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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CNBB: Evangelização nas universidades

Jovens refletem sobre a ação evangelizadora nas universidades


Foto: CNBB

CNBB

       A Pastoral Universitária de Santarém (PA) realizou um encontro para estudo do documento 102 de CNBB, “O Seguimento de Jesus Cristo e a Ação Evangelizadora no Âmbito Universitário”. O evento teve a assessoria do padre Nathan Stone, referencial da pastoral na diocese.
       “Foi uma grande oportunidade para sonhar com a Pastoral que a gente deseja deixar para os colegas mais novos que vão chegar às turmas futuras”, explicou padre Nathan. Também o diálogo entre fé, ciência, as outras religiões e o mundo contemporâneo foi abordado no encontro.
       Como estratégia para articulação da Pastoral, os participantes perceberam a importância de se formar núcleos variados nas diferentes universidades, respeitando os movimentos e grupos que já existem. A caridade e o compromisso com o bem comum foram definidos como objetivos da atuação da pastoral. “O universitário quer chegar a ser um profissional que vive para servir aos demais.  A Igreja local tem que criar um espaço para eles”, afirma padre Nathan.


Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Papa Francisco: 2015, Ano da Vida Consagrada

Papa Francisco declara 2015 o Ano da Vida Consagrada



Liliane Borges
Da Redação

       O Papa Francisco anunciou nesta sexta-feira, dia 29, que o ano de 2015 será dedicado à Vida Consagrada. O anúncio foi feito durante a 82ª Assembleia Geral da União dos Superiores Gerais (USG), que está sendo realizada em Roma. Aos participantes, o Papa afirmou que a radicalidade  é pedida a todos os cristãos, mas os religiosos são chamados a seguir o Senhor de uma forma especial. “Eles são homens e mulheres que podem acordar o mundo . A vida consagrada é uma profecia”.
       O encontro ocorreu nesta manhã, na Sala Sínodo, no Vaticano. Em três horas de reunião, o Pontífice respondeu às perguntas dos superiores gerais e tratou de temas referentes a Nova Evangelização.
       Interrogado sobre a situação das vocações, o Papa afirmou existir Igrejas jovens que estão dando muitos frutos, e isso deve levar a repensar a inculturação do carisma. “A Igreja deve pedir perdão e olhar com muita vergonha os insucessos apostólicos por causa dos mal-entendidos neste campo, como no caso de Matteo Ricci”. O diálogo intercultural, segundo Francisco, deve introduzir no governo de institutos religiosos pessoas de várias culturas que expressam diferentes formas de viver o carisma.
       Durante o diálogo, Francisco insistiu sobre a formação, que em sua opinião, deve ser baseada em quatro pilares: espiritual, intelectual, comunitária e apostólica. “É essencial evitar todas as formas de hipocrisia e clericalismo através de um diálogo franco e aberto sobre todos os aspectos da vida. Francisco destacou também que a formação  é uma obra artesanal e não um trabalho de políciamento. “O objetivo é formar religiosos que tenham um coração terno e não ácido como vinagre”, alertou.
       Sobre a relação das Igrejas particulares com os religiosos, o Papa disse conhecer bem os problemas e conflitos. “Nós bispos, precisamos entender que as pessoas consagradas não são um material de ajuda, mas são carismas que enriquecem as dioceses”.
       Ao falar sobre os desafios da missão dos consagrados, o Pontífice destacou que as prioridades permanecem as realidade de exclusão, a preferência pelos mais pobres. Destacou também a importância da evangelização no âmbito da educação, como nas escolas e universidades. “Transmitir conhecimento, transmitir formas de fazer e transmitir valores. Através destes pilares se transmite a fé. O educador deve estar à altura das pessoas que educa, e interrogar-se sobre como anunciar Jesus Cristo à uma geração que está mudando”.
       No final do encontro, Francisco agradeceu aos superiores gerais pelo “espírito de fé e serviço” à Igreja. “Obrigado pelo testemunho e também pelas humilhações pelas quais vocês passam”, concluiu o Papa.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Convivência das diversidades

Papa diz que o futuro está na convivência respeitosa das diversidades



Jéssica Marçal
Da Redação

       O Papa Francisco recebeu em audiência nesta quinta-feira, dia 28, participantes da Plenária do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. Falando aos presentes, ele defendeu que a liberdade religiosa seja protegida em todas as dimensões, destacando que o futuro da humanidade está na convivência respeitosa das diversidades.
       Francisco lembrou que o diálogo inter-religioso é uma realidade e um desafio que interpela a consciência dos cristãos. Defendendo o caminho do diálogo para enfrentar as dificuldades de convivência, ele ressaltou que dialogar não significa renunciar à própria identidade e moral cristãs.
       “Não impomos nada, não usamos nenhuma estratégia desleal para atrair fiéis, mas testemunhamos com alegria e simplicidade aquilo em que cremos e o que somos. De fato, um encontro em que cada um colocasse de lado aquilo em que crê, fingisse renunciar ao que lhe é mais querido, não seria certamente uma relação autêntica. Neste caso, poderia-se falar de uma fraternidade fingida”.
       O Santo Padre falou ainda do dever dos cristãos de se esforçarem para vencer o medo, sempre prontos a dar o próximo passo sem se deixar desencorajar pelas dificuldades e incompreensões. Ele disse que está difundido o pensamento de que a convivência só seria possível escondendo a pertença religiosa, encontrando um espaço neutro. Mas questionou como seria possível criar verdadeiras relações colocando de lado aquilo que cada um tem como parte íntima do próprio ser.
       “Não é possível pensar em uma fraternidade de laboratório. (…) O futuro  está na convivência respeitosa das diversidades, não na homologação de um pensamento único teoricamente neutro. Torna-se, portanto, imprescindível o reconhecimento do direito fundamental à liberdade religiosa, em todas as suas dimensões”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Adoração a Deus

"Adorar a Deus até o fim, apesar das perseguições", pede Papa



Da Redação, com Rádio Vaticano

       “Poderes mundanos” gostariam de que a religião fosse “uma coisa privada”. Mas Deus, que venceu o mundo, é adorado até o fim com confiança e fidelidade.  Este é o pensamento oferecido pelo Papa Francisco, durante homilia da Santa Missa celebrada na Casa Santa Marta, nesta quinta-feira, dia 28. Segundo ele, os cristãos que hoje são perseguidos são sinais da prova da vitória final de Cristo.
       Papa Francisco alertou para o perigo da “tentação universal”, presente na luta final entre Deus e o mal, proposta na liturgia deste fim de ano. Trata-se de ceder às ilusões de quem gostaria de vencer Deus, levando a melhor sobre quem crê n’Ele. No entanto, o Pontífice explicou que quem crê tem a história de Jesus como referência clara a seguir. Jesus suportou insultos e calúnias em Sua vida pública até o martírio na Cruz, mas, no fim, a Ressurreição do Príncipe da paz venceu o príncipe do mundo.
       O Santo Padre indica estas passagens da vida de Cristo, porque, na reviravolta final do mundo, descrita no Evangelho, o que se coloca em jogo é maior que o drama representado pelas calamidades naturais.
       “Quando Jesus fala desta calamidade em um outro trecho, Ele nos diz que será uma profanação do templo, da fé, do povo: será a abominação, a desolação da abominação. O que aquilo significa? Será como o triunfo do príncipe deste mundo: a derrota de Deus. Parece que, naquele momento final de calamidade, que se imporá neste mundo, ele será o patrão do mundo”.
       A prova final, então, é a profanação da fé, o que se nota na Primeira Leitura, quando o profeta Daniel é jogado aos leões por ter adorado Deus e não o rei. “Os símbolos religiosos são removidos. Deve-se obedecer às ordens que vêm dos poderes mundanos. Pode-se fazer tantas coisas, coisas bonitas, mas não adorar a Deus”.
       Segundo o Papa, este é o centro do fim. E quando se chega à plenitude desta atitude pagã, aí será visto o Filho do Homem com grande poder e glória. “Os cristãos que sofrem tempos de perseguição, de proibição de adoração são uma profecia daquilo que vai acontecer a todos”. Concluindo a homilia, Francisco lembrou que, quando o tempo dos pagãos for cumprido, este será o momento de levantar a cabeça, porque estará próxima a vitória de Jesus Cristo. No entanto, não é preciso ter medo, porque Deus só pede fidelidade e paciência.
       “Esta semana, nos fará bem pensar nesta apostasia geral, que se chama proibição de adoração, e perguntar-nos: ‘Eu adoro o Senhor? Eu adoro Jesus Cristo, o Senhor? Ou, um pouco meio a meio, faço o jogo do príncipe deste mundo?’. Adorar até o fim, com confiança e fidelidade: esta é a graça que devemos pedir esta semana”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Papa Francisco: Catequese - 27/11/2013

Catequese com o Papa Francisco



CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal


Queridos irmãos e irmãs,

Bom dia e parabéns porque vocês são corajosos com este frio na praça. Parabéns!

Quero concluir as catequeses sobre “Credo”, desenvolvidas durante o Ano da Fé, que se concluiu domingo passado. Nesta catequese e na próxima, gostaria de considerar o tema da ressurreição da carne, capturando dois aspectos como os apresenta o Catecismo da Igreja Católica, isso é, o nosso morrer e o nosso ressurgir em Jesus Cristo. Hoje, concentro-me no primeiro aspecto, “morrer em Cristo”.

1. Entre nós, comumente, há um modo errado de olhar para a morte. A morte diz respeito a todos, e nos interroga de modo profundo, especialmente quando nos toca de modo próximo, ou quando atinge os pequenos, os indefesos de maneira que nos resulta “escandalosa”.  A mim sempre veio a pergunta: por que sofrem as crianças? Por que morrem as crianças? Se entendida como o fim de tudo, a morte assusta, aterroriza, transforma-se em ameaça que infringe todo sonho, toda perspectiva, que rompe toda relação e interrompe todo caminho. Isso acontece quando consideramos a nossa vida como um tempo fechado entre dois pólos: o nascimento e a morte; quando não acreditamos em um horizonte que vai além daquele da vida presente; quando se vive como se Deus não existisse. Esta concepção da morte é típica do pensamento ateu, que interpreta a existência como um encontrar-se casualmente no mundo e um caminhar para o nada. Mas existe também um ateísmo prático, que é um viver somente para os próprios interesses e viver somente para as coisas terrenas. Se nos deixamos levar por esta visão errada da morte, não temos outra escolha se não ocultar a morte, negá-la ou banalizá-la, para que não nos cause medo.

2. Mas a essa falsa solução se rebela o “coração” do homem, o desejo que todos nós temos de infinito, a nostalgia que todos temos do eterno. E então qual é o sentido cristão da morte? Se olhamos para os momentos mais dolorosos da nossa vida, quando perdemos uma pessoa querida – os pais, um irmão, uma irmã, um cônjuge, um filho, um amigo – nos damos conta de que, mesmo no drama da perda, mesmo dilacerados pela separação, sai do coração a convicção de que não pode estar tudo acabado, que o bem dado e recebido não foi inútil. Há um instinto poderoso dentro de nós que nos diz que a nossa vida não termina com a morte.

Esta sede de vida encontrou a sua resposta real e confiável na ressurreição de Jesus Cristo. A ressurreição de Jesus não dá somente a certeza da vida além da morte, mas ilumina também o próprio mistério da morte de cada um de nós. Se vivemos unidos a Jesus, fiéis a Ele, seremos capazes de enfrentar com sabedoria e serenidade mesmo a passagem da morte. A Igreja, de fato, prega: “Se nos entristece a certeza de dever morrer, consola-nos a promessa da imortalidade futura”. Uma bela oração esta da Igreja! Uma pessoa tende a morrer como viveu. Se a minha vida foi um caminho com o Senhor, um caminho de confiança na sua imensa misericórdia, estarei preparado para aceitar o último momento da minha existência terrena como o definitivo abandono confiante em suas mãos acolhedoras, à espera de contemplar face-a-face o seu rosto. Essa é a coisa mais bela que pode nos acontecer: contemplar face-a-face aquele rosto maravilhoso do Senhor, vê-Lo como Ele é, belo, cheio de luz, cheio de amor, cheio de ternura. Nós caminhamos para este ponto: ver o Senhor.

3. Neste horizonte se compreende o convite de Jesus a estar sempre prontos, vigilantes, sabendo que a vida neste mundo nos foi dada também para preparar a outra vida, aquela com o Pai Celeste. E para isto há um caminho seguro: preparar-se bem para a morte, estando próximo a Jesus. Esta é a segurança: o meu preparo para a morte estando próximo a Jesus. E como se fica próximo a Jesus? Com a oração, nos Sacramentos e também na prática da caridade. Recordemos que Ele está presente nos mais frágeis e necessitados. Ele mesmo identificou-se com eles, na famosa parábola do juízo final, quando disse: “Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era peregrino e me acolhestes, nu e me vestistes, enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim…Tudo aquilo que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 35-36. 40). Portanto, um caminho seguro é recuperar o sentido da caridade cristã e da partilha fraterna, cuidar das feridas corporais e espirituais do nosso próximo. A solidariedade no partilhar a dor e infundir esperança é premissa e condição para receber por herança aquele Reino preparado para nós. Quem pratica a misericórdia não teme a morte. Pensem bem nisto: quem pratica a misericórdia não teme a morte! Vocês estão de acordo? Digamos juntos para não esquecê-lo? Quem pratica a misericórdia não teme a morte. E por que não teme a morte? Porque a olha em face das feridas dos irmãos e a supera com o amor de Jesus Cristo.

Se abrirmos a porta da nossa vida e do nosso coração aos irmãos mais pequeninos, então também a nossa morte se tornará uma porta que nos introduzirá no céu, na pátria bem aventurada, para a qual estamos caminhando, desejando habitar para sempre com o nosso Pai, Deus, com Jesus, com Nossa Senhora e com os santos.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Evangelii Gaudium

Vaticano apresenta primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco



Jéssica Marçal
Da Redação

       Evangelii gaudium – a alegria do Evangelho. A primeira Exortação Apostólica do pontificado de Papa Francisco foi apresentada em coletiva de imprensa, nesta terça-feira, dia 26, no Vaticano. O documento fala sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.

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       “Com Jesus Cristo, renasce, sem cessar, a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos, a fim de convidá-los para uma nova etapa evangelizadora, marcada por esta alegria, e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos”, escreve o Pontífice logo no início da Exortação.
       Segundo o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, presente na coletiva, a Exortação pode ser resumida como um documento escrito à luz da alegria para redescobrir a fonte da evangelização no mundo contemporâneo. “Papa Francisco infunde coragem e provoca um olhar adiante, apesar do momento de crise, fazendo, uma vez mais, da cruz e da Ressurreição de Cristo a ‘bandeira da vitória’”, disse Dom Rino.
       O arcebispo explicou ainda que, prolongando o ensinamento da Evangelii nuntiandi, do Papa Paulo VI, Francisco coloca, no centro, a pessoa de Jesus Cristo, primeiro evangelizador que, hoje, chama cada um a participar da Sua obra de salvação.
       O novo documento do Papa traz, entre outros, a contribuição dos trabalhos do Sínodo realizado no Vaticano, no ano passado, com o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé”. A Exortação Apostólica está dividida em cinco capítulos: a transformação missionária da Igreja, na crise do compromisso comunitário, o anúncio do Evangelho, a dimensão social da evangelização e evangelizadores com espírito.
       Um dos convites feitos pelo Papa, na Exortação, é para que todo cristão renove o seu encontro pessoal com Cristo ou, então, que se deixe encontrar por Ele, buscando-O sem cessar. “Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Oração e esperança

Papa fala dos caminhos de preparação para o fim dos tempos


O homem pode sentir-se dono do momento, mas Papa ressaltou que somente Deus é o mestre do tempo. -Foto: L’Osservatore Romano

Da Redação, com Rádio Vaticano

       Na Santa Missa desta terça-feira, dia 26, Papa Francisco falou de dois conselhos para compreender o fluxo do tempo presente e preparar-se para o fim dos tempos: oração e esperança. Ele indicou, na oração, a virtude para discernir cada momento da vida; na esperança em Jesus, a virtude de olhar para o fim dos tempos.
       As reflexões do Papa vieram do Evangelho do dia, no qual Jesus explica aos fiéis o que deverá acontecer antes do fim da humanidade, assegurando que nem o pior dos dramas poderá colocar em desespero aqueles que acreditam em Deus. Ao longo deste caminho, Francisco observou a diferença entre viver o momento e viver o tempo.
       Segundo ele, o cristão é o homem ou a mulher que sabe viver tanto no momento quanto no tempo. “O momento é aquele que nós temos em mãos, agora; mas este não é o tempo, pois este passa! Talvez nós nos sentamos ‘patrões do momento’, mas o engano é acreditar sermos os ‘patrões do tempo’. O tempo não é nosso, o tempo é de Deus!”.
       Citando as palavras de Jesus, o Pontífice advertiu que não devemos nos deixar enganar no momento, pois haverá quem se aproveitará da confusão para apresentar-se como Cristo. Dessa forma, as virtudes necessárias para o cristão viver o momento são a oração e o discernimento. Já para olhar para o tempo, cujo único mestre é o Senhor, não há nenhuma virtude humana, mas sim aquela dada pelo Senhor: a esperança.
       “O cristão sabe esperar o Senhor em todo momento, mas espera no Senhor o fim dos tempos. Homem e mulher de momento e de tempo; de oração, de discernimento e de esperança. O Senhor nos dê a graça de caminhar com a sabedoria, que também é um dom d’Ele: a sabedoria que, no momento, nos leva a rezar e discernir. E o tempo,  mensageiro de Deus, faça-nos viver com esperança”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco

Papa Francisco: Relações bilaterais

Papa recebeu em audiência Vladimir Putin


Encontro entre Francisco e Putin falou das boas relações bilaterais Santa Sé-Rússia.
-Foto: L’Osservatore Romano/Rádio Vaticano

Da Redação, com Rádio Vaticano

       O Papa Francisco recebeu em audiência no final da tarde da última segunda-feira, dia 25, na Sala da Biblioteca, no Vaticano, o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin. O encontro abordou as boas relações bilaterais e a vida da comunidade católica na Rússia. Foi evidenciada a contribuição fundamental do cristianismo na sociedade russa. Neste contexto, tratou-se da situação crítica dos cristãos em algumas regiões do mundo, assim como a defesa e a promoção dos valores da dignidade da pessoa e a tutela da vida humana.
       Em particular, foi dada uma especial atenção à questão da paz no Médio Oriente e à grave situação vivida na Síria. Putin expressou o seu agradecimento pela carta do Santo Padre a ele endereçada por ocasião do G20 realizado em São Petersburgo.
       O Papa e o presidente russo também reiteraram a urgência do fim da violência, de forma a chegar à ajuda humanitária necessária às populações da Síria, bem favorecer iniciativas concretas para uma solução pacífica do conflito. Tais soluções devem privilegiar a via da negociação e envolver os vários componentes étnicos e religiosos, reconhecendo-se o seu imprescindível papel na sociedade.
       Após o encontro em privado, que durou cerca de 35 minutos, o Papa Francisco e o Presidente russo fizeram a tradicional troca de presentes. O Santo Padre presenteou Putin com um mosaico com uma vista dos Jardins Vaticanos, enquanto o Presidente russo deu ao Papa Francisco um ícone de Nossa Senhora de Vladimir, uma das imagens mais veneradas pela Igreja Ortodoxa.
       Esta é a quarta visita de Vladimir Putin ao Vaticano e a sexta de um Chefe de Estado russo, após o restabelecimento das plenas relações diplomáticas entre a Rússia e a Santa Sé, ocorrido a 15 de março de 1990, um ano antes do fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
       Após o encontro com o Papa, Putin reuniu-se com o secretário de Estado, Dom Pietro Parolin, que estava acompanhado pelo secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Mensagem da Pastoral Afro-brasileira

Pastoral Afro-brasileira divulga mensagem para celebração do Dia da Consciência Negra



CNBB

       Em 20 de novembro, o Brasil recorda a memória de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra na luta pela libertação. Desde 1978, o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial batizou a data como o Dia Nacional da Consciência Negra em substituição ao 13 de Maio, que é considerado como o Dia das Raças.
       Para colaborar com a reflexão nesta data, a Pastoral Afro-brasileira da CNBB divulgou uma mensagem, na qual recorda os desafios e a luta contra a escravidão moderna, e em prol da cidadania dos afrodescendentes.

       A seguir, a íntegra do texto:


20 de novembro: Dia da Consciência Negra

Aos poucos os eventos gaúchos atraíram a atenção da mídia nacional e de grupos negros de outros Estados, que também passaram a adotar o 20 de novembro. Finalmente, em 1978, o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial adotou a data, batizando-a de Dia Nacional da Consciência Negra. Mais recentemente os poderes públicos abraçaram a ideia, dando origem ao feriado de amanhã, celebrado em muitas cidades do País.

Em uma dissertação de mestrado apresentada no programa de pós-graduação em história da PUC de Porto Alegre, o jornalista negro Deivison Moacir Cezar de Campos sugere que os rapazes do Palmares foram subversivos. Porque fizeram um contraponto ao discurso oficial do regime militar, que exaltava as igualdades proporcionadas pela democracia racial e via no debate sobre o tema um fator de distúrbio. “Eles buscavam o reconhecimento das diferenças étnicas e das condições desiguais de acesso à cidadania e a integração socioeconômica”, diz a tese. E mais: “Colocaram-se contra o oficialismo ao defenderem a substituição de 13 de Maio, o Dia das Raças, pelo 20 de Novembro, Dia do Negro; ao proporem uma revisão da historiografia; ao afirmarem um herói não reconhecido.”

Hoje, muitas conquistas das comunidades negras estão presentes em nossa sociedade. Existem desafios que vamos enfrentando com participação de grupos organizados ou não. A Pastoral Afro-brasileira, presente em todo o Brasil, celebra mas também está empenhada em enfrentar os desafios presentes no mundo.  A Escravidão hoje atinge 29 milhões de trabalhadores em todo o mundo. Um relatório recém-divulgado pela fundação Walk Free aponta que 29 milhões de pessoas no mundo ainda trabalham sob o regime de escravidão.

Para o cientista político Leonardo Sakamoto, que é coordenador da ONG Repórter Brasil e membro da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, a escravidão ocorre quando a dignidade ou a liberdade são aviltadas. Condição degradante é aquela que rompe o limite da dignidade. São negadas a essas pessoas condições mínimas mais fundamentais, colocando em risco a saúde e a vida.

A Mauritânia ocupa o primeiro lugar do ranking de escravidão global, que analisou 162 países e leva em consideração o casamento infantil e os níveis de tráfico humano. Haiti, Paquistão e Índia vêm em seguida. No Brasil, 125 anos após a abolição da escravatura, milhares de pessoas ainda são submetidas a trabalhos em situação degradante. No entanto, há avanço na erradicação da prática. A primeira política de contenção do trabalho escravo é de 1995 e, de lá para cá, 45 mil pessoas foram libertadas de locais onde havia exploração desumana da mão de obra. Tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional para endurecer a lei. É a PEC do Trabalho Escravo e prevê o confisco de imóveis em que o trabalho escravo for encontrado e sua destinação para reforma agrária ou para o uso habitacional urbano.

Lucrativa, a escravidão moderna movimenta mais de US$ 32 bilhões, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Estimativas da OIT também apontam que há 5,5 milhões de crianças escravas no mundo.

Como muito bem falou o Papa João Paulo II, aos afro-americanos, em 1992, em Santo Domingo: "A estima e o cultivo dos vossos valores Afro-americanos, enriquecerão infalivelmente a Igreja."

Em outras palavras, a novidade que a Igreja quer e merece é a inclusão em sua Ação Evangelizadora, das riquezas culturais e espirituais que emanam do Patrimônio africano e afro-descendente.

O processo de Cidadania do povo negro é uma dimensão essencial da vida e da Missão da Nossa Igreja Católica Apostólica Romana. A Igreja Católica no Brasil, fiel à missão de Jesus Cristo, está presente nesses importantes acontecimentos por meio de seus representantes e de suas orações. Exorta a todo o Povo de Deus a colocar-se a serviço da vida e da esperança, "acolher, com abertura de espírito as justas reivindicações de movimentos - indígenas, da consciência negra, das mulheres e outros - (...) e empenhar-se na defesa das diferenças culturais, com especial atenção às populações afro-brasileiras e indígenas" (CNBB, Doc. 65, nº 59).


Pastoral Afro-brasileira da CNBB


Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

“Pastoral Juvenil – Identidade e Horizontes”

Juventude é tema da Assembleia do Regional NE3



CNBB

       O Regional Nordeste 3 da CNBB realizou, de 11 a 14 de novembro, em Salvador (BA) a 51º Assembleia de Pastoral. Bispos, padres, religiosos, leigos coordenadores de movimentos e referenciais da pastoral juvenil participaram do evento que reuniu representantes das 25 dioceses dos estados da Bahia e de Sergipe. No encontro, foi realizada a avaliação anual e assumidas decisões que devem nortear os trabalhos pastorais.
       A escolha do tema central: “Pastoral Juvenil – Identidade e Horizontes” foi motivada pela Campanha da Fraternidade de 2013 e pela Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro com a presença do Papa Francisco e milhões de jovens do mundo inteiro. A assessoria foi do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro, que apresentou aos participantes uma visão panorâmica da realidade dos jovens no Brasil e no mundo.
       No encontro os participantes discutiram ainda sobre o tema da Campanha da Fraternidade de 2014, “Fraternidade e Tráfico Humano”. Também celebraram o centenário das dioceses de Caetité, Barra e Ilhéus, criadas pelo papa São Pio X em 1913.
       Ao final da assembleia, os bispos emitiram uma nota pública sobre a questão indígena no sul da Bahia na qual “apelam para a sensibilidade do Ministério da Justiça a fim de que reverta o quadro dramático e tome as providências devidas para a regularização das terras no sul da Bahia, com a urgência que o caso requer.”


Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Campanha de Solidariedade às Filipinas

CNBB e Cáritas lançam Campanha de Solidariedade às Filipinas



CNBB

       Após passagem do tufão Hayian, que atingiu mais de 10 milhões de pessoas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira divulgam Campanha de Solidariedade às Filipinas. Em nota, a presidência da CNBB e a Cáritas fazem um apelo às comunidades para que participem da campanha.
       “As ajudas provenientes das entidades católicas de várias partes do mundo, e também do Brasil, estão sob responsabilidade da Cáritas Internationalis, que conta com uma equipe de especialistas nos diversos locais atingidos, para ajudar nos trabalhos de socorro e recuperação das comunidades, em cada uma das 95 dioceses das Filipinas”, afirmam.
       O relatório da Cáritas aponta as necessidades básicas e urgentes das famílias atingidas pelo tufão, como água potável, produtos de higiene e limpeza, alimentos e remédios. A CNBB e a Cáritas Brasileira agradecem a generosidade das paróquias, pastorais, entidades católicas, colégios e de todas as pessoas que se mobilizam nesta ação de solidariedade.
       Somando a essas iniciativas, no próximo domingo, dia 24, o Papa Francisco presidirá a Santa Missa de encerramento do Ano da Fé e oferecerá as coletas para ajudar as Filipinas, conforme anunciou o Vaticano, na segunda-feira, 18 de novembro.
       Os depósitos para ajudar as Filipinas poderão ser efetuados nas contas da Cáritas: Banco do Brasil - Ag: 3475-4 - CC: 29368-7, Caixa Econômica Federal - Ag: 1041 - CC: 832-0 - Op. 003 e Bradesco - Ag: 0606 – CC: 66000-0.


Fonte: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Papa Francisco: Oração pelas vítimas da Sardenha

Papa reza por vítimas de ciclone na Sardenha



Jéssica Marçal
Da Redação

       Ao final da Catequese desta quarta-feira, dia 20, Papa Francisco recordou as vítimas do ciclone que atingiu a região italiana da Sardenha na segunda-feira, dia 18. Quatro brasileiros da mesma família estão entre os mortos.
       “Rezemos pelas vítimas e pelos familiares e sejamos solidários com quantos sofreram os danos. Façamos uma oração em silêncio”, disse o Pontífice, que prosseguiu com a oração da Ave Maria.
       Ontem, o Santo Padre já havia manifestado a sua solidariedade por meio de um tweet e também em um telegrama enviado ao presidente da Conferência Episcopal da Sardenha, Dom Arrigo Miglio. A mensagem, assinada pelo secretário de Estado, Dom Pietro Parolin, expressou a afetuosa palavra de conforto e de encorajamento de Francisco e suas orações pelas vítimas.
       “O Santo Padre deseja que não seja menor a solidariedade e a necessária ajuda para lidar com este momento difícil e de coração concede uma especial benção apostólica”, informava o texto.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Instrumentos da misericórdia

Papa fala dos sacerdotes como instrumentos da misericórdia de Deus


Papa lembrou que o perdão, através da Igreja, foi um desejo do próprio Deus.
-Foto: reprodução CTV

Jéssica Marçal
Da Redação

       Na Catequese desta quarta-feira, dia 20, Papa Francisco falou sobre a remissão dos pecados. Ele enfatizou o “poder das chaves”, um símbolo bíblico da missão dada por Cristo aos apóstolos para perdoar. A Igreja, conforme ele destacou, é guardiã deste poder, estando a serviço do ministério da reconciliação.
       Francisco lembrou o papel desempenhado pelos sacerdotes, que são instrumentos da misericórdia divina. “O sacerdote, um homem que como todos precisa de misericórdia, é por sua vez instrumento de reconciliação para seus irmãos. Mediante seu ministério, Deus nos dá um abraço que nos regenera e nos permite levantar e retomar o caminho”.
       Embora Deus escute cada um em particular, essa confissão junto ao sacerdote é, segundo o Papa, a segurança do perdão de Deus. O próprio Deus, segundo recordou, quis que os que pertencem a Cristo e à Igreja recebessem o perdão através dos ministros da comunidade.
       “Através do ministério apostólico, a misericórdia de Deus me alcança, as minhas culpas são perdoadas e me é dada a alegria. Deste modo, Jesus nos chama a viver a reconciliação também na dimensão eclesial”. Outro ponto destacado pelo Pontífice foi o protagonismo do Espírito Santo na remissão dos pecados. “O Espírito Santo nos traz o perdão de Deus passando pelas chagas de Jesus que Ele quis conservar”.
       Essas chagas de Cristo foram destacadas por Francisco como o preço da salvação do homem. Ele encerrou lembrando que Deus nunca se cansa de perdoar, portanto, o homem nunca deve se cansar de ir ao Seu encontro para pedir perdão.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Catequese - 20/11/2013

Catequese com o Papa Francisco: remissão dos pecados



CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Quarta-feira passada falei da remissão dos pecados, referida de modo particular ao Batismo. Hoje prosseguimos no tema da remissão dos pecados, mas em referência ao chamado “poder das chaves”, que é um símbolo bíblico da missão que Jesus deu aos Apóstolos.

Antes de tudo, devemos recordar que o protagonista do perdão dos pecados é o Espírito Santo. Em sua primeira aparição aos Apóstolos, no cenáculo, Jesus ressuscitado fez o gesto de assoprar sobre eles dizendo: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23). Jesus, transfigurado em seu corpo, agora é homem novo, que oferece os dons pascoais frutos da sua morte e ressurreição. Quais são estes dons? A paz, a alegria, o perdão dos pecados, a missão, mas, sobretudo, doa o Espírito Santo que de tudo isto é a fonte. O sopro de Jesus, acompanhado das palavras com as quais comunica o Espírito, indica o transmitir a vida, a vida nova regenerada pelo perdão.

Mas antes de fazer o gesto de soprar e doar o Espírito Santo, Jesus mostra as suas chagas, nas mãos e no peito: estas feridas representam o preço da nossa salvação. O Espírito Santo nos traz o perdão de Deus “passando através” das chagas de Jesus. Estas chagas que Ele quis conservar; também neste momento Ele no Céu faz ver ao Pai as chagas com as quais nos redimiu. Pela força dessas chagas, os nossos pecados são perdoados: assim Jesus deu a sua vida pela nossa paz, pela nossa alegria, pelo dom da graça na nossa alma, pelo perdão dos nossos pecados. É muito belo olhar assim para Jesus!

E chegamos ao segundo elemento: Jesus dá aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados. É um pouco difícil entender como um homem pode perdoar os pecados, mas Jesus dá este poder. A Igreja é guardiã do poder das chaves, de abrir ou fechar ao perdão. Deus perdoa cada homem em sua soberana misericórdia, mas Ele mesmo quis que quantos pertencem a Cristo e à Igreja recebam o perdão mediante os ministros da comunidade. Através do ministério apostólico, a misericórdia de Deus me alcança, as minhas culpas são perdoadas e me é dada a alegria. Deste modo, Jesus nos chama a viver a reconciliação também na dimensão eclesial, comunitária. E isto é muito bonito. A Igreja, que é santa e ao mesmo tempo necessitada de penitência, acompanha o nosso caminho de conversão por toda a vida. A Igreja não é mestre do poder das chaves, mas é serva do ministério da misericórdia e se alegra todas as vezes que pode oferecer este dom divino.

Tantas pessoas talvez não entendem a dimensão eclesial do perdão, porque domina sempre o individualismo, o subjetivismo, e também nós cristãos somos afetados por isso. Certo, Deus perdoa cada pecador arrependido, pessoalmente, mas o cristão está ligado a Cristo, e Cristo está unido à Igreja. Para nós cristãos, há um dom a mais, e há também um compromisso a mais: passar humildemente pelo ministério eclesial. Isto devemos valorizar; é um dom, uma cura, uma proteção e também é a segurança de que Deus me perdoou. Eu vou até o irmão sacerdote e digo: “Padre, fiz isto…”. E ele responde: “Mas eu te perdoo; Deus te perdoa”. Naquele momento, eu estou seguro de que Deus me perdoou! E isto é belo, isto é ter a segurança de que Deus nos perdoa sempre, não se cansa de perdoar. E não devemos nos cansar de ir e pedir perdão. Pode-se ter vergonha de dizer os pecados, mas as nossas mães e as nossas avós diziam que é melhor ficar vermelho uma vez que amarelo mil vezes. Fica-se vermelho uma vez, mas são perdoados os pecados e se segue adiante.

Enfim, um último ponto: o sacerdote instrumento para o perdão dos pecados. O perdão de Deus que vem dado na Igreja é transmitido por meio do ministério de um irmão nosso, o sacerdote; também ele um homem que como nós precisa de misericórdia, torna-se verdadeiramente instrumento de misericórdia, doando-nos o amor sem limites de Deus Pai. Também os sacerdotes precisam se confessar, mesmo os bispos: todos somos pecadores. Também o Papa se confessa a cada 15 dias, porque também o Papa é um pecador. E o confessor ouve as coisas que eu lhe digo, aconselha-me e me perdoa, porque todos precisamos deste perdão. Às vezes se ouve alguém dizer que se confessa diretamente com Deus… Sim, como disse primeiro, Deus te escuta sempre, mas no sacramento da Reconciliação envia um irmão para levar o perdão a você, a segurança do perdão, em nome da Igreja.

O serviço que o sacerdote presta como ministro, por parte de Deus, para perdoar os pecados é muito delicado e exige que o seu coração esteja em paz, que o sacerdote tenha o coração em paz; que não maltrate os fiéis, mas que seja brando, benevolente e misericordioso; que saiba semear esperança nos corações e, sobretudo, seja consciente de que o irmão ou a irmã que se aproxima do sacramento da Reconciliação procura o perdão e o faz como tantas pessoas se aproximavam de Jesus para que as curasse. O sacerdote que não tenha esta disposição de espírito é melhor que, até que se corrija, não administre este Sacramento. Os fiéis arrependidos têm o direito, todos os fiéis têm o direito de encontrar nos sacerdotes servos do perdão de Deus.

Queridos irmãos, como membros da Igreja, somos conscientes da beleza deste dom que o próprio Deus nos oferece? Sentimos a alegria desta cura, desta atenção materna que a Igreja tem conosco? Sabemos valorizá-la com simplicidade e assiduidade? Não nos esqueçamos de que Deus não se cansa nunca de nos perdoar; mediante o ministério do sacerdote nos dá um novo abraço que nos regenera e nos permite levantar e retomar o caminho. Porque esta é a nossa vida: levantar-se continuamente e retomar o caminho.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Ano da Fé no Japão

Católicos do Japão comemoram os bons frutos do Ano da Fé



Da Redação, com AsiaNews

       “O Ano da Fé trouxe muitos frutos para o Japão”, conta o arcebispo de Nagasaki, Dom Giuseppe Mitsuaki Takami, ao falar das festividades de encerramento do Ano especial proclamado por Bento XVI. O arcebispo destaca  os bons resultados vividos em todas as dioceses do país durante todo o Ano. Ele ressalta que diversos eventos foram realizados e muitos tiveram a fé renovada pelos momentos especiais vividos.
       “Muitos cristãos redescobriram a fé, também graças ao exemplo e palavras do Papa Francisco”, enfatizou o arcebispo, que agora aguarda a visita do Pontífice ao país. O convite oficial já foi feito pela Conferência Episcopal Japonesa.
       “Esperamos uma resposta, mas pessoalmente posso dizer que no mês passado (…) concelebrei a Missa com o Papa, no dia 9 de outubro na Santa Marta. Após a Missa, falei com o Pontífice sobre o convite, ele não disse claramente um sim, mas expressou a sua satisfação e esperamos que ele venha”, conta Dom Takami.
       O bispo de Nagasaki destacou também que a grande expectativa é para o ano de 2015, quando o Japão irá celebrar os 150 anos do renascimento da fé cristã. A data recorda a chegada ao Japão do Padre francês Bernard-Thadée Petitjean. O religioso ajudou  os cristãos a manifestarem publicamente a fé após 200 anos de perseguição por parte do Império.


Fonte: Canção Nova Notícias
Capa CN Notícias

Papa Francisco: Respeito aos idosos

"Quem não respeita os avós não tem memória nem futuro", diz Papa


Francisco dedicou a homilia de hoje para uma reflexão sobre a importância dos idosos.
-Foto: L’Osservatore Romano

Da Redação, com Rádio Vaticano

       Um povo que não respeita os avós está sem memória e também sem futuro. Este foi o ensinamento do Papa Francisco na Santa Missa celebrada, nesta terça-feira, dia 19, na Casa Santa Marta, quando destacou a importância de respeitar os idosos e cuidar deles.
       As reflexões vieram a partir do exemplo de Eleazar, figura bíblica do Livro dos Macabeus (Primeira Leitura do dia). Já idoso, Eleazar preferiu o martírio em vez de salvar sua vida com hipocrisia, deixando um grande exemplo não só para os jovens, como para toda a nação. O Santo Padre destacou a coerência de fé deste homem, o legado verdadeiro que ele deixou.
       “Nós vivemos em um tempo no qual os idosos não contam. É ruim dizer isto, mas eles são descartados, porque dão trabalho. Os idosos são aqueles que nos trazem a história, que nos trazem a doutrina, a fé e nos dão um legado. São aqueles que, como um bom vinho envelhecido, têm força dentro de si para nos dar uma herança nobre”, disse.
       Francisco afirmou ainda que os avós são um tesouro, de forma que a memória desses antepassados leva o homem a imitar sua fé. Ele defendeu que a sabedoria deles é uma herança que se deve receber. “Um povo que não cuida dos avós, um povo que não respeita os avós não tem futuro, porque não tem memória”.
       Ao fim da homilia, o Santo Padre recordou, então, tantos idosos que estão em casas de repouso, abandonados, mas que são “tesouro da sociedade”. “Peçamos, hoje, a graça aos velhos santos – Simeão, Ana, Policarpo e Eleazar – de cuidar, escutar e venerar os nossos antepassados, os nossos avós”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova