católico-judaico, como resultado do Concílio Vaticano 2º, convocado pelo Papa João 23 e inaugurado em outubro de 1962.
       A aproximação entre as duas comunidades recebeu um grande incentivo com a publicação da Declaração Nostra Aetate, durante o Concílio, que afirma em seu parágrafo quarto: “Sendo assim tão grande o patrimônio espiritual comum aos cristãos e aos judeus, este sagrado Concílio quer fomentar e recomendar entre eles o mútuo conhecimento e estima, os quais se alcançarão, sobretudo por meio dos estudos bíblicos e teológicos e com os diálogos fraternos”.
       A Comissão Nacional de Diálogo Religioso Católico-Judaico (DCJ) foi criada pela CNBB em 1981 para articular, no País, o diálogo religioso entre católicos e judeus, e é apoiada pela Conib. O rabino Schlesinger é o representante da entidade na DCJ. A mediação do debate será do ator Dan Stulbach. O evento ocorrerá no Cine Livraria Cultura Sala 1, no Conjunto Nacional, em São Paulo, e tem o apoio da Arquidiocese de São Paulo, da Casa da Reconciliação, da Congregação Israelita Paulista, do Instituto Vladimir Herzog e da Livraria Cultura.
       O cardeal e o rabino estarão disponíveis para conversar com a imprensa das 19h às 19h30min, no Cine Livraria Cultura Sala 2. O debate, que será realizado na Sala 1, às 19h30min, é direcionado ao público em geral. A imprensa poderá filmar e fotografar.


"Gigante da fé"

"João Paulo II é um gigante da fé", disse o Cardeal Stanislaw Rylko



       O Beato João Paulo II dentro em breve será Santo. Em pouco tempo, a notícia correu o mundo suscitando a alegria de milhões de fiéis. Prestes a partir para o Brasil, o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, que 50 anos atrás conheceu em Cracóvia (1963) o futuro Santo falou de sua emoção pela canonização de Karol Wojtyla.
       "Esta notícia suscita, sobretudo, uma grande alegria e uma profunda gratidão ao Senhor. É um dom imenso para a Igreja dos nossos tempos: o Papa João Paulo II Santo. Como disse alguém: 'O Beato João Paulo II é um Papa que não morre'. Permaneceu vivo nos corações de tantos fiéis espalhados pelo mundo inteiro, está vivo no coração daqueles que todos os dias rezam na Basílica de São Pedro diante do altar que custodia suas relíquias. É um Papa que vive."
       Para Dom Rylko, a canonização do Beato João Paulo II que acontecerá provavelmente ainda dentro do Ano da Fé é uma verdadeira “coincidência, particularmente significativa”. O cardeal lembro ainda o testemunho de fé de João Paulo II citado também na homilia da missa de Beatificação do Papa Wojtyla por Bento XVI que afirmou: "Bendito és tu, João Paulo II, porque acreditaste".
       “O Papa João Paulo II foi realmente um ‘gigante da fé’. ‘Totus tuus’ – todo de Deus – e por isso mesmo, completamente dedicado à causa do homem. As suas palavras ‘Não tenham medo, abram as portas a Cristo’, realmente plasmaram a vida de uma geração de cristãos", afirmou o cardeal.
       Dom  Stanislaw Rylko ressaltou por fim o papel de João Paulo II nas jornadas mundiais da Juventude. Para ele, Karol Wojtyla é também o "Papa dos jovens". “Fundador das Jornadas Mundiais da Juventude, graças às quais nasceu uma nova geração de jovens na Igreja: os jovens do ‘Sim’ incondicionado a Cristo e à sua Igreja. Ele mesmo dizia de si próprio: ‘Eu sou amigo dos jovens...’ – mas acrescentava – ‘...um amigo exigente’. Jamais tinha receio de apresentar aos jovens metas altas e exigentes. Portanto, confiamos hoje à sua forte intercessão os frutos espirituais da iminente JMJ do Rio de Janeiro."


Papa Francisco em Lampedusa

Papa Franbcisco leva esperança a refugiados em sua primeira viagem na Itália


Papa Francisco encontra imigrantes em Lampedusa

       O Papa Francisco iniciou, na manhã desta segunda-feira, dia 8, sua primeira visita em território italiano, que o levou a Lampedusa: uma ilha que faz fronteira entre a África e a Itália. A ideia de visitar a ilha de Lampedusa nasceu por causa dos contínuos desembarques e naufrágios de migrantes, sobretudo provenientes da África. Tocado por esta série de tragédias, o Santo Padre, decidiu fazer uma visita à comunidade paroquial e aos imigrantes sobreviventes, para com eles rezar e dar-lhes coragem de superar com dignidade a dramática situação.
       O Papa deixou a Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano, às 7h20min (horário local) e às 8h do aeroporto romano de Ciampino. Após uma hora e quinze minutos de vôo, chegou ao aeroporto de Lampedusa, onde foi acolhido pelo Arcebispo de Agrigento, Dom Francesco Montenegro e pela prefeita da cidade, Giuseppina Nicolini.
       A recepção foi cordial, mas sem discursos e singela, segundo o desejo do próprio Papa. Do aeroporto, partiu de carro até a enseada Cala Pisana, de onde embarcou, com a fragata da marinha italiana, ao Porto de Lampedusa, acompanhado de cerca de cem pequenos barcos de pescadores. Durante o breve trajeto, Papa Francisco lançou uma coroa de flores em homenagem às vítimas dos naufrágios.
       Às 9h30min (horário local), o barco do Papa chegou ao Porto de Lampedusa, em Punta Favarolo, onde foi acolhido por um grupo de jovens imigrantes. Um deles fez uma breve saudação ao Papa, em árabe, em nome dos presentes, dizendo: “Agradecemos pela sua presença entre nós e esperamos que o senhor possa resolver nosso problema. Fugimos do nosso país, por dois motivos: político e econômico. Passamos por muitos obstáculos e fomos sequestrados por traficantes até chegar aqui. Esperemos que outros países Europeus também nos ajudem”.
       O Papa agradeceu os imigrantes e pediu para rezar, com ele, uns pelos outros. A seguir, o Pontífice se dirigiu, com um jipinho local, ao campo esportivo vizinho, chamado Arena, na localidade Salina, para a celebração da Santa Missa. Durante a celebração Eucarística, o Santo Padre utilizou um báculo pastoral, em forma de cruz, feito com a madeira das embarcações naufragadas dos imigrantes. No braço horizontal da cruz, estão cunhados dois peixes; e no vertical, cinco pães, recordando a passagem evangélica da multiplicação dos pães: “Dai-lhes, vós mesmos, de comer”.
       Nestas palavras, podemos reler o gesto significativo da partilha, a partir daquele pouco que a comunidade de Lampedusa dispõe, colocado à disposição nos momentos mais difíceis da acolhida dos irmãos imigrantes. A incisão do coração, de cor vermelha, entre os dois braços da cruz do báculo pastoral, significa a caridade, que deve estar sempre ao centro da assistência dos refugiados da comunidade cristã.
       Outro objeto utilizado na Santa Missa foi o Cálice de madeira, com revestimento interno em prata, segundo as normas litúrgicas. À base do cálice foi colocado um cravo transversal, que relembra a Paixão de Cristo. A madeira também foi extraída de embarcações dos naufrágios de imigrantes. Tanto o báculo pastoral como o cálice são obra de um artesão da ilha de Lampedusa, que tanto trabalhou, sobretudo nos dias de maior emergência, para socorrer os irmãos refugiados.
       O ponto alto da visita do Papa Francisco a Lampedusa foi a celebração Eucarística, no campo esportivo de Arena. O formulário da Missa é o da “remissão dos pecados, pelas necessidades particulares, previsto pelo Missal Romano.


Papa Francisco: Dia dos seminaristas, noviços e noviças

"A missão sem Deus torna-se um ofício", diz Papa



       Na manhã deste domingo, dia 7, Papa Francisco celebrou a Santa Missa por ocasião do Dia dos seminaristas, noviços e noviças e dos que estão no caminho vocacional. Em sua homilia, o Santo Padre comentou três pontos de referência da missão cristã – alegria da consolação, cruz e oração – e afirmou que a ação missionária torna-se um ofício se não é pautada pelo relacionamento com Deus.
       “Sem o relacionamento constante com Deus a missão torna-se um ofício. Mas que trabalho fazes? Trabalho de alfaiate, de cozinheira, de padre… Trabalhas de padre, de freira? Não. Não é um ofício, é diverso”, disse.
       Aos seminaristas e noviços, Francisco recordou a importância de transmitir a mensagem de esperança, da consolação de Deus, de Sua ternura para com todos. “Mas só podemos ser seus portadores, se experimentarmos nós primeiro a alegria de ser consolados por Ele, de ser amados por Ele”.
       Além disso, o Santo Padre destacou que a fecundidade pastoral não vem do sucesso nem do insucesso vistos segundo critérios humanos, mas do conformar-se com a lógica da Cruz, que é a lógica da doação e do amor. “É a Cruz – sempre a Cruz com Cristo, porque às vezes oferecem-nos a cruz sem Cristo: esta não vale! É a Cruz, sempre a Cruz com Cristo – que garante a fecundidade da nossa missão”.
       O terceiro elemento citado pelo Papa foi a oração. E se o apóstolo é fruto da oração, refletiu Francisco, na oração ele encontrará a luz e a força da sua ação. “De contrário, a nossa missão não será fecunda; mas apaga-se no próprio momento em que se interrompe a ligação com a fonte, com o Senhor”.
       Francisco encerrou a homilia lembrando que a difusão do Evangelho não é assegurada pelo número de pessoas, prestígio da instituição ou pelos recursos disponíveis, mas pelo estar permeado pelo amor de Cristo, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo.


Ano da Fé: Missa do Papa com seminaristas, noviços e noviças

Homilia do Papa na Santa Missa com Seminaristas, noviços e noviças


Homilia do Papa na Missa com Seminaristas, noviços e noviças
HOMILIASanta Missa pelo “Dia dos Seminaristas, Noviços e Noviças e 
de todos que estão no caminho vocacional”, em ocasião do Ano da FéBasílica VaticanaDomingo, 7 de julho de 2013

Boletim da Santa Sé


Amados irmãos e irmãs!

Já ontem tive a alegria de vos encontrar, e hoje a nossa festa é ainda maior porque nos reunimos para a Eucaristia, no Dia do Senhor. Sois seminaristas, noviços e noviças, jovens em caminhada vocacional, vindos dos diversos cantos do mundo: representais a juventude da Igreja. Se a Igreja é a Esposa de Cristo, de certo modo vós representais o seu tempo de noivado, a primavera da vocação, o período da descoberta, do discernimento, da formação. E é um período muito belo, em que se lançam as bases do futuro. Obrigado por terdes vindo!

Hoje a Palavra de Deus fala-nos da missão. Donde nasce a missão? A resposta é simples: nasce de uma chamada – a do Senhor – e Ele chama para ser enviado. Qual deve ser o estilo do enviado? Quais são os pontos de referência da missão cristã? As leituras que ouvimos sugerem-nos três: a alegria da consolação, a cruz e a oração.

1. O primeiro elemento: a alegria de consolação. O profeta Isaías dirige-se a um povo que atravessou o período escuro do exílio, sofreu uma prova muito dura; mas agora, para Jerusalém, chegou o tempo da consolação; a tristeza e o medo devem dar lugar à alegria: «Alegrai-vos (…), rejubilai (…) regozijai-vos» – diz o Profeta (66, 10). É um grande convite à alegria. Porquê? Qual é o motivo deste convite à alegria? Porque o Senhor derramará sobre a Cidade Santa e seus habitantes uma «cascata» de consolação, uma cascata de consolação – ficando assim repletos de consolação –, uma cascata de ternura materna: «Serão levados ao colo e acariciados sobre os seus regaços» (v. 12). Como faz a mãe quando põe o filho no regaço e o acaricia, assim o Senhor fará connosco… faz connosco. Esta é a cascata de ternura que nos dá tanta consolação. «Como a mãe consola o seu filho, assim Eu vos consolarei» (v. 13). Cada cristão, mas sobretudo nós, somos chamados a levar esta mensagem de esperança, que dá serenidade e alegria: a consolação de Deus, a sua ternura para com todos. Mas só podemos ser seus portadores, se experimentarmos nós primeiro a alegria de ser consolados por Ele, de ser amados por Ele. Isto é importante para que a nossa missão seja fecunda: sentir a consolação de Deus e transmiti-la! Algumas vezes encontrei pessoas consagradas que têm medo da consolação de Deus e… pobrezinho, pobrezinha delas, se amofinam porque têm medo desta ternura de Deus. Mas não tenhais medo. Não tenhais medo, o nosso Deus é o Senhor da consolação, o Senhor da ternura. O Senhor é Pai e Ele disse que procederá connosco como faz uma mãe com o seu filho, com a ternura dela. Não tenhais medo da consolação do Senhor. O convite de Isaías: «consolai, consolai o meu povo» (40,1) deve ressoar no nosso coração e tornar-se missão. Encontrarmos, nós, o Senhor que nos consola e irmos consolar o povo de Deus: esta é a missão. Hoje as pessoas precisam certamente de palavras, mas sobretudo têm necessidade que testemunhemos a misericórdia, a ternura do Senhor, que aquece o coração, desperta a esperança, atrai para o bem. A alegria de levar a consolação de Deus!

2. O segundo ponto de referência da missão é a cruz de Cristo. São Paulo, ao escrever aos Gálatas, diz: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (6, 14). E fala de «estigmas», isto é, das chagas de Jesus crucificado, como selo, marca distintiva da sua vida de apóstolo do Evangelho. No seu ministério, Paulo experimentou o sofrimento, a fraqueza e a derrota, mas também a alegria e a consolação. Isto é o mistério pascal de Jesus: mistério de morte e ressurreição. E foi precisamente o ter-se deixado configurar à morte de Jesus que fez São Paulo participar na sua ressurreição, na sua vitória. Na hora da escuridão, na hora da prova, já está presente e operante a alvorada da luz e da salvação. O mistério pascal é o coração palpitante da missão da Igreja. E, se permanecermos dentro deste mistério, estamos a coberto quer de uma visão mundana e triunfalista da missão, quer do desânimo que pode surgir à vista das provas e dos insucessos. A fecundidade pastoral, a fecundidade do anúncio do Evangelho não deriva do sucesso nem do insucesso vistos segundo critérios de avaliação humana, mas de conformar-se com a lógica da Cruz de Jesus, que é a lógica de sair de si mesmo e dar-se, a lógica do amor. É a Cruz – sempre a Cruz com Cristo, porque às vezes oferecem-nos a cruz sem Cristo: esta não vale! É a Cruz, sempre a Cruz com Cristo – que garante a fecundidade da nossa missão. E é da Cruz, supremo acto de misericórdia e amor, que se renasce como «nova criação» (Gl 6, 15).

3. Finalmente, o terceiro elemento: a oração. Ouvimos no Evangelho: «Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2). Os trabalhadores para a messe não são escolhidos através de campanhas publicitárias ou apelos ao serviço da generosidade, mas são «escolhidos» e «mandados» por Deus. É Ele que escolhe, é Ele que manda; sim, é Ele que manda, é Ele que confere a missão. Por isso é importante a oração. A Igreja – repetia Bento XVI – não é nossa, mas de Deus; e quantas vezes nós, os consagrados, pensamos que seja nossa! Fazemos dela… qualquer coisa que nos vem à cabeça. Mas não é nossa; é de Deus. O campo a cultivar é d’Ele. Assim, a missão é sobretudo graça. A missão é graça. E, se o apóstolo é fruto da oração, nesta encontrará a luz e a força da sua acção. De contrário, a nossa missão não será fecunda; mais, apaga-se no próprio momento em que se interrompe a ligação com a fonte, com o Senhor.

Queridos seminaristas, queridas noviças e queridos noviços, queridos jovens em caminhada vocacional! Há dias, um de vós, um dos vossos formadores, dizia-me: évangéliser on le fait à genoux, a evangelização faz-se de joelhos. Ouvi bem: «A evangelização faz-se de joelhos». Sede sempre homens e mulheres de oração! Sem o relacionamento constante com Deus a missão torna-se um ofício. Mas que trabalho fazes? Trabalho de alfaiate, de cozinheira, de padre… Trabalhas de padre, de freira? Não. Não é um ofício, é diverso. O risco do activismo, de confiar demasiado nas estruturas, está sempre à espreita. Se olhamos a vida de Jesus, constatamos que, na véspera de cada decisão ou acontecimento importante, Ele Se recolhia em oração intensa e prolongada. Cultivemos a dimensão contemplativa, mesmo no turbilhão dos compromissos mais urgentes e pesados. E quanto mais a missão vos chamar para ir para as periferias existenciais, tanto mais o vosso coração se mantenha unido ao de Cristo, cheio de misericórdia e de amor. Aqui reside o segredo da fecundidade pastoral, da fecundidade de um discípulo do Senhor!

Jesus envia os seus sem «bolsa, nem alforge, nem sandálias» (Lc 10, 4). A difusão do Evangelho não é assegurada pelo número das pessoas, nem pelo prestígio da instituição, nem ainda pela quantidade de recursos disponíveis. O que conta é estar permeados pelo amor de Cristo, deixar-se conduzir pelo Espírito Santo e enxertar a própria existência na árvore da vida, que é a Cruz do Senhor.

Queridos amigos e amigas, com grande confiança vos confio à intercessão de Maria Santíssima. Ela é a Mãe que nos ajuda a tomar as decisões definitivas com liberdade, sem medo. Que Ela vos ajude a testemunhar a alegria da consolação de Deus, sem ter medo da alegria; Ela vos ajude a conformar-vos com a lógica de amor da Cruz, a crescer numa união cada vez mais intensa com o Senhor na oração. Assim a vossa vida será rica e fecunda!



Papa Francisco: “Todos devem ser missionários”

Papa reflete sobre a necessidade de anunciar o Reino de Deus



       No Angelus deste domingo, dia 7, na Praça São Pedro, Papa Francisco refletiu sobre a ação missionária, destacando a necessidade de anunciar o Reino de Deus. Ele lembrou que Jesus não é um missionário isolado, pois envolve os seus discípulos em sua missão e veio ao mundo para difundir o amor de Deus na base da fraternidade.
       “Não há tempo a perder batendo papo, não é preciso esperar o consenso de todos, é preciso ir e anunciar. A todos se leva a paz de Cristo, e se não a acolhem, se segue em frente. Aos doentes se leva a cura, porque Deus quer curar o homem de todo mal”, disse. Francisco destacou a beleza do trabalho de tantos missionários, que não vivem para si mesmos, mas semeiam vida, saúde e conforto às periferias do mundo.
       E pensando em um contexto mais amplo, ele citou a diversidade de ministérios na Igreja, a exemplo dos catequistas, fiéis leigos que atuam nas missões paroquiais e pessoas que trabalham com os doentes. “Todos devem ser missionários, todos podem ouvir aquele chamado de Jesus e seguir adiante e anunciar o Reino!”.
       Após a oração mariana, Francisco recordou a publicação de sua primeira encíclica, Lumen fidei, fruto de um trabalho iniciado pelo Papa Emérito Bento XVI.  Além da necessidade de ir ao essencial da fé cristã e aprofundá-la, Francisco ressaltou que a encíclica pode ser útil também para aqueles que estão em busca de Deus e do sentido da vida.
       Nas saudações, o Santo Padre dirigiu-se em especial aos jovens da diocese de Roma que se preparam para ir ao Rio de Janeiro-RJ para a Jornada Mundial da Juventude, que se inicia no próximo dia 23. “Queridos jovens, também eu estou me preparando! Caminhamos juntos rumo a esta grande festa da fé, Nossa Senhora nos acompanhe, e nos encontraremos lá!”.


Papa Francisco: Angelus - 07/06/2013

Angelus com Papa Francisco


Angelus com Papa Francisco - 07/07/2013
ANGELUSPraça São PedroDomingo, 7 de julho de 2013


Boletim da Santa Sé


Queridos irmãos e irmãs! Bom dia!

Antes de tudo desejo partilhar convosco a alegria de ter encontrado, ontem e hoje, uma peregrinação especial do Ano da Fé: aquela dos seminaristas, noviços e noviças.  Peço-vos para rezarem por eles, para que o amor de Cristo amadureça sempre mais na vida deles e eles se tornem verdadeiros missionários do Reino de Deus.

O Evangelho deste domingo (Lc 10,1-12.17-20) nos fala propriamente sobre isto: do fato de que Jesus não é um missionário isolado, não quer cumprir sozinho a sua missão, mas envolve os seus discípulos. E hoje vemos que, além dos Doze apóstolos, chama outros setenta e dois, e os manda às aldeias, dois a dois, para anunciar que o Reino de Deus está próximo. Isto é muito belo! Jesus não quer agir sozinho, veio para trazer ao mundo o amor de Deus e quer difundi-lo com o estilo da comunhão, com o estilo da fraternidade. Por isto forma imediatamente uma comunidade de discípulos, que é uma comunidade missionária. Imediatamente os prepara para a missão, para ir.

Mas atenção: o foco não é socializar, passar o tempo juntos, não, o foco é anunciar o Reino de Deus, e isto é urgente! E também hoje é urgente! Não há tempo a perder batendo papo, não é preciso esperar o consenso de todos, é preciso ir e anunciar. A todos se leva a paz de Cristo, e se não a acolhem, se segue em frente. Aos doentes se leva a cura, porque Deus quer curar o homem de todo mal. Quantos missionários fazem isto! Semeiam vida, saúde, conforto às periferias do mundo. Que belo é isto! Não viver para si mesmo, não viver para si mesma, mas vive para ir e fazer o bem! São tantos jovens hoje na Praça: pensem nisso, perguntem: Jesus me chama para ir, para sair de mim e fazer o bem? A vocês, jovens, a vocês rapazes e moças, pergunto: vocês são corajosos para isto, têm a coragem de ouvir a voz de Jesus? É belo ser missionários! Ah, são bravos! Eu gosto disso!

Estes setenta e dois discípulos, que Jesus envia à sua frente, quem são? Quem representam? Se os Doze são os Apóstolos, e também representam os Bispos, seus sucessores, estes setenta e dois podem representar os outros ministros ordenados, presbíteros e diáconos; mas em sentido mais amplo, podemos pensar nos outros ministérios na Igreja, nos catequistas, nos fiéis leigos que se empenham nas missões paroquiais, em quem trabalha com os doentes, com as diversas formas de desconforto e alienação; mas sempre como missionários do Evangelho, com a urgência do Reino que está próximo. Todos devem ser missionários, todos podem ouvir aquele chamado de Jesus e seguir adiante e anunciar o Reino!

Diz o Evangelho que aqueles setenta e dois voltaram da sua missão repletos de alegria, porque tinham experimentado o poder do Nome de Cristo contra o mal. Jesus confirma isso: a estes discípulos Ele dá a força para derrotar o maligno. Mas acrescenta: “Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos estão sujeitos, mas alegrai-vos de que os vossos nomes estejam nos céus” (Lc 10, 20). Não devemos vangloriar-nos como se fôssemos nós os protagonistas: protagonista é um só, é o Senhor! Protagonista é a graça do Senhor! Ele é o único protagonista! E a nossa alegria é somente esta: ser seus discípulos, seus amigos. Ajude-nos Nossa Senhora a sermos bons operários do Evangelho.

Queridos amigos, a alegria! Não tenham medo de ser alegres! Não tenham medo da alegria! Aquela alegria que nos dá o Senhor quando O deixamos entrar na nossa vida, deixamos que Ele entre na nossa vida e nos convide a sair de nós rumo às periferias da vida e anunciar o Evangelho. Não tenham medo da alegria. Alegria e coragem!



sábado, 6 de julho de 2013

Mártir da pureza

Santa do dia:

Santa Maria Goretti
(1890-1902)



       Maria Goretti, humilde camponesa, nasceu em 16 de outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália. Seus pais, Luiz e Assunta, criavam os sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo.
       A menina Maria, por ser a mais velha, cresceu cuidando dos irmãos pequenos em casa, enquanto os pais labutavam no campo. Uma de suas irmãs, mais tarde, tornou-se freira franciscana. As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado até fixar-se num povoado inóspito chamado Ferrieri. Nessa localidade, a família passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. Assim, todos trabalhavam na lavoura enquanto a jovem Maria cuidava da casa e dos irmãos pequenos.
       Desse modo, Maria nunca pôde estudar, mas ao lado da família sempre freqüentou a igreja. Ela só estudou o catecismo para fazer a primeira comunhão, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai. Quando isto ocorreu, o senhor João, compadecido, manteve tudo como estava, contando apenas com a viúva para o trabalho na lavoura. Porém o problema era seu filho Alexandre, que passara a assediar Maria. Apesar da pouca idade, ela era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos. Como recusasse todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo. Até que, no dia 5 de julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu.
       Naquele dia, Alexandre trabalhava ao lado de Assunta quando inventou um pretexto, deixou a lavoura. Foi para o lar dos Goretti portando uma barra de ferro com ponta afiada, sabia que Maria estaria sozinha e indefesa. Primeiro insinuou, depois exigiu, por fim ameaçou a jovem de morte se não satisfizesse seus desejos. Mesmo temendo o pior, Maria resistiu dizendo que aquilo era um pecado mortal. Alexandre, transtornado por não alcançar seu intento, passou a golpear violentamente o corpo da menina.
       Ela ainda foi levada com vida a um hospital, após ser vitimada com quatorze perfurações. E teve tempo de perdoar seu agressor, pedindo a sua mãe e seus irmãos que fizessem o mesmo, por amor a Jesus. Maria Goretti morreu no dia seguinte ao ataque, no dia 6 de julho de 1902. Quanto a Alexandre, foi preso, quase linchado e condenado a trabalhos forçados. Porém, depois de vinte e sete anos de prisão, foi solto por bom comportamento. Depois de ir a Corinaldo pedir perdão à mãe de Maria Goretti, ingressou num convento capuchinho, onde viveu sua sincera conversão até morrer.
       Muitos milagres passaram a acontecer por intercessão da pequena menina virgem. A fé na sua santidade cresceu e espalhou-se de tal forma no mundo cristão que, em 1950, ela foi canonizada. Na solenidade, estava presente a sua mãe Assunta, então com oitenta e quatro anos, ao lado de quatro de seus filhos e Alexandre Sereneli, o agressor sinceramente convertido. O papa Pio XII declarou Santa Maria Goretti padroeira das virgens cristãs. Até hoje continuam as romarias ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, onde se encontra a sepultura da santa, há dez quilômetros do povoado onde tudo aconteceu.


Papa Francisco: "Renovar as estruturas antigas"

Papa diz: "é preciso renovar as estruturas antigas da Igreja"



       Na Santa Missa celebrada neste sábado, dia 6, na Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco destacou a necessidade de renovação para as “estruturas antigas e superadas” da Igreja e advertiu: “não tenham medo da renovação”.
       “A Igreja sempre foi adiante, deixando que o Espírito Santo renove estas estruturas, estruturas da Igreja. Não tenha medo da novidade do Evangelho. Não tenha medo da novidade que o Espírito Santo faz em nós! Não tenha medo da renovação das estruturas”.
       Segundo o Papa, na vida cristã e também na vida da Igreja existem estruturas antigas, estruturas superadas. “É necessário renová-las!”, afirmou Francisco. De acordo com ele, a Igreja sempre esteve atenta a isso, com o diálogo com as culturas; sempre se deixando renovar, segundo os lugares, tempos e pessoas. Este, segundo o Santo Padre, é o trabalho sempre foi feito pela Igreja!
       “Ser cristão significa deixar-se renovar por Jesus nesta nova vida. Eu sou um bom cristão, todos os domingos, de 11h ao meio-dia, vou a missa e faço isso. Como se fosse uma coleção. Mas a vida cristã não é uma colagem de coisas. É uma totalidade harmoniosa, feita pelo Espírito Santo que renova tudo: renova o nosso coração, a nossa vida e nos faz viver num estilo diferente, num estilo que envolve toda a vida. Não se pode ser cristão pela metade, a tempo parcial”.
       O cristão a tempo parcial, continuou o Papa, não funciona! Segundo ele, é preciso ser cristão na totalidade, a tempo integral. O Papa sublinhou ainda que “as exigências de Jesus eram maiores do que as da lei.” A lei permite odiar o inimigo, em vez disso, Jesus diz para rezar por ele. “Este é o Reino de Deus que Jesus pregou. A renovação deve acontecer em primeiro lugar em nossos corações”. “Nós pensamos que ser cristão significa fazer isso ou aquilo, mas não é assim”.
       “Ser cristão não significa fazer coisas, mas deixar-se renovar pelo Espírito Santo ou para usar as palavras de Jesus, tornar-se vinho novo. Esta renovação é o Espírito quem nos faz”. Francisco também recordou que a novidade do Evangelho vai além do homem; ela renova as estruturas. “Por isso Jesus disse que para o vinho novo são necessários odres novos. A doutrina da lei é enriquecida com Jesus, é renovada, e Jesus faz novas todas as coisas. Jesus renova verdadeiramente a lei, a mesma lei, porém mais madura e renovada”.
       Esta celebração eucarística foi a última com a presença de grupos, antes da pausa de verão do Papa. A celebração contou com a presença, dentre outros, de um grupo de recrutas da Guarda Suíça Pontifícia.


Novo encontro dos dois Papas

Papa Francisco inaugura estátua de São Miguel com presença de Bento XVI


Bento XVI acompanha leitura do discurso do Papa Francisco
na inauguração da estátua de São Miguel

       Um novo encontro entre Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI. Na manhã desta sexta-feira, dia 5, ambos estiveram reunidos para a inauguração de uma estátua de São Miguel Arcanjo nos Jardins Vaticanos. O arcanjo é protetor da Igreja e padroeiro do Estado Cidade do Vaticano.
Estátua de São Miguel Arcanjo
inaugurada nos Jardins Vaticanos
       Francisco lembrou que a estátua é uma iniciativa já projetada há tempos, com a aprovação do Papa Emérito Bento XVI. “A ele (Bento XVI) queremos exprimir a nossa grande alegria por tê-lo aqui presente hoje em meio a nós. Obrigado de coração!”. E dentre as diversas obras artísticas presentes nos Jardins Vaticanos, o Santo Padre destacou que a estátua de São Miguel é um convite à reflexão e à oração, que se insere bem no Ano da Fé.
       “Miguel luta para restabelecer a justiça divina; defende o Povo de Deus dos seus inimigos e, sobretudo, do inimigo por excelência, o diabo. E São Miguel vence porque nele está Deus que age. Esta escultura nos lembra então que o mal foi vencido”, disse.


Lumen fidei

Vaticano publica primeira encíclica de Francisco, escrita por dois Papas


Primeira encíclica do pontificado de Francisco tem contribuições
de Bento XVI, que começou a redigir o documento

       A primeira encíclica do Papa Francisco foi apresentada nesta sexta-feira, dia 5, em coletiva de imprensa no Vaticano. Intitulada Lumen fidei, “A luz da fé”, o documento é dirigido aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas e a todos os fiéis leigos e busca recuperar o caráter de luz específico da fé, capaz de iluminar a existência humana.

Acesse

       O documento é o primeiro a ser escrito por dois Papas. Ele começou a ser desenvolvido pelo Papa Emérito Bento XVI e depois contou com a contribuição do atual Papa, Francisco. “À trilogia de Bento XVI sobre virtudes teologais faltava um pilar. A Providência quis que o pilar que faltava fosse um presente do Papa emérito ao seu sucessor e ao mesmo tempo um símbolo de unidade, porque assumindo e levando ao cumprimento a obra iniciada pelo seu predecessor, Papa Francisco dá testemunho com ele da unidade da fé”, declarou o Prefeito da Congregação dos Bispos, Cardeal Marc Ouellet, presente na coletiva.
       Segundo escreve o Santo Padre na encíclica, a fé é um bem comum que ajuda a edificar a sociedade, levando a esperança. E este é o coração da Lumen fidei. “Numa época como a nossa, a moderna – escreve o Papa – em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história”.
       Para o Cardeal Ouellet, a encíclica apresenta verdadeiramente a fé cristã como uma luz proveniente da escuta da Palavra de Deus na história. “Uma luz que mostra o amor de Deus no trabalho para fazer uma aliança com a humanidade”.



Canonização de João Paulo II e de João XXIII

Papa Francisco autoriza canonização de João Paulo II e João XXIII


João Paulo II e João XXIII serão dois novos santos da Igreja Católica

       O Papa Francisco autorizou nesta sexta-feira, dia 5, a promulgação dos Decretos sobre o Beato João Paulo II e sobre o Beato João XXIII. O ato que autoriza a canonização dos dois novos santos foi realizado na audiência privada desta manhã com o Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato.
       Além de aprovar o segundo milagre atribuído à intercessão de João Paulo II (Karol Giuseppe Wojtyla), o Papa Francisco decidiu convocar um Consistório para falar a respeito da canonização. Wojtyla nasceu em Wadowice, na Polônia, em 18 de maio de 1920 e morreu, como Sumo Pontífice, em Roma, no dia 2 de abril de 2005.
       O Papa também aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Padres Cardeais e Bispos sobre a canonização do Beato João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli). As datas das cerimônias de canonização não foram divulgadas.


Fonte:

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Jornada de seminaristas e noviços

Começa jornada de seminaristas e noviços em Roma



       Teve início nesta quinta-feira, dia 4, em Roma, a peregrinação dos seminaristas, noviços e noviças, promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, por ocasião do Ano da Fé. O evento intitulado “Eu confio em ti”, reúne seis mil jovens, homens e mulheres, vocacionados provenientes de 66 países.
       Na tarde deste sábado, dia 6, os participantes irão se encontrar com o Papa Francisco na Sala Paulo VI e no domingo participarão da Missa na Basílica de São Pedro, presidida pelo Santo Padre.
       Nesta quinta-feira, os participantes iniciaram a peregrinação ao Túmulo de São Pedro, partindo dos jardins do Castel Sant’Angelo, seguindo pela Via da Conciliação, até chegar ao momento da profissão de fé, diante do Altar da Confissão na Basílica, com reflexões do Cardeal Angelo Comastri. A cerimônia concluiu-se diante do Sagrado da Basílica.
       A manhã desta sexta-feira foi dedicada à catequese para os diferentes grupos linguísticos, que foram acolhidos em diversas igrejas no centro histórico de Roma. As catequeses foram proferidas em italiano, inglês, francês, polonês, espanhol, alemão e português.
       Para a tarde de hoje, era prevista a visita meditada a alguns locais sagrados onde estão relíquias de diversos santos que tem uma particular ligação com Roma e que representam uma etapa importante para o caminho vocacional, como Santa Mônica e Santo Agostinho, Francisco de Assis, Santa Catarina de Sena, Santo Inácio de Loyola, entre outros.
       As atividades do dia concluir-se-ão na Praça do Capitólio com uma festa animada por Carlo Conti, junto aos cantores Rosália Misseri e Giò di Tonno, acompanhados por testemunhos de seminaristas da Nigéria e Estados Unidos e de uma noviça italiana.