Páginas

domingo, 31 de março de 2013

Cristo ressuscitou...

Liturgia Dominical:
PÁSCOA DO SENHOR


“Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”



Domingo, 31 de março de 2013
Solenidade da Páscoa do Senhor
Cor Branca


> Primeira leitura: Atos dos Apóstolos 10, 34a.37-43
> Responsório: Salmos 117
> Segunda leitura: Colossenses 3, 1-4
> Evangelho: 20, 1-9



— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!


       1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo. 
       2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 
       3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 
       6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 
       8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 
       9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Vigília Pascal

"Não tenhamos medo das surpresas de Deus",pediu o Papa Francisco


Papa Francisco durante a Procissão da Luz, início da Vigília Pascal

       O Papa Francisco, presidiu neste Sábado Santo, dia 30, a celebração da Vigília Pascal, na Basílica de São Pedro, em Roma. Como prevê a liturgia, o Santo Padre iniciou a cerimônia com a Benção do Fogo Novo. Em seguida, adentrou à Basílica, em procissão, com o Círio Pascal, símbolo do Cristo Ressuscitado.
       Após percorrer o corredor central, o Papa chegou ao presbitério e beijou o Altar. Ouviu-se então a proclamação da Páscoa e o canto do “Exultat”. Um momento marcante na celebração foi a entoação do Hino do Glória – Gloria in excelsis deo – que quer dizer, “Glória a Deus nas alturas”. Nesta hora, se acenderam as luzes da Basílica e ressoaram os sinos no interior e fora do templo. Após o anúncio e o canto do “Aleluia”, ouviu-se a proclamação do Evangelho. Em seguida, o Santo Padre proferiu breves palavras em sua homilia.
       O Papa Francisco recordou a narração do texto de São Lucas, ouvido durante a celebração, e enfatizando a figura das mulheres que foram surpreendidas com a ausência do corpo de Jesus no túmulo (cf.Lc 24, 1-12).
       Segundo o Papa, há uma dificuldade por parte do homem em lidar com as surpresas de Deus. No entanto, o convite do Pontífice foi que os católicos não temam as novidades do Senhor. “Temos medo das surpresas de Deus! Irmãos e irmãs, não nos fechemos às surpresas de Deus. Não nos fechemos em nós mesmos, não percamos a confiança”, convidou o Papa.
       Mencionando as palavras do Anjo que apareceu às mulheres – “Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo?” – o Papa questionou: “Quantas vezes precisamos que o Amor nos diga: porque buscar os viventes no meio dos mortos”? Para o Pontífice, os problemas e as situações do dia a dia tendem a entristecer e tirar-nos a paz. Logo, afirmou o Papa, aí está a morte.
       De acordo com o Santo Padre, quem acolhe Jesus Ressuscitado não fica desiludo ou entristecido. “Podes estar seguro porque Ele está perto de ti e lhe dará força para viver como Ele quer.”
       Um último elemento destacado pelo Papa Francisco na homilia, foi o sentimento de medo que tomou as mulheres que visitavam o túmulo de Cristo. Segundo o Santo Padre, a novidade de Deus causou-lhes medo a princípio, mas quando ouviram o anúncio da Ressurreição, acolheram e confiaram.
       A confiança, explicou o Papa, veio após o convite do anjo que lhes chamou a recordar as palavras de Jesus antes de morrer. “Fazer memória do acontecimento de Jesus, é isso que faz as mulheres anunciar a todos. Fazer memória daquilo que Deus fez, do caminho percorrido. Isso abre o coração para a espera, para o futuro”, disse o Papa.
       Por fim, o Santo Padre pediu a Deus, por intercessão de Maria, que o coração dos fiéis estejam abertos para fazerem memória daquilo que Deus fez a eles; que os torne capazes de perceber Cristo como vivente e que os ensine a não procurar entre os mortos Aquele que está vivo.
       A Vigília Pascal é a última celebração do Tríduo Pascal que prepara os católicos para a festa da Páscoa – Ressurreição de Jesus Cristo. Os símbolos do Fogo, da Luz, o canto do “Aleluia”, dentre outros momentos marcantes, dão acentuação especial a esta cerimônia tradicional da Igreja Católica.
       A celebração da “Noite de todas as noites”, como é chamada pela Igreja, já era mencionada em livros do segundo século e também – conforme escritos de São Jerônimo – era celebrada pelos primeiros Apóstolos.



sábado, 30 de março de 2013

O Papa e a Cruz de Cristo

"A Cruz de Cristo é a resposta de Deus ao mal do mundo", diz Papa Francisco




       A tradicional Via Sacra no Coliseu, em Roma, teve início às 21h10min (horário local – 17h10min em Brasília) dessa Sexta-feira Santa, dia 29, e foi presidida pelo Papa Francisco.
As meditações foram preparadas por jovens libaneses, sob a orientação do Patriarca Maronita do Líbano, Cardeal Dom Béchara Boutros Raï, e revelaram um pouco das ansiedades e expectativas dos povos do Oriente Médio.
        A reflexão da Via Sacra começou recordando uma pergunta feita a Jesus em sua passagem pela Judeia. “Alguém correu para Ele e ajoelhou-se perguntando: “Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?” (Mc 10, 17).
       “A esta pergunta, que arde no mais fundo do nosso ser, Jesus deu resposta percorrendo o caminho da cruz. Contemplamo-Vos, Senhor, nesta estrada, sendo Vós o primeiro que a seguistes e, no fim dela, ‘lançastes a vossa cruz como uma ponte através da morte, a fim de que os homens pudessem passar da terra da morte para a da Vida’”, destacou o texto das meditações, que teve, como uma de suas inspirações para a elaboração, a Exortação Apóstolica “Ecclesia in Medio Oriente”.
       Como é costume, a cada estação a Cruz foi carregada por pessoas de várias partes do mundo, como sinal da redenção de Cristo por todos. Na primeira estação, a Cruz foi levado pelo Vigário para a Diocese de Roma, Cardeal Dom Agostino Vallini. Na segunda, foi a vez de uma família italiana conduzir o símbolo, e na terceira, uma família indiana.
       Na quarta e na quinta estação, a Cruz foi carregada por uma senhora de cadeira de rodas, e na sexta e sétima, por jovens sacerdotes chineses. Na oitava e nova estação, foi a vez de um sacerdote italiano e outro da Síria, para recordar a Terra Santa.
       Na décima estação, a Cruz foi levada por religiosas, representando a África, na 11ª estação, por uma religiosa do Líbano, representando o Oriente Médio, e na 12ª e 13ª estação, dois brasileiros levaram a Cruz, representando a América Latina. E na 14ª e última estação, o Cardeal Vallini voltou a carregar a Cruz.


Palavras do Papa
       Na conclusão da Via Sacra, o Papa Francisco dirigiu algumas palavras aos fiéis, destacando que, nesta noite, os cristãos devem permanecer com uma única palavra: a Cruz.
       “A Cruz de Jesus é a palavra com que Deus respondeu ao mal do mundo. Às vezes parece que Deus não respondeu ao mal, que permaneceu calado. Na realidade ele falou, respondeu e sua resposta é a Cruz de Cristo. Uma palavra que é amor, misericórdia, perdão e também julgamento. Deus julga amando-nos”, destacou.
       O Papa explicou que as pessoas que acolhem o amor de Deus estão salvas, porém, as que o recusam, estão condenadas, “não por Ele”, mas por si próprias. “Deus não condena, Ele unicamente ama e salva”.
       E se dirigindo aos cristãos, o Papa Francisco afirmou que a “Palavra da Cruz é também a resposta dos cristãos ao mal que continua a agir ao nosso redor. Os cristãos devem responder ao mal com o bem, tomando sobre a si a Cruz, como Jesus”.
       Por fim, o Papa convidou a todos a caminharem juntos na senda da Cruz, levando no coração esta Palavra de amor e perdão, esperando a ressurreição de Cristo, que ama a todos, e concluiu com sua  benção apostólica. A Via Sacra é uma oração que tem como objetivo meditar a paixão, morte e ressurreição de Cristo.



Quinta-feira Santa no Vaticano

Missa no Instituto para Menores:Padre Lombardi conta detalhes da cerimônia


Padre Federico Lombardi
Porta-voz do Vaticano


       Após a celebração da Missa da Quinta-feira Santa no instituto para Menores Casal Del Marmo, que iniciou às 17h30min, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, explicou o andamento da cerimônia, já que não foram geradas imagens.
       A cerimônia – disse Padre Lombardi – foi concelebrada pelo Vigário de Roma, Cardeal Vallini, pelo substituto da Secretaria de Estado, Angelo Becciu, pelo Secretário do Papa, Mons. Alfred, pelo capelão do Instituto de menores e por seu irmão.
       Participaram um total de 120 pessoas, entre elas os 50 jovens hóspedes do Instituto, além de representantes das diversas categorias de funcionários que acompanham os jovens de diversas maneiras no Instituto. A Liturgia seguida, foi a da Ceia do Senhor e, após as leituras, Papa Francisco fez uma breve homilia, que introduziu o gesto do lava-pés, como sinal de amor e de serviço.
       O momento do lava-pés foi impressionante – disse Padre Lombardi – porque o Papa aproximou-se da primeira fila dos jovens – eram 12 jovens, entre eles dois muçulmanos e duas meninas – representando assim um pouco da diversidade dos jovens presentes no Instituto. O Papa então se ajoelhou, com os dois joelhos no chão, por seis vezes. E lavou os pés dos jovens, secando-os em seguida e depois beijou um dos pés de cada um dos doze jovens, significando um maravilhoso gesto de serviço. Foi um momento extremamente comovente”, concluiu Pe. Lombardi.



Papa Francisco: estar a serviço

"Lavar os pés quer dizer: eu estou a serviço",
afirmou Papa Francisco


Papa Francisco lava os pés de um dos 12 jovens escolhidos na Missa da Ceia do Senhor

       O Papa Francisco presidiu na tarde da Quinta-feira Santa, dia 28, a Missa da Ceia do Senhor no Instituto Penal para Menores de “Casal del Marmo”, em Roma.

       No início de sua homilia, o Santo Padre classificou como “comovente” o gesto de Jesus que lavou os pés dos discípulos e comentou a narração do Evangelho que relata este acontecimento.
       “Jesus que lava os pés dos seus discípulos. Pedro não entendia nada, rejeitava isto. Mas Jesus lhe explicou. Jesus – Deus – fez isto! E ele mesmo explica aos discípulos: ‘Entenderam aquilo que eu fiz para vocês? Vocês me chamam de Mestre e Senhor, e o dizem bem, porque o sou. Se então eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês devem lavar os pés uns dos outros. Dei-lhes o exemplo, de fato, para que também vocês façam como eu’”, disse o Papa, citando as palavras de Jesus.
       O Pontífice frisou este gesto do Cristo como um exemplo a ser seguido pelo cristãos, principalmente pelos que são autoridade. “Ele é o mais importante e mesmo assim lava os pés, para que também entre nós, aquele que está numa posição mais elevada, esteja a serviço dos outros. Este é um símbolo, é um sinal, não? Lavar os pés que dizer ‘eu estou a seu serviço’”.
       Em seguida, o Santo Padre explicou o que significa lavar os pés uns dos outros. “E também nós, entre nós, não é que devemos lavar os pés todos os dias uns dos outros, mas, o que significa isto? Que devemos nos ajudar, um ao outro. Às vezes fico irritado com alguém, mas…., deixa prá. E, se depois ele te pede um favor, faça este favor para ele”.
       O Pontífice convidou aos presentes a vivenciarem o exercício da ajuda mútua pois, segundo ele, é o que Jesus ensina. “E isso é aquilo que eu faço, e o faço de coração, porque é meu dever”, disse o Papa com relação ao gesto de ajudar.
        "Como Sacerdote e como Bispo devo estar a seu serviço, mas é um dever que me vem do coração: amar o outro. Amo isso e amo fazê-lo porque o Senhor assim me ensinou. Mas também vocês: ajudem-se, ajudem-se sempre. Um ao outro. E assim, nos ajudando mutuamente, faremos o bem”, disse ainda.
       O Papa concluiu a homilia convidando os presentes a refletirem: “Eu, verdadeiramente estou disposto, estou disposta a servir, a ajudar o outro?” Pensemos somente isto, convidou o Pontífice. “E pensemos que este gesto é um carinho que Jesus nos faz, porque Jesus veio justamente para isto: para servir, para nos ajudar”.
       Ao final da cerimônia um dos jovens dirigiu-se ao Santo Padre agradecendo a sua visita e lhe perguntou: “Eu quero saber uma coisa: por que você veio hoje aqui em Casal del Marmo? Só quero saber isto e basta!”
       Papa Francisco respondeu ao jovem: “É um sentimento que veio do coração, eu senti isto. Onde estão aqueles que talvez me ajudarão a ser mais humilde, a ser servidor como deve ser um bispo. E eu pensei, e eu perguntei: “Onde estão aqueles que gostariam de uma visita? E me disseram: ‘Casal Del Marmo, talvez’. E quando me disseram isto, decidi vir aqui. Mas isto veio do coração, somente do coração. As coisas do coração não tem explicação, elas vem sozinhas. Obrigado!”
       Por fim, ao se despedir, Papa Francisco disse: “Agora me despeço. Muito obrigado. Rezem por mim e não deixem que vos roubem a esperança. Sempre em frente. Muito obrigado”.
       A celebração da Ceia do Senhor em locais de caráter social era uma postura comum ao Cardeal Bergoglio, quando ainda estava na Argentina. Na Missa da última quinta-feira, dia 28, 12 jovens foram escolhidos para participarem da cerimônia do lava-pés.




Papa Francisco: livros

Livros do Papa serão apresentados na próxima semana




“Humildade, caminho rumo a Deus” e “Curar da corrupção” são os dois primeiros livros do novo Papa
       Na próxima sexta-feira, dia 5, a Santa Sé realizará uma coletiva de imprensa para a apresentação do dois primeiros livros do Cardeal Dom Jorge Mario Bergoglio – Papa Francisco.
       A coletiva será na Sala João Paulo II e estarão presentes o Presidente do Pontifício Conselho para a Comunicação Social, Monsenhor Cláudio Maria Celli; Mons. Antoine Camilleri, sub-secretário para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado e padre Antonio Spadaro, diretor da “La Civiltà Cattolica” (A Civilização Católica), revista italiana.
       “Humildade, caminho rumo a Deus” e “Cura da corrupção”: são os títulos dos dois primeiros livros em italiano Bergoglio. Os dois volumes, lançados pela Editora Missionária Italiana (EMI), reúnem meditações do então arcebispo de Buenos Aires e mergulham na espiritualidade inaciana, própria dos jesuítas.
       Nos textos do Cardeal Bergoglio respira-se a espiritualidade de Santo Inácio de Loyola. Como destacou Padre Antonio Spadaro, diretor de “Civiltà Cattolica” que também observou como esta dimensão inaciana esteja presente também na modalidade que Papa Francisco segue para escrever seus textos.
       Segundo o Padre, este aspecto do ritmo do discurso é típica da expressão inaciana, portanto jesuítica. “Desde sempre, os Exercícios Espirituais foram pregados sobre três pontos. Portanto, quando Papa Francisco fala de três palavras – e o faz com frequência, como cardeal, em suas homilias mas também em seus textos – diz respeito exatamente a esta capacidade de dar ritmo ao discurso, individuando os núcleos-chave, fundamentais.”
       Uma coisa chama a atenção de Padre Spadaro: a força nas palavras que Papa Francisco usa nos textos. “Quase uma severidade, às vezes, quando há uma denúncia, como no caso da corrupção… Esta severidade é apresentada em metáforas.”
       Nos textos sobre corrupção, recorda o padre, o Papa Francisco usa imagens que Inácio utiliza falando do inferno, nos Exercícios Espirituais, classificando, inclusive, o homem corrupto como uma “chaga purulenta”. “Isso, com imagens muito fortes, muito evidentes que o Papa utiliza com grande desenvoltura, com grande agilidade”, destacou.
       A partir dessa análise, Padre Spadaro conclui que este discurso feito de ritmos compassados e de metáfora muito evidentes dá corpo a um discurso compreensível a todos, no entanto e segundo ele,  extremamente incisivo.



Novos beatos

Igreja terá em breve 63 novos beatos


Cardeal Dom Angelo Amato
Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos


       A Igreja terá em breve 63 novos beatos. Papa Francisco autorizou na última quarta-feira, dia 27, à Congregação para as Causas dos Santos a promulgação dos relativos Decretos, realizada nessa quinta-feira, dia 28. Além disso, foram reconhecidas as virtudes heroicas de sete Servos de Deus que se tornam assim Veneráveis.
       Entre os próximos novos beatos, uma única mulher alemã Maria Teresa Bonzel, fundadora das Irmãs Pobres Franciscanas da Adoração Perpétua na cidade de Olpe, na Alemanha, onde nasceu em 1830 e morreu em 1905. Hoje é reconhecido o milagre atribuído à intercessão desta Serva de Deus, cuja obra é levada em frente em nossos dias por mais de 500 irmãs na Alemanha, Estados Unidos e nas Filipinas.
       Para os outros 62 beatos, o reconhecimento do martírio. Destes, 58 são sacerdotes e religiosos, todos mortos por ódio à fé na Espanha, entre os anos de 1936 e 1938, durante a guerra civil que atingiu o país. Entre estes o bispo de Jaen, Emanuelle Basulto Jimenez e cinco companheiros, Giuseppe Massimo Moro Briz e quatro companheiros da diocese de Ávila, Gioacchino Jovani Marin e catorze irmãos Operários Diocesanos, Andrea de Palazuelo e 31 irmãos Menores Capuchinhos.
       Há ainda dois italianos, vítimas, em 1945, da Segundo Guerra Mundial: o jovem seminarista Rolando Rivi, filho de camponeses, barbaramente morto com apenas 14 anos por partidários comunistas, em Piana de Monchio sobre o Apenino modenês, e Giuseppe Girotti, sacerdote dominicano, nascido em Alba no Piemonte, deportado por alemães em Dachau, na Alemanha, onde encontrou a morte. Enfim, dois mártires dos regimes comunistas: o húngaro Stefano Sander, leigo professo, morto em Budapeste, em 1953, e o sacerdote romeno Vladimiro Ghika, nascido em Istanbul, morto em Bucareste, em 1954.
       Entre os sete veneráveis Servos de Deus, dos quais foram reconhecidas as virtudes heroicas, uma leiga portuguesa, Silvia Cardoso Ferreira da Silva; dois sacerdotes espanhóis, Eladio Mozas Santamera, fundador das Irmãs Josefinas da Santíssima Trindade, e Emanuele Aparicio Navarro, diocesano; dois italianos, Generoso do Santíssimo Crucifixo, passionista, e Olinto Marella diocesano; um mexicano, Mosé Lira Serafin, fundador da Caridade de Maria Imaculada, e um polonês, Antonio Kowalczyk, irmão leigo da Congregação dos Missionários Oblatos da Virgem Maria Imaculada. Todos viveram entre 1800 e 1900.



quinta-feira, 28 de março de 2013

15 Estações

VIA SACRA



       Há muito tempo, fiéis de todo o mundo visitam os lugares por onde Jesus passou, e nesses lugares fazem orações relembrando e meditando o que nosso Senhor viveu. A via sacra, ou caminho sagrado, (significado da expressão) surgiu no tempo das Cruzadas (século X). Os fiéis que peregrinavam na Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da Paixão de Jesus, continuaram recordando os passos da Via Dolorosa de Jerusalém. Boa parte desses reportavam, em pinturas ou esculturas, os lugares sagrados que visitaram. Em suas pátrias, compartilharam esta devoção à Paixão.
       Realizada na Quaresma e Sexta Feira Santa, a Via Sacra é um ato de piedade em forma de oração e caminhada quando se meditam as 15 estações. A Décima Quinta estação foi acrescentada no século XVI por que Jesus venceu a morte. Até então eram 14. Dessas, nem todas são baseadas nos evangelhos, como por exemplo, as três quedas de Jesus.


> 1ª Estação: JESUS É CONDENADO À MORTE


Ao morrer crucificado,
teu Jesus é condenado,
por teus crimes pecador...
por teus crimes pecador.






> 2ª Estação: JESUS CARREGA A CRUZ


Com a cruz é carregado,
e do peso, acabrunhado,
vai morrer por teu amor...
vai morrer por teu amor.






> 3ª Estação: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ


Pela cruz tão oprimido,
cai Jesus, desfalecido,
pela tua salvação...
pela tua salvação.






> 4ª Estação: JESUS ENCONTRA SUA MÃE


Vê a dor da mãe amada,
que se encontra desolada,
com seu Filho em aflição...
com seu Filho em aflição.






> 5ª Estação: CIRINEU CARREGA A CRUZ DE JESUS


No caminho do Calvário,
um auxílio é necessário,
não lhe nega o Cirineu...
não lhe nega o Cirineu.






> 6ª Estação: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS


Eis o rosto ensanguentado,
por Verônica enxugado,
que no pano apareceu...
que no pano apareceu.






> 7ª Estação: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ


Outra vez desfalecido,
pelas dores abatido,
cai por terra o Salvador...
cai por terra o Salvador.






> 8ª Estação: JESUS CONSOLA AS MULHERES


Das mulheres que choravam,
que fiéis o acompanhavam,
é Jesus consolador...
é Jesus consolador.






> 9ª Estação: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ


Cai terceira vez prostrado,
pelo peso redobrado,
dos pecados e da cruz...
dos pecados e da cruz.






> 10ª Estação: JESUS É DESPOJADO DAS VESTES


Das suas vestes despojado,
tão chagado e pisado,
eu vos vejo, meu Jesus...
eu vos vejo, meu Jesus.






> 11ª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUZ


Sois por mim na cruz pregado,
insultado, blasfemado.
com cegueira e com furor...
com cegueira e furor.






> 12ª Estação: JESUS MORRE NA CRUZ


Meu Jesus, por nós morrestes,
por nós todos padecestes,
oh, que grande é vossa dor...
oh, que grande é vossa dor.






> 13ª Estação: JESUS É DESCIDO DA CRUZ


Do madeiro vos tiraram,
e à mãe vos entregaram,
com que dor e compaixão...
com que dor e compaixão.






> 14ª Estação: JESUS É SEPULTADO


No sepulcro vos puseram,
mas os homens tudo esperam,
do mistério da Paixão...
do mistério da Paixão.






> 15ª Estação: JESUS RESSUSCITA DENTRE OS MORTOS


























Serviço, humildade e amor

Liturgia diária


Quinta-feira, 28 de março de 2013
Ceia do Senhor (noite)
Cor Branco


> Primeira leitura: Êxodo 12, 1-8.11-14
> Responsório: Salmos 115
> Segunda leitura: 1º Coríntios 11, 23-26
> Evangelho: João 13, 1-15



— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + escrito por João.
— Glória a vós, Senhor! 



       1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
       2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
       6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.
       8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.
       10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
       11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
       12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Missão do sacerdote

Papa Francisco destaca missão do sacerdote


"O bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo",
destacou Papa Francisco na Missa do Crisma nesta quinta-feira, no Vaticano.


       O Papa Francisco celebrou na manhã desta Quinta-feira Santa, dia 28, que abre o Tríduo Pascal, a Missa do Crisma na Basílica Vaticana. Em sua homilia, falou da simbologia dos ungidos, seja na forma, seja no conteúdo. A beleza de tudo o que é litúrgico, explicou, não se reduz ao adorno e bom gosto dos paramentos, mas é presença da glória do nosso Deus que resplandece no seu povo vivo e consolado.
       “O óleo precioso, que unge a cabeça de Aarão, não se limita a perfumá-lo, mas se espalha e atinge 'as periferias'. O Senhor dirá claramente que a sua unção é para os pobres, os presos, os doentes e quantos estão tristes e abandonados. A unção não é para perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo tornar-se-ia rançoso... e o coração amargo.”
       Para Francisco, o bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo: “Nota-se quando o povo é ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu dia a dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da realidade, quando ilumina as situações extremas, 'as periferias' onde o povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem saquear a sua fé”.
       Ser sacerdote é estar nesta relação com Deus e com o seu povo, pois assim a graça passa através dele para ser mediador entre Deus e os homens. Esta graça, todavia, precisa ser reavivada, para intuir o desejo do povo de ser ungido e experimentar o seu poder e a sua eficácia redentora: “Nas 'periferias' onde não falta sofrimento, há sangue derramado, há cegueira que quer ver, há prisioneiros de tantos patrões maus”.
       Não é nas reiteradas introspecções que encontramos o Senhor, adverte o Pontífice, nem mesmo nos cursos de autoajuda. O poder da graça cresce na medida em que, com fé, saímos para nos dar a nós mesmos oferecendo o Evangelho aos outros, para dar a pouca unção que temos àqueles que nada têm.
       “O sacerdote que sai pouco de si mesmo, que unge pouco, perde o melhor do nosso povo, aquilo que é capaz de ativar a parte mais profunda do seu coração presbiteral. Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um intermediário, um gestor. Daqui deriva precisamente a insatisfação de alguns, em vez de serem pastores com o 'cheiro das ovelhas', pastores no meio do seu rebanho e pescadores de homens.”
       Para enfrentar a crise de identidade sacerdotal, que se soma à crise de civilização, Papa Francisco convida a lançar as redes em nome Daquele em que depositamos a nossa confiança: Jesus.
       E conclui: “Amados fiéis, permanecei unidos aos vossos sacerdotes com o afeto e a oração, para que sejam sempre Pastores segundo o coração de Deus. Amados sacerdotes, Deus Pai renove em nós o Espírito de Santidade com que fomos ungidos, o renove no nosso coração de tal modo que a unção chegue a todos, mesmo nas 'periferias' onde o nosso povo fiel mais a aguarda e aprecia”.


Lançamento do DOCAT


Será lançada em breve, Doutrina Social da Igreja em linguagem jovem


O DOCATterá o mesmo design gráfico e formato do Catecismo Jovem (YOUCAT)

       Depois do sucesso do YOUCAT, (Catecismo Jovem), está sendo preparado o DOCAT. O livro tem 12 capítulos e numa linguagem jovem, apresenta a Doutrina Social da Igreja Católica e seu impacto nas áreas de trabalho, negócios, política, meio ambiente e paz.
       O DOCAT terá o mesmo design gráfico e formato do Catecismo Jovem. Será baseado em perguntas e respostas. A obra conta com colaboração e orientação do Cardeal Arcebispo de Munique.       A obra que é alemã, será lançada pelo YOUCAT CENTER de Augsburg entre julho e outubro desse ano. A expectativa é que o livro em português seja lançado a partir de 2014.


Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=288981


Conclave: o "sim" de Bergoglio

Saiba quais foram as palavras que o cardeal Bergoglio disse, ao aceitar ser Papa




As palavras foram resposta à pergunta feita na tarde de 13 de março, se aceitava ser o sucessor de Bento XVI

       O Cardeal argentino Dom Jorge Mario Bergoglio aceitou ser Papa com estas palavras: “Sou um grande pecador, confiando na misericórdia e na paciência de Deus, no sofrimento, aceito!”.
       A revelação foi feita pelo Arcipreste da Basílica de São Pedro, Cardeal Dom Angelo Comastri, após permissão concedida pelo Papa Francisco, e está em um documentário, lançado nesta quarta-feira, dia 27, pelo Vaticano.
       As palavras foram a resposta à pergunta feita pelo Cardeal Dom Giovanni Battista Re na tarde de 13 de março, se aceitava ser o sucessor de Bento XVI, após ter sido eleito pelo Colégio dos Cardeais eleitores, na quinta votação do Conclave.