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quarta-feira, 31 de julho de 2013

JMJ Rio2013: Mais de 1,5 milhão de "Youcat"

Mais de 1,5 milhão de 'Youcat' foram distribuídos na JMJ



       Mais de 1,5 milhão de ‘Youcat’ na JMJ Rio 2013; “um milagre que tornou-se realidade, graças ao apoio do Papa Emérito Bento XVI e à generosa contribuição da ‘Ajuda à Igreja que sofre’”. Assim o Cardeal Christoph Schönborn comentou o extraordinário sucesso do ‘Youcat’, o Catecismo Jovem da Igreja Católica destinado aos jovens, lançado em 2011 por ocasião da JMJ de Madrid.
       Elaborado por cinquenta jovens, orientados pelo Arcebispo de Viena, o Youcat (abreviação para ‘Youth Catechism’), é o maior projeto editorial cristão no mundo, promovido pelos bispos austríacos e traduzido em diversas línguas, incluindo o árabe.
       O Youcat, usando uma linguagem jovem, apresenta uma série de perguntas e respostas, além de comentários, ilustrações, definições, citações bíblicas e de Santos, da Doutrina Social da Igreja e de expoentes de outras religiões, até mesmo de não-crentes. Uma fórmula que deu certo e continua a dar frutos.
       O record de 1 milhão de cópias distribuídas na JMJ de Madrid foi superado na Jornada do Rio de Janeiro. “Tudo isto – afirma o Card. Schonborn à Ajuda à Igreja que Sofre – graças ao apoio do Papa Bento XVI, que acreditou no projeto, e à generosa ajuda financeira da obra de Direito Pontifício fundada pelo Padre Werenfried van Straaten”.
       Como o Catecismo da Igreja Católica de 1992 e o sucessivo Compêndio publicado em 2005, o “Youcat é uma espécie de milagre, que realiza o sonho do Beato João Paulo II: a nova evangelização, para os jovens e através dos jovens, resumindo, uma verdadeira bênção”, concluiu o Cardeal Arcebispo de Viena, Christoph Schonborn.


Fonte: Canção Nova Notícias

55 mil jovens no encontro vocacional

Encontro vocacional reúne 55 mil jovens no RJ



       Cerca de 55 mil jovens do Caminho Neocatecumenal, que participaram da Jornada Mundial da Juventude, reuniram-se nesta terça-feira, dia 30, no Centro Congresso do Rio de Janeiro para participarem de um encontro vocacional. O evento contou a presença dos promotores do Caminho, Kiko Argüello e Carmen Hernandez, e padre Mario Pezzi. O Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, presidiu o encontro. Além deles, estavam presentes seis cardeais e cerca de 70 bispos.
       Ao final do momento de oração, aproximadamente três mil rapazes manifestaram a disponibilidade de iniciar um percurso para tornarem-se sacerdotes e mais de mil meninas para a vida consagrada. “Eu continuarei a nutrir uma esperança imensa nos jovens do Brasil e do mundo inteiro: por meio deles, Cristo está preparando uma nova primavera em todo o mundo. Eu vi os primeiros resultados dessa sementeira, outros se rejubilarão com a rica colheita”. Com estas palavras o Papa Francisco saudou o Brasil na cerimônia de despedida no aeroporto do Rio, no dia 28.
       Essas palavras ganham forma em muitos aspectos nos jovens que foram à Cidade Maravilhosa e, de algum modo, parecem já serem evidentes no encontro vocacional realizado pelo Caminho Neocatecumenal. Foram mais de 50 mil jovens provenientes de cerca de 70 países como Argentina, Itália, Espanha, China e Israel.
       Durante o encontro, na homilia, Dom Tempesta recordou que Papa Francisco pediu aos jovens para serem revolucionários e a andarem contra a corrente. “Cada um de nós é chamado a ser testemunha daquilo que o Senhor fez na nossa vida, que fez aqui, e a anunciar aos seus irmãos e irmãs com muita alegria a abertura e generosidade”.


Fonte: Canção Nova Notícias

JMJ Rio2013: Relembre os passos de Francisco no Brasil

Reveja a trajetória do Papa Francisco em sua visita ao Brasil


"O povo brasileiro é maravilhoso", afirmou o Papa


       Terminou na noite do último domingo, dia 28, a primeira Viagem Apostólica do pontificado do Papa Francisco. O Pontífice esteve no Brasil entre os dias 22 e 28 de julho para presidir a 28º Jornada Mundial da Juventude, a segunda em território latinoamericano.
        A Canção Nova realizou a cobertura completa da JMJ Rio2013 e acompanhou os passos do Papa junto aos peregrinos no país. [Acesse a cobertura completa].


Reveja abaixo as principais atividades do Santo Padre durante sua visita ao Brasil:


> Segunda-feira, 22 de julho:
.: Papa deixa Roma e viaja rumo ao Brasil - O Papa Francisco partiu, na manhã da segunda-feira, dia 22, do Aeroporto de Fiumicino, em Roma, às 8h45min, a bordo de um avião da companhia Alitalia.

.: Francisco chega ao RJ; Igreja e Governo Federal acolhem o Papa - Francisco chegou! Após mais de dez horas de vôo, o Pontífice da Igreja Católica chegou ao Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira, dia 22. O avião que trazia a bordo o Santo Padre, sua comitiva e cerca de 70 jornalistas, pousou na base aérea do Galeão às 15h40min, para a acolhida do povo brasileiro.

.: Deus quis que minha primeira viagem fosse ao Brasil, diz Papa -  Estas foram as primeiras palavras oficiais do Papa Francisco em solo brasileiro, durante a cerimônia de boas-vindas no Palácio da Guanabara, por volta das 18h desta segunda-feira, dia 22.


> Quarta-feira, 24 de julho - O Papa em Aparecida (SP):
.: Papa Francisco chega a Aparecida para celebrar Missa - De São José dos Campos, o Papa seguiu de helicóptero em direção à Aparecida (SP), onde chegou às 10h10min. Do heliponto até o Santuário Nacional, o trajeto foi realizado de papamóvel.

.: O Vigário de Cristo reza diante da imagem da Padroeira do Brasil - Esse momento vivido pelo Sumo Pontífice, diante da imagem da Mãe Aparecida, ocorreu na Capela dos Doze Apóstolos, interior da Basílica Nacional, momentos antes da Celebração Eucarística presidida pelo Sucessor de Pedro.

.: Vim bater à porta da Casa da Maria, diz Papa durante Missa em Aparecida - A Missa do Papa Francisco, no Santuário Nacional de Aparecida, começou com um pequeno atraso, pois o Santo Padre escolheu passar com o papamóvel entre a multidão reunida na área externa da Basílica antes do momento de veneração à imagem de Nossa Senhora.

.: Papa Francisco promete voltar a Aparecida em 2017 - Após a Santa Missa celebrada pelo Papa Francisco, na manhã desta quarta-feira, dia 24, no Santuário Nacional de Aparecida, o Pontífice prometeu que irá voltar à cidade em 2017.

.: Francisco deixa Aparecida e visita hospital no Rio de Janeiro - Após a visita ao Santuário de Aparecida, nesta quarta-feira, dia 24, o Papa Francisco retornou ao Rio de Janeiro para inaugurar um centro de atendimento para dependentes químicos no Hospital São Francisco de Assis da Providência de Deus.

.: Papa inaugura ala no Hospital São Francisco - Durante a Jornada Mundial da Juventude, Sua Santidade o Papa Francisco inaugurou uma ala no Hospital São Francisco para tratamento de dependentes químicos.


> Quinta-feira, 25 de julho
.: Prefeito do Rio entrega chaves da cidade ao Papa; Pontífice abençoou bandeiras olímpicas - O Santo Padre recebeu das mãos do prefeito Eduardo Paes a chave da cidade maravilhosa, confeccionada em prata. Este ato simbólico representa o livre acesso à cidade e se realiza, tradicionalmente, em muitas partes do mundo.

.: Papa Francisco visita Comunidade de Varginha - Depois de deixar a cerimônia, no Palácio da cidade, o Papa Francisco seguiu suas atividades dirigindo-se para a Comunidade de Varginha , no Complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro.

.: Os jovens devem lutar pelos valores, diz Papa aos argentinos - Muitos argentinos enfrentaram fila para se encontrar com o Papa Francisco, na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro do Rio de Janeiro, e escutar as palavras de acolhida do Pontífice.

.: Papa Francisco é acolhido oficialmente pelos jovens da JMJ - O Sumo Pontífice participou na tarde da quinta-feira, 25, da Festa da Acolhida, onde se encontrou pela primeira vez, com os jovens da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.


> Sexta-feira, 26 de julho:
.: Papa Francisco atende a cinco jovens em Confissão - O Papa Francisco iniciou a agenda do dia atendendo confissões no Parque da Quinta da Boa Vista, um dos locais onde estão instalados os confessionários e onde também acontece a Feira Vocacional da JMJ.

.: O encontro do Papa com o jovens detentos no Palácio São Joaquim - Papa Francisco se reuniu com jovens detentos para um encontro reservado no Palácio São Joaquim, sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro, zona sul da cidade.

.: Criança emociona Francisco ao afirmar que deseja ser padre - O Pontífice seguia em direção ao Palácio São Joaquim, sede da Arquidiocese do Rio, quando Natan se aproximou do papamóvel para abraçá-lo.

.: Papa Francisco reza Angelus com peregrinos - Direto do Palácio Arquiepiscopal São Joaquim, o Santo Padre rezou a oração mariana do Angelus. Milhares de fiéis participaram do momento devocional. 

.: Jesus se une aos que perderam a fé na Igreja, diz Papa na Via-sacra  -  Estas foram as Palavras do Papa Francisco, em seu discurso aos jovens, durante a Via-sacra na praia da Copacabana, na sexta-feira, dia 26.


> Sábado, 27 de julho:
.: Papa encoraja bispos e padres a promoverem a "cultura do encontro" - O Papa Francisco celebrou a Santa Missa, na Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, com bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas que participam da Jornada Mundial da Juventude.

.: Francisco destaca importância do diálogo para o crescimento da sociedade - O Santo Padre discursou, na manhã do sábado, dia 27, aos representantes da Classe Dirigente do Brasil, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

.: "Jovens, o Senhor precisa de vocês", diz Papa em Vigília - A Vigília de oração dos jovens com o Papa Francisco em Copacabana, na noite do sábado, dia 27, começou pontualmente às 19h30min, como previsto.


> Domingo, 28 de julho:
.: "Jesus Cristo conta com vocês!", recordou o Papa Francisco durante a Missa de Envio - No último dia da JMJ Rio2013, cerca de 3 milhões de peregrinos participaram da Missa de encerramento, também chamada de “Missa de Envio”.

.: Papa convoca Igreja latinoamericana à Conversão Pastoral - O Santo Padre encontrou-se, na tarde do domingo, dia 28, com os membros do Comitê de Coordenação do CELAM (Conselho Episcopal LatinoAmericano).

.: "Não se esqueçam do que viveram na JMJ", pede Papa aos voluntários -  Antes de regressar a Roma, o Papa Francisco encontrou-se, no final da tarde deste domingo, 28, com os voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para agradecê-los “pelo trabalho e dedicação”.

.: "Até breve!" Papa Francisco se despede do Brasil - “Parto com a alma cheia de recordações felizes; essas – estou certo – tornar-se-ão oração”, disse o Santo Padre em seu retorno a Roma.


Fonte: Canção Nova Notícias

Francisco no Brasil

"Abraçados por Francisco"



Papa Francisco, à primeira vista, é apenas um daqueles casos raros em que, mesmo conhecendo-se alguém a tão pouco tempo, temos a impressão de uma amizade antiga. Esse pensamento, que certamente penetrou os corações de milhões de brasileiros, tem sentido, pois conhecemos Francisco há dois mil anos, desde que Nosso Senhor, perguntando a São Pedro se ele O amava, ouviu aquele sincero “Sim, Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que te amo!”. 

Foi ali que Pedro, e também Francisco, ganharam nossos corações, pois receberam de Jesus o mandato de apascentarem cada um de nós, Suas ovelhas. Conhecemos Francisco, pois a ovelha conhece a voz do Pastor. Foi assim que milhões delas acorreram ao Rio de Janeiro e tantas outras acompanharam pelos meios de comunicação.

Esse foi justamente o cartão de visitas do Papa, que pediu aos brasileiros licença para entrar em seus corações. Francisco deixou bem claro que vinha em nome de Jesus – o Cristo integral – o mesmo de Pedro, que ele trazia, agora, a cada um de nós! Sua mensagem foi sólida como deve ser a rocha sobre a qual se constrói a Igreja, contrariando as expectativas daqueles que, como já nos advertia Leão XIII, têm uma “sede de inovações, que há muito tempo se apoderou das sociedades e as tem numa agitação febril” (Rerum Novarum, n. 1).

Reunido com os jovens argentinos, o Papa foi mais longe: disse que podemos espremer uma laranja ou uma maçã, mas não a Fé: “A fé é integral, não se espreme. É a fé em Jesus. É a fé no Filho de Deus feito homem, que me amou e morreu por mim”. Assim, o Papa Francisco conseguiu a síntese perseguida pelo Concílio Vaticano II: comunicar a Fé de sempre com a linguagem própria dos tempos atuais.

Para fazer isso, Papa Francisco deixou muito claro que não tem medo de navegar contra a correnteza, ou seja, que não devemos abandonar a fé para parecermos agradáveis às pessoas ou ao modo de ser do nosso tempo. Na missa celebrada com os bispos, padres e seminaristas, pediu que “tivessem o valor de ir contracorrente dessa cultura”. Francisco não demonstrou apenas ter coragem de falar e agir contra esse modo corrente de pensar; pediu que cada um de nós fizesse o mesmo, levando, de modo especial, os valores incondicionais da vida e da família.

Com isso, o Papa recorda que, na verdade, a Fé sempre contribuiu para a elevação cultural dos povos, pois ela parte de uma concepção plena da pessoa humana, revelada em Nosso Senhor, fato que o Santo Padre lembrou como próprio também da cultura brasileira, “que recebeu também a seiva do Evangelho, a fé em Jesus Cristo, o amor a Deus e a fraternidade com o próximo” . Segundo Francisco, é justamente o resgate desse traço tão importante da nossa cultura que pode ser “um processo construtor de um futuro melhor para todos”.

O Papa nos trouxe também os aspectos característicos da autêntica caridade evangélica em palavras e atos. Sua opção pelos pobres não é de ordem materialista ou revolucionária: longe disso, ela é pessoal. Diante da pobreza e da marginalização, o Papa não nos pediu discursos ou análises conjunturais, mas as Obras da Misericórdia (o Papa recomendou que se lesse o Capítulo 25 de São Mateus), pois, do contrário, alertou o Papa, a Igreja se transformaria em uma ONG. Nada contra as ONG’s, mas, definitivamente, o Papa deixa claro que o papel central da Igreja é apresentar a redenção da humanidade, conquistada pelo Sangue precioso de Nosso Senhor.

Ocorre que aquele que tem um encontro com a Pessoa de Nosso Senhor não suporta mais a indiferença em relação aos que sofrem. No entanto, agem assim, pois veem nos sofredores, “a Carne de Cristo”, como lembrou o Santo Padre na Visita ao Hospital São Francisco de Assis. Agem assim, pois estão alicerçados na Esperança Cristã – de longe a palavra mais utilizada pelo Santo Padre, 38 vezes, no total – segundo a qual temos uma certeza expectante de uma vida eterna no céu, o que nos permite gastar esta vida terrena servindo a Deus na pessoa do próximo, daqueles que mais precisam.

Foi seguindo esse caminho que, nos últimos dois mil anos, tantos e tantos católicos gastaram a vida construindo a maior obra de caridade que a história já viu ou verá. Fizeram assim, pois estão alicerçados em uma Fé, que lhes dá Esperança e lhes impulsiona para o Amor. Francisco também não se esqueceu de uma das mais altas formas de caridade, quando advertiu que somos responsáveis por formar uma geração de pessoas capazes de “reabilitar a política” e de “trazer uma visão mais humanista à economia”. Como prometera em seu primeiro discurso, o Papa Francisco realmente nos abraçou e abraçou também, com seus gestos e palavras, todas as mais profundas esferas da existência humana.


Evandro Gussi - formou-se em Direito pela Toledo de Presidente Prudente, é Mestre em Direito do Estado e Teoria do Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutor em Direito do Estado pela USP. É professor nas áreas de Direito, Filosofia, Política e Doutrina Social da Igreja.


Fonte: Canção Nova Notícias

Nota de falecimento do Cardeal Tonini

Morre cardeal mais idoso do mundo


Cardeal Ersilio Tonini

       O cardeal italiano Ersilio Tonini, o cardeal mais idoso do mundo, faleceu na noite do dia 27, no Hospital Opera Santa Teresa de Ravenna, aos 99 anos. O Papa Francisco enviou um telegrama ao Arcebispo de Ravenna, Dom Lorenzo Ghizzoni, manifestando seu pesar pela morte do Cardeal Tonini.
       O Santo Padre pede a Deus o descanso eterno desse zeloso e generoso pastor, e se une espiritualmente ao luto da comunidade eclesial de Ravenna, onde o cardeal exerceu com solicitude o ministério episcopal.
       Francisco recorda com admiração sua fecunda atividade apostólica, primeiro como presbítero, depois como bispo de Macerata e Tolentino, e enfim, como arcebispo de Ravenna, "animado pelo desejo de anunciar Cristo com uma linguagem simples e incisiva, e com o testemunho de vida autêntico e coerente aos homens e mulheres de nosso tempo".
       Conhecido como o “comunicador de Deus”, Dom Tonini era muito famoso na Itália por sua intensa atividade jornalística, em veículos católicos como o jornal “Avvenire”, e também por suas participações em programas na televisão, como “Os dez Mandamentos”, que aumentaram sua fama na mídia. O cardeal também organizou e participou de debates e encontros, em particular com jovens, que encontrava também em locais até aquele momento considerados distantes da Igreja, como as discotecas.
       Nomeado Cardeal em 1994 por João Paulo II, no ápice de uma vida dedicada à atividade pastoral em paróquias e dioceses da Itália do centro-norte, o Cardeal Tonini foi protagonista de atividades que surpreenderam a opinião pública, como a aplicação da reforma agrária em 1969, cedendo os terrenos da Arquidiocese de Macerata-Recanati para os trabalhadores rurais.
       Cardeal Tonini promoveu em 1988 a campanha para recolher fundos para a compra de vacas para os índios Yanomani, da Diocese de Roraima. A iniciativa “Uma vaca para o índio” impedia a expropriação de terras dos indígenas, já que a lei proíbe a desocupação de terras onde há pastagens. João Paulo II, informado pelo Cardeal Tonini, foi o primeiro a contribuir generosamente com a iniciativa.
       Muito ligado à cidade de Ravenna, onde foi bispo desde 1975, organizou a visita de João Paulo II na cidade em 1986 e no dia de seu aniversario de 90 anos foi celebrado pela população em uma cerimônia na catedral, que estava lotada de fiéis. Na ocasião, João Paulo II enviou uma mensagem para o “venerado irmão”, salientando seu “zelo intrépido” em sua “atividade apostólica é da comunicação social”. Nomeado Cavalheiro de Grande Cruz da Ordem ao Mérito da República Italiana em 2004, Tonini se tornou em 2010 o mais idoso cardeal vivente do mundo, após a morte do alemão Paul Augustin Mayer.


Fonte: Canção Nova Notícias

JMJ Kraków2016: Polônia com coração aberto

"Polônia receberá jovens com coração aberto", diz Cardeal de Cracóvia


Dom Stanislaw Dziwisz
Cardeal Arcebispo de Cracóvia (Polônia)

       Após o anúncio de que a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será em Cracóvia, na Polônia, em 2016, o cardeal arcebispo metropolitano da cidade, Dom Stanislaw Dziwisz, afirmou que receber o evento será uma "honra e grande responsabilidade".
       O cardeal recordou que o encontro mundial acontecerá no mesmo ano em que será celebrado o 1050° ano do Batismo da Polônia. E disse se alegrar pelo Papa Francisco ter aceito o convite das autoridades e do episcopado polonês para realizar a jornada do país. "Com isto, ele respondeu ao desejo de tantos jovens que há tempo desejam celebrar sua fé no país e na cidade de Karol Wojtyła".

Leia a nota na íntegra:

“Recebi com grande alegria a mensagem anunciada pelo Papa Francisco de que a próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada na Polônia no ano 2016. É uma alegria, uma honra e grande responsabilidade para nós. Será no mesmo ano em que celebraremos o 1050° ano do Batismo da Polônia.

Com toda a Igreja na Polônia, eu me alegro porque o Papa Francisco aceitou o convite a ele dirigido pelas autoridades da República da Polônia e o Episcopado Polonês. Com isto, ele respondeu ao desejo de tantos jovens que há tempo desejam celebrar sua fé no país e na cidade de Karol Wojtyła, ele que desde a cidade de Cracóvia partiu em outubro de 1978 para a Cidade Eterna, e quem como João Paulo II, Bispo de Roma, instituiu as Jornadas Mundiais da Juventude.

Dentre as diversas iniciativas pastorais de João Paulo II, as Jornadas Mundiais da Juventude sem dúvida têm sido de grande sucesso, abrangentes e frutuosas. O Santo Padre, desde o começo, viu nos jovens "sentinelas da manhã" (cf. Isaías 21, 11-12), fazendo vigília ao amanhecer do Terceiro Milênio (Tor Vergata, 19 de agosto de 2000).

Hoje, a Polônia e Cracóvia abrem seus corações, para que daqui a três anos possam acolher os jovens peregrinos sob a liderança do Papa Francisco.

Nós estamos gratos ao Papa por sua decisão de visitar o país do Beato (que em pouco será Santo) João Paulo II, e aguardamos ansiosos para fazer vigília com os "sentinelas da manhã" nas festividades em Cracóvia.

Santo Padre Francisco, aguardamos ansiosos e com alegria a sua vinda e a chegada de nossos jovens amigos”.


Cardeal Stanislaw Dziwisz
Arcebispo Metropolitano de Cracóvia


Fonte: Canção Nova Notícias

Papa Francisco: Festa com os jesuítas

Papa celebra no dia de Santo Inácio, fundador dos jesuítas



       Retomando suas atividades após a viagem ao Brasil por ocasião da JMJ Rio2013, o Papa Francisco celebrou a Santa Missa nesta quarta-feira, dia 31, festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. A celebração foi na Igreja de Jesus, centro de Roma.
       Reunido com seus irmãos jesuítas, amigos e colaboradores, Francisco destacou três pontos na homilia: colocar no centro Cristo e a Igreja; deixar-se conquistar por Cristo para servir; e sentir a vergonha dos próprios limites e pecados, para ser humilde diante de Cristo e dos irmãos.
       O Santo Padre lembrou que a vontade de Cristo é que os homens sejam enraizados e fundados na Igreja, de forma que não pode haver um caminho paralelo ou isolado. “Sim, caminhos de busca, caminhos criativos, sim, isto é importante: ir às periferias, às tantas periferias. Por isto requer criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com esta pertença que nos dá coragem para seguir adiante”.
       Sobre o segundo ponto, deixar-se conquistar por Cristo, Francisco destacou que primeiro é o próprio Cristo que busca o homem; o ser humano foi conquistado por Cristo, e isto é o coração da experiência humana. “Quando nós chegamos, Ele já chegou e nos espera”, disse.
       Por fim, Francisco falou da necessidade de humildade. “Humildade que nos faz conscientes a cada dia de que não somos nós a construir o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impele a colocarmos todo o nosso ser não a serviço próprio ou das nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja”.
       Após a celebração, o Santo Padre prestou homenagem e fez uma pausa em oração diante dos altares de Santo Inácio e de São Francisco Xavier. Em seguida, Francisco retornou ao Vaticano.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco

Papa Francisco: Homilia na Festa de Santo Inácio de Loyola

Homilia do Papa Francisco na Festa de Santo Inácio de Loyola



HOMILIA
Santa Missa na Festa de Santo Inácio
Igreja Romana de Jesus
Quarta-feira, 31 de julho de 2013

Boletim da Santa Sé


Nesta Eucaristia na qual celebramos o nosso Pai Inácio de Loyola, à luz das leituras que escutamos, gostaria de propor três simples pensamentos guiados por três expressões: colocar no centro Cristo e a Igreja; deixar-se conquistar por Ele para servir; sentir a vergonha dos nossos limites e pecados, para ser humilde diante Dele e dos irmãos.

1. O brasão de nós Jesuítas é um monograma, significa “Iesus Hominum Salvator” (IHS). Cada um de vós poderá dizer-me: sabemos disso muito bem! Mas este brasão nos recorda continuamente uma realidade que não devemos nunca esquecer: a centralidade de Cristo para cada um de nós e para toda a Companhia, que Santo Inácio quis propriamente chamar de “de Jesus” para indicar o ponto de referência. Além disso, também no início dos Exercícios Espirituais, coloca-nos diante do nosso Senhor Jesus Cristo, do nosso Criador e Salvador (cfr EE, 6). E isto leva todos nós Jesuítas e toda a Companhia a sermos “descentralizados”, a ter adiante o “Cristo sempre maior”, o “Deus sempre maior”, o “intimior intimo meo“, que nos leva continuamente para fora de nós mesmos, leva-nos a uma certa kenosis, a “sair do próprio amor, querer e interesse” (EE, 189). Não é descontada a pergunta para nós, para todos nós: Cristo é o centro da minha vida? Coloco verdadeiramente Cristo no centro da minha vida? Porque há sempre a tentação de pensar estarmos nós no centro. E quando um Jesuíta coloca a si mesmo no centro e não Cristo, erra. Na primeira Leitura, Moisés repete com insistência ao povo para amar o Senhor, para caminhar pelos seus caminhos, “porque é Ele a tua vida” (cfr Dt 30, 16.20). Cristo é a nossa vida! À centralidade de Cristo corresponde também a centralidade da Igreja: são dois focos que não se pode separar: eu não posso seguir Cristo se não na Igreja e com a Igreja. E também neste caso nós Jesuítas e toda a Companhia não estamos no centro, estamos, por assim dizer, “movidos”, estamos a serviço de Cristo e da Igreja, a Esposa de Cristo nosso Senhor, que é a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica (cfr EE, 353). Ser homens enraizados e fundados na Igreja: assim nos quer Jesus. Não pode haver para nós caminhos paralelos ou isolados. Sim, caminhos de busca, caminhos criativos, sim, isto é importante: ir rumo às periferias, às tantas periferias. Por isto requer criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com esta pertença que nos dá coragem para seguir adiante. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta, e servi-la com generosidade e espírito de obediência.

2. Qual é o caminho para viver esta dupla centralidade? Olhemos para a experiência de São Paulo, que é também a experiência de Santo Inácio. O Apóstolo, na Segunda Leitura que escutamos, escreve: esforço-me para correr rumo à perfeição de Cristo “porque também eu fui conquistado por Jesus Cristo” (Fil 3,12). Para Paulo, aconteceu no caminho de Damasco, para Inácio na sua casa de Loyola, mas o ponto fundamental é comum: deixar-se conquistar por Cristo. Eu procuro Jesus, eu sirvo Jesus porque Ele me procurou primeiro, porque fui conquistado por Ele: e este é o coração da nossa experiência. Mas Ele é o primeiro. Em espanhol, há uma palavra que é muito gráfica, que o explica bem: Ele nos “primeireia”, “Ele nos primeireia”. É o primeiro sempre. Quando nós chegamos, Ele já chegou e nos espera. E aqui gostaria de chamar a meditação para o Reino da Segunda Semana. Cristo, Nosso Senhor, Rei eterno, chama cada um de nós dizendo-nos: “quem quer vir comigo deve trabalhar comigo, para que seguindo-me no sofrimento, siga-me também na alegria” (EE, 95): Ser conquistado por Cristo para oferecer a este Rei toda a nossa pessoa e todo o nosso cansaço (cfr EE, 96); dizer ao Senhor querer fazer tudo pelo seu maior serviço e louvor, imitá-lo no suportar também as injúrias, desprezo, pobreza (cfr EE, 98). Mas penso no nosso irmão na Síria neste momento. Deixar-se conquistar por Cristo significa estar sempre voltado para o que está na frente, em direção à meta de Cristo (cfrFil 3,14) e perguntar-se com verdade e sinceridade: O que tenho feito por Cristo? O que faço por Cristo? O que devo fazer por Cristo? (cfr EE, 53).

3. E chego ao último ponto. No Evangelho Jesus nos diz: “Quem quer salvar a própria vida, a perderá, mas quem perder a própria vida por causa de mim, a salvará… Quem se envergonhar de mim…” (Lc 9, 23). E assim vai. A vergonha do Jesuíta. O convite que faz Jesus é de não envergonhar-se nunca Dele, mas de segui-lo sempre com dedicação total, confiando Nele. Mas olhando para Jesus, como nos ensina Santo Inácio na Primeira Semana, sobretudo olhando o Cristo crucificado, nós sentimos aquele sentimento tão humano e tão nobre que é a vergonha de não estar no alto; olhamos para a sabedoria de Cristo e à nossa ignorância, à sua onipotência e à nossa fraqueza, à sua justiça e à nossa iniquidade, à sua bondade e à nossa maldade (cfr EE, 59). Pedir a graça da vergonha; vergonha que vem do contínuo diálogo de misericórdia com Ele; vergonha que nos faz corar diante de Jesus Cristo; vergonha que nos coloca em sintonia com o coração de Cristo que se fez pecado por mim; vergonha que coloca em harmonia o nosso coração nas lágrimas e nos acompanha no seguimento cotidiano do “meu Senhor”. E isto nos leva sempre, como indivíduos e como Companhia, à humildade, a viver esta grande virtude. Humildade que nos torna conscientes a cada dia de que não somos nós a construir o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impele a colocarmos todo o nosso ser não a serviço próprio ou das nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja, como vasos de argila, frágeis, inadequados, insuficientes, mas nos quais há um tesouro imenso que levamos e que comunicamos (2 Cor 4, 7). A mim sempre agradou pensar no pôr-do-sol do jesuíta, quando um jesuíta termina a sua vida, quando ele se vai. E a mim vêm sempre dois ícones deste pôr-do-sol do jesuíta: um clássico, aquele de São Francisco Xavier, olhando a China. A arte o pintou tantas vezes este pôr-do-sol, este final de Xavier. Também a literatura, naquele belo pedaço de Pemán. No final, sem nada, mas diante do Senhor; isto a mim faz bem, pensar nisto. Outro pôr-do-sol, outro ícone que me vem como exemplo é aquele de Padre Arrupe no último diálogo no campo dos refugiados, quando nos tinha dito – uma coisa que ele mesmo dizia – “isto o digo como se fosse o meu canto de cisne: rezem”. A oração, a união com Jesus. E depois de ter dito isto, pegou o avião, chegou a Roma com l’ictus, que deu início àquele pôr-do-sol tão longo e tão exemplar. Dois pôr-do-sol, dois ícones que a todos nos fará bem olhar, e tornar a estes dois. E pedir a graça de que o nosso pôr-do-sol seja como o deles.

Queridos irmãos, dirijamo-nos à Nossa Senhora, Ela que levou Cristo em seu ventre e acompanhou os primeiros passos da Igreja, nos ajude a colocar sempre no centro da nossa vida e do nosso ministério Cristo e a sua Igreja; Ela que foi a primeira e mais perfeita discípula de seu Filho, nos ajude a deixar-nos conquistar por Cristo para segui-Lo e servi-Lo em cada situação; Ela que respondeu com a mais profunda humildade ao anúncio do Anjo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38), nos faça provar a vergonha pela nossa insuficiência diante do tesouro que nos foi confiado, para viver a humildade diante de Deus. Acompanhe o nosso caminho a paterna intercessão de Santo Inácio e de todos os Santos Jesuítas, que continuam a ensinar-nos a fazer tudo com humildade, ad maiorem Dei gloriam.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco

“Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”

Papa escolhe tema para Dia Mundial da Paz 2014



       “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”. Este é o tema escolhido pelo Papa Francisco para o 47º Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2014. A data comemorativa pela paz será a primeira do pontificado de Francisco. O tema foi publicado pelo Vaticano nesta quarta-feira, dia 31.
       Em comunicado, a Santa Sé recorda que, desde o início de seu ministério como Bispo de Roma, o Papa Francisco destacou a importância de superar a “cultura do descartável” e de promover a “cultura do encontro”, para caminhar rumo à realização de forma mais justa e pacífica.
       A fraternidade, segundo destaca ainda o comunicado, é um dom que cada homem e mulher carrega consigo enquanto seres humanos, filhos de um mesmo Pai. E diante de tantos dramas que atingem a família dos povos, como a pobreza, a fome, conflitos e desigualdade, a fraternidade é fundamento e caminho para a paz.
       “Papa Francisco, no início de seu ministério, com uma mensagem que se coloca em continuidade com a de seus Predecessores, propõe a todos o caminho da fraternidade, para dar uma face mais humana ao mundo”, destaca o Vaticano.
       O Dia Mundial da Paz foi uma vontade de Paulo VI e é celebrado no primeiro dia de cada ano. A Mensagem para este dia busca chamar a atenção para o valor essencial da paz e a necessidade de trabalhar incansavelmente para consegui-la.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco

terça-feira, 30 de julho de 2013

Abraço Eterno


Abraço Eterno 
Amor tão grande, Amor tão forte, Amor suave, Amor sem fim.
Que a própria morte, transforma em vida
Abraço Eterno de Deus em mim,em mim

Nem as torrentes, das grandes águas conseguirão apagar esse amor
Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte, é tão forte esse amor.

Nem as torrentes, das grandes águas conseguirão apagar esse amor
Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte, é tão forte esse amor.

De abraço esmagante, de ausência torturante.
De noite e luz é feito esse amor!

De dor incomparável, consolo inestimável.
De vida e cruz é feito esse amor.

Nem as correntes, das grandes águas conseguirão apagar esse amor
Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte, é tão forte esse amor.

Nem as correntes, das grandes águas conseguirão apagar esse amor
Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte, é tão forte esse amor.

De abraço esmagante, de ausência torturante.
De noite e luz é feito esse amor!

De dor incomparável, consolo inestimável.
De vida e cruz é feito esse amor.

Nem as torrentes, das grandes águas conseguirão apagar esse amor
Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte, é tão forte esse amor.

Nem as torrentes, das grandes águas conseguirão apagar esse amor
Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte, é tão forte esse amor.

Esse amor ninguém pode apagar!
Esse amor ninguém poderá deter!

Atenção / Look out / ¡Atención

JMJ Rio2013  /  WYD Rio2013



Portuguese
Amados jovens de Cristo. O blog "Jovem em Ação" trouxe muitas informações sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ  Rio2013). Agora, queremos contar com a sua colaboração: a você que participou da JMJ Rio2013, pedimos que nos envie, por e-mail, o seu testemunho, a sua opinião sobre a Jornada. A você que acompanhou a JMJ Rio2013 pelos meios de comunicação, também queremos saber o seu testemunho, a sua opinião sobre a Jornada. Os textos serão publicado no blog e, para isso, envie-os com o seu nome, idade, cidade e país onde reside e a sua profissão. Muito obrigado e que Deus vos abençoe.

E-mail: acao_jovem.mga@hotmail.com
*Qualquer dúvida, entre em contato conosco por este e-mail também.


English
Dear young people of Christ. The blog "Youth in Action" brought a lot of information about the World Youth Day (WYD Rio2013). Now we want to count on your collaboration: you who attended WYD Rio2013, please send by e-mail, your testimony, your opinion on the Jornada. The accompanying you WYD Rio2013 by the media, we also want to know what his testimony, his opinion on the Jornada. The texts will be published in the blog and, therefore, send them with your name, age, city and country where you live and your profession. Thank you and God bless you.

E-mail: acao_jovem.mga @ hotmail.com
* Any questions, please contact us by this e-mail as well.


Spanish
Amadísimos jóvenes de Cristo. El blog "La juventud en acción" trajo una gran cantidad de información sobre el Día Mundial de la Juventud (JMJ Rio2013). Ahora queremos contar con su colaboración: que asistieron a la JMJ Rio2013, por favor envíe por e-mail, su testimonio, su opinión sobre la Jornada. El acompañamiento que la JMJ Rio2013 por los medios de comunicación, sino que también quieren saber lo que su testimonio, su opinión sobre la Jornada. Los textos serán publicados en el blog y, por lo tanto, los envían con su nombre, edad, ciudad y país en el que vive y su profesión. Gracias y que Dios los bendiga.

E-mail: acao_jovem.mga @ hotmail.com
* Cualquier pregunta, por favor póngase en contacto con nosotros por el correo electrónico también.


French
Chers jeunes de Christ. La "Jeunesse en action" blog a apporté beaucoup d'informations sur la Journée mondiale de la Jeunesse (JMJ Rio2013). Maintenant, nous voulons compter sur votre collaboration: vous qui ont assisté JMJ Rio2013, s'il vous plaît envoyez par e-mail, votre témoignage, votre avis sur le Jornada. L'accompagnement vous JMJ Rio2013 par les médias, nous voulons aussi savoir ce que son témoignage, son opinion sur la Jornada. Les textes seront publiés sur le blog et, par conséquent, les envoyer avec votre nom, âge, ville et le pays où vous vivez et votre profession. Merci et que Dieu vous bénisse.

E-mail: acao_jovem.mga @ hotmail.com
* Toutes les questions, s'il vous plaît nous contacter par e-mail ce aussi bien.


Italian
Cari giovani di Cristo. La "Gioventù in azione" blog ha portato un sacco di informazioni sulla Giornata Mondiale della Gioventù (GMG Rio2013). Ora vogliamo contare sulla vostra collaborazione: voi che hanno partecipato GMG Rio2013, si prega di inviare via e-mail, la tua testimonianza, la tua opinione sul Jornada. L'accompagnamento si GMG Rio2013 dai media, anche noi vogliamo sapere che cosa la sua testimonianza, il suo parere sulla Jornada. I testi saranno pubblicati sul blog e, quindi, li inviano con il vostro nome, età, città e paese in cui si vive e la tua professione. Grazie e che Dio vi benedica.

E-mail: acao_jovem.mga @ hotmail.com
* Tutte le domande, si prega di contattarci via e-mail questo pure.


German
Liebe Jugendliche Christi. Der Blog "Jugend in Aktion" brachte eine Vielzahl von Informationen über den Weltjugendtag (WJT Rio2013). Jetzt wollen wir uns auf Ihre Zusammenarbeit zählen: Sie, die Rio2013 Weltjugendtag besuchte, senden Sie bitte per E-Mail, Ihre Aussage, Ihre Meinung zu dem Jornada. Die begleitende Sie WJT Rio2013 von den Medien, wir wollen auch wissen, was seine Aussage, seine Meinung über die Jornada. Die Texte im Blog veröffentlicht werden und weist daher, senden Sie sie mit Ihrem Namen, Alter, Stadt und Land, in dem Sie leben und Ihren Beruf. Vielen Dank und Gott segne Sie.

E-mail: acao_jovem.mga @ hotmail.com
* Haben Sie Fragen, kontaktieren Sie uns bitte diese E-Mail als auch.

Papa Francisco: Agradecimento pela Viagem Apostólica Internacional

Papa visita Basílica e deposita bola verde e amarela em altar


Papa visita Basílica e deposita bola verde e amarela em altar

       O Papa Francisco chegou, na manhã desta segunda-feira, 29, ao aeroporto romano de Ciampino, precisamente, às 11h24min (horário local, 06h24min em Brasília), concluindo assim a primeira Viagem Apostólica Internacional de seu Pontificado, viagem que o levou ao Brasil à tão esperada Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro.
       Ao chegar a Roma, antes de transferir-se para o Vaticano, o Santo Padre dirigiu-se imediatamente à Basílica de Santa Maria Maior, para agradecer a Nossa Senhora pelo bom êxito da JMJ no Rio de Janeiro. Segundo informações do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, o Papa se deteve por dez minutos, em oração, diante do altar da Virgem.
       O Bispo de Roma colocou aos pés da imagem de Nossa Senhora uma camisa com as cores do Brasil e uma bola recebida pelos voluntários no Rio de Janeiro.


Fonte: Canção Nova - #tamujunto JMJ

Entrevista com Papa Francisco

Ao retornar para Roma, Papa Francisco aborda temas como mudanças no Vaticano, sua missão de Papa e a mulher na Igreja



       Depois da suas atividades da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, o Papa Francisco concedeu uma entrevista aos jornalistas que o acompanharam no avião entre o Rio e Roma, entre ela a reportagem do Estado que o Pontífice respondeu perguntas sobre diversos temas.

       Confira a entrevista na íntegra:


Nestes quatro meses de pontificado, o senhor criou várias comissões. Que tipo de reforma do Vaticano o sr. tem em mente? O sr. quer suprimir o Banco do Vaticano?

Papa Francisco – Os passos que eu fui dando, nesses quatro meses e meio, vão em duas vertentes. O conteúdo do que quero fazer vem da congregação dos cardeais. Lembro-me que os cardeais pediam muitas coisas para o novo Papa antes do Conclave. Lembro-me que tinha muita coisa. Por exemplo, a comissão de oito cardeais, a importância de ter uma consulta de alguém de fora, e não uma consulta apenas interna. Isso vai na linha do amadurecimento da sinonalidade e do primado. Os vários episcopados do mundo vão se expressando e muitas propostas foram feitas, como a reforma da secretaria dos sínodos, para que a comissão sinodal tenha característica consultativa, como o consistório cardinalício com temáticas específicas, como a canonização. A vertente dos conteúdos vem daí.

A segunda é a oportunidade. A formação da primeira comissão não me custou mais de um mês. Já a parte econômica, eu pensava em tratar no ano que vem, porque não é a mais importante. Mas a agenda mudou devido às circunstâncias que vocês conhecem, que é domínio público. O primeiro é o problema do IOR (Banco do Vaticano), como encaminhá-lo, como reformá-lo, como sanar o que há de ser sanado. E essa foi, então, a primeira comissão. Depois, tivemos a comissão dos 15 cardeais que se ocupam dos assuntos econômicos da Santa Sé. E por isso decidimos fazer uma comissão para toda a economia da Santa Sé, uma única comissão de referência. Notou-se que o problema econômico estava fora da agenda. Mas estas coisas acontecem. Quando estamos no governo, vamos por um lado, mas se chutam e fazem um golaço por outro lado, temos que atacar. A vida é assim. Eu não sei como o IOR vai ficar. Alguns acham melhor que seja um banco, outros acham que deveria ser um fundo, uma instituição de ajuda. Eu não sei. Eu confio no trabalho das pessoas que estão trabalhando sobre isso. O presidente do Ior permanece, o tesoureiro também, enquanto o diretor e o vice-diretor pediram demissão. Não sei como vai terminar essa história. E isso é bom. Não somos máquinas. Temos que achar o melhor. Mas o fato é que, seja o que for, tem que ser feita com transparência e honestidade.


Uma fotografia do sr. deu a volta ao mundo, quando o sr. desceu as escadas do helicóptero em Roma para embarcar para o Brasil carregando sua mala preta. Reportagens levantaram hipóteses também sobre o conteúdo da mala. Porque o sr. saiu carregando a maleta preta e não um de seus colaboradores? E o sr. poderia dizer o que tinha dentro?

Papa Francisco - Não tinha a chave da bomba atômica. Eu sempre fiz isso, quando viajo, levo minhas coisas. E dentro o que tem? Um barbeador, um breviário (livro de liturgia), uma agenda, tinha um livro para ler, sobre Santa Terezinha. Sou devoto de Santa Terezinha. Eu sempre levei eu mesmo minha maleta. É normal. Nós temos que ser normais. É um pouco estranho isso que você me diz que a foto deu a volta ao mundo. Mas temos de nos habituar à normalidade da vida.


Por que o senhor pede tanto para que rezem pelo senhor? Não é habitual ouvir de um Papa que peça que rezem por ele.

Papa Francisco - Sempre pedi isso. Quanto era padre pedia, mas nem tanto e nem tão frequentemente. Comecei a pedir mais frequentemente quando passei a ser bispo, porque eu sinto que, se o Senhor não ajuda nesse trabalho de ajudar aos outros, não se pode realizá-lo. Preciso da ajuda do Senhor. Eu, de verdade, sinto-me com tantos limites, tantos problemas e também pecador. Peço a Nossa Senhora que reze por mim. É um hábito, mas que vem da necessidade. Eu sinto que devo pedir. Não sei…


Na busca de fazer as mudanças no Vaticano, o sr. disse que existem muitos santos que trabalham e outros um pouco menos santos. O sr. enfrenta resistências a essa sua vontade de mudar as coisas no Vaticano? O sr. vive num ambiente muito austero em Santa Marta? Os seus colaboradores também vivem essa austeridade? Isso é algo apenas do sr. ou da comunidade?

Papa Francisco - As mudanças vêm de duas vertentes: do que pediram os cardeais e também o que vem da minha personalidade. Você falou que eu fico na Santa Marta. Eu não poderia viver sozinho do Palácio, que não é luxuoso. O apartamento pontifício é grande, mas não é luxuoso. Mas eu não posso viver sozinho. Preciso de gente, falar com gente, trabalhar com as pessoas Quando os meninos da escola jesuíta me perguntaram se eu estava aqui pela austeridade e pobreza, eu respondi: não, não. Psicologicamente, não posso. Cada um deve levar adiante sua vida, seguir seu modo de vida. Os cardeais que trabalham na Cúria não vivem como ricos. Tem apartamentos pequenos. São austeros. Os que eu conheço tem apartamentos pequenos. Cada um tem que viver como o Senhor disse que tem que viver. A austeridade é necessária para todos. Trabalhamos à serviço da Igreja. É verdade que há sacerdotes e padres santos, gente que prega, que trabalha tanto, que trabalha e vai aos pobres, preocupam-se em garantir que os pobres comam. Tem santos na Cúria. Também tem alguns que não são muito santos. E são estes que fazem mais barulho. Faz mais barulho uma árvore que cai do que uma floresta que nasce. Isso me dói, porque são alguns que causam escândalos. Temos o monsenhor que foi para a cadeia (por lavagem de dinheiro). São escândalos que fazem mal. Uma coisa que nunca disse : a Cúria deveria ter o nível que tinham os velhos padres, pessoas que trabalham. Os velhos membros da Cúria. Precisamos deles. Precisamos do perfil do velho da Cúria. Sobre a resistência, se há, eu ainda não vi. É verdade que aconteceram muitas coisas, mas eu preciso dizer: eu encontrei ajuda, encontrei pessoas leais. Por exemplo, eu gosto quando alguém me diz: “eu não estou de acordo”. Esse é um verdadeiro colaborador. Mas quando vejo alguém que diz: “ah, que belo, que belo”, e depois dizem o contrário por trás, isso não ajuda.


O mundo mudou, os jovens mudaram. Temos, no Brasil, muitos jovens, mas o senhor não falou sobre o aborto, a posição do Vaticano sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil, foram aprovadas leis que ampliam os direitos para esses casamentos e também em relação ao aborto. Por que o senhor não falou sobre isso?

Papa Francisco - A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar sobre isso. Não era necessário, como também não falei sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a mentira. Para isso, a Igreja tem um Doutrina clara. Queria falar de coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual a posição da Igreja.


E qual é a do Papa?

Papa Francisco - É a da Igreja, eu sou filho da Igreja.


Qual o sentido mais profundo de se apresentar como o Bispo de Roma?

Papa Francisco - Não se deve andar mais adiante do que o que se fala. O Papa é Bispo de Roma e, por isso, é Papa, o Sucessor de Pedro. Pensar que isso quer dizer que ele é o primeiro, não é o caso, não é esse o sentido. O primeiro sentido do Papa é ser o Bispo de Roma.


O sr. teve sua primeira experiência de massas no Rio. Como o sr. se sente como Papa? É muito trabalho?

Papa Francisco - Ser bispo é lindo. O problema é quando um pessoa busca ter esse trabalho; assim não é tão belo. Mas quando o Senhor nos chama a sermos bispo, isso é belo. Tem sempre o perigo e o pecado de pensar com superioridade, como ser um príncipe. Mas o trabalho é belo. Ajudar o irmão a ir adiante; tem o filtro da estrada. O bispo tem que indicar o caminho. Eu gosto de ser bispo. Em Buenos Aires, eu era tão feliz! Como padre eu era feliz. Como bispo, eu era feliz e isso me faz bem.


E como Papa?

Papa Francisco - Se você faz o que o Senhor quer, é feliz. Isso é meu sentimento.


Vimos o sr. cheio de energia e, agora, enquanto o avião se mexe muito, o vemos, com muita tranquilidade, de pé. Fala-se muito das próximas viagens. O sr. já tem um calendário?

Papa Francisco - Definido, definido não há nada. Mas posso dizer algumas coisas que estamos pensando. No dia 22 de setembro, Cagliari. Depois, no 4 de outubro, para Assis. Tenho em mente, dentro da Itália, ir ver minha família. Pegar um avião pela manhã e voltar com outro pela noite. Meus familiares, pobres, me ligam. Temos uma boa relação com eles. Fora da Itália, o patriarca Bartolomeu I quer fazer um encontro para comemorar os 50 anos do encontro Atenágoras e Paulo VI em Jerusalém. O governo israelense nos fez um convite especial. O governo da Autoridade Palestina acredito que fez o mesmo. Isso está sendo pensado. Na América Latina, acredito que há possibilidades de voltar, porque o Papa é latino-americano e acaba de fazer sua primeira viagem à América Latina…. Adeus! Devemos esperar um pouco. Acredito que se possa ir à Ásia, mas está tudo no ar. Tive convites para ir ao Sri Lanka e Filipinas. Para a Ásia precisamos ir. Bento XVI não teve tempo.


E para a Argentina?

Papa Francisco - Isso pode esperar um pouco. As outras viagens tem prioridade.


No encontro com os argentinos, o sr. disse que se sentia enjaulado. Por quê?

Papa Francisco - Vocês sabem que eu tenho vontade de passear pelas ruas de Roma? Adoro andar pelas ruas. E por isso me sinto um pouco enjaulado. Mas tenho que dizer que a Gendarmeria vaticana é boa. Agora me deixam fazer algumas coisas mais. Mas seu dever é garantir minha segurança. Enjaulado nesse sentido, de que gostaria de estar nas ruas, mas entendo que não é possível. Em Buenos Aires, eu era um sacerdote das ruas.


A Igreja no Brasil está perdendo fiéis. A Renovação Carismática é uma possibilidade para evitar que eles sigam para as igrejas pentecostais?

Papa Francisco - É verdade, as estatísticas mostram. Falamos sobre isso ontem com os bispos brasileiros. E isso é um problema que os incomoda. Eu vou dizer uma coisa: nos anos 1970, início dos 1980, eu não podia nem vê-los. Uma vez, falando sobre eles, disse a seguinte frase: eles confundem uma celebração musical com uma escola de samba. Eu me arrependi. Vi que os movimentos bem assessorados trilharam um bom caminho. Agora, vejo que esse movimento faz muito bem à igreja em geral. Em Buenos Aires, eu fazia uma Missa com eles, uma vez por ano, na catedral. Vi o bem que eles faziam. Neste momento da Igreja, creio que os movimentos são necessários. Esses movimentos são um graça para a Igreja. A Renovação Carismática não serve apenas para evitar que alguns sigam os pentecostais; eles são importantes para a própria Igreja que se renova.


O senhor disse que está cansado. Há algum tratamento especial neste voo?

Papa Francisco - Sim, estou cansado. Não há nenhum tratamento especial neste voo. Na frente, tem uma bela poltrona. Escrevi para dizer que não queria tratamento especial.


A Igreja sem a mulher perde a fecundidade? Quais as medidas concretas?

Papa Francisco - Uma Igreja sem as mulheres é como o colégio apostólico sem Maria. O papel da mulher, na Igreja, não é só maternidade, a mãe da família. É muito mais forte. A mulher ajuda a Igreja a crescer. E pensar que Nossa Senhora é mais importante do que os apóstolos! A Igreja é feminina, esposa, mãe. O papel da mulher não deve ser só o de mãe e com um trabalho limitado. Não, tem outra coisa. O Papa Paulo XI escreveu uma coisa belíssima sobre as mulheres. Creio que se deva ir adiante com esse papel. Não se pode entender uma Igreja sem uma mulher ativa. Um exemplo histórico: para mim, as mulheres paraguaias são as mais gloriosas da América Latina. Sobraram, depois da guerra (1864-1870), oito mulheres para cada homem. E essas fizeram uma escolha um pouco difícil. A escolha de ter filhos para salvar a pátria, a cultura, a fé, a língua. Na Igreja, deve-se pensar nas mulheres sob essa perspectiva. Escolhas de risco, mas como mulher. Acredito que, até agora, não fizemos uma profunda teologia sobre elas. Somente um pouco aqui, um pouco lá. Tem a que faz a leitura, a presidente da Cáritas, mas há mais o que fazer. É necessário fazer uma profunda teologia da mulher. Isso é o que eu penso.


O que sr. pensa sobre a ordenação das mulheres?

Papa Francisco - Sobre a ordenação a Igreja já falou e disse que não. João Paulo II disse com uma formulação definitiva. Essa porta está fechada. Nossa Senhora, Maria, é mais importante que os apóstolos. A mulher na Igreja é mais importante que os bispos e os padres. Acredito que falte uma especificação teológica.


Queremos saber qual a sua relação de trabalho com Bento XVI, não a amistosa, mas a de colaboração. Não houve antes uma circunstância assim. Os contatos são frequentes?

Papa Francisco - A última vez que houve dois ou três Papas, eles não se falavam. Estavam brigando entre si para ver quem era o verdadeiro. Eu fiquei muito feliz quando [Bento XVI] tornou-se Papa. Também, quando renunciou, foi para mim um exemplo muito grande. É um homem de Deus, de reza. Hoje, ele mora no Vaticano. Alguns me perguntam: “Como dois Papas podem viver no Vaticano?”. Eu achei uma frase para explicar isso. É como ter um avô em casa, um avô sábio. Na família, um avô é amado, admirado. Ele é um homem com prudência. Eu o convidei para vir comigo em algumas ocasiões. Ele prefere ficar reservado. Se eu tenho alguma dificuldade, não entendo alguma coisa, posso ir até ele. Sobre o problema grave do Vatileaks [vazamento de documentos secretos], ele me disse tudo com simplicidade. Tem uma coisa que não sei se vocês sabem: em 8 de fevereiro, no discurso, ele falou: “Entre vocês está o próximo Papa. Eu prometo obediência”. Isso é grande.


Nesta viagem, o sr. falou de misericórdia, falou sobre o acesso aos sacramentos dos divorciados. Existe a possibilidade de mudar alguma coisa na disciplina da Igreja?

Papa Francisco - Essa é uma pergunta que sempre se faz. A misericórdia é maior do que o exemplo que você deu. Essa mudança de época e também tantos problemas na Igreja, como alguns testemunhos de padres, problemas de corrupção, do clericalismo… A Igreja é mãe, ela cura os feridos e não se cansa de perdoar. Os divorciados podem fazer a comunhão. Não podem quando estão na segunda união. Esse problema deve ser estudado pela pastoral matrimonial. Há 15 dias, esteve comigo o secretário do sínodo dos bispos, para discutir o tema do próximo sínodo. E posso dizer que estamos a caminho de uma pastoral matrimonial mais profunda. O cardeal Guarantino disse ao meu antecessor que a metade dos matrimônios é nula, porque as pessoas se casam sem maturidade ou porque socialmente devem se casar. Isso também entra na Pastoral do Matrimônio. A questão da anulação do casamento deve ser revisada. Também é preciso analisar os problemas judiciais de anular um matrimônio, porque os eclesiásticos não bastam para isso. É complexo o problema da anulação do matrimônio.


Como Papa, o senhor ainda pensa como um jesuíta?

Papa Francisco - É uma pergunta teológica. Os jesuítas fazem votos de obedecer ao Papa. Mas se o Papa se torna um jesuíta, talvez devem fazer votos gerais dos jesuítas. Eu me sinto jesuíta na minha espiritualidade, a que tenho no coração. Não mudei de espiritualidade. Sou Francisco franciscano. Sinto-me jesuíta e penso como jesuíta.


Em quatro meses de Pontificado, pode nos fazer um pequeno balanço e dizer o que foi o pior e o melhor de ser Papa? O que mais o surpreendeu neste período?

Papa Francisco - Não sei como responder isso, de verdade. Coisas ruins, ruins, não aconteceram. Coisas belas, sim. Por exemplo, o encontro com os bispos italianos, que foi tão bonito. Como bispo da capital da Itália, me senti em casa com eles. Uma coisa dolorosa foi a visita a Lampedusa; me fez chorar, mas me fez bem. Quando chegam estes barcos (com imigrantes) e os deixam a algumas milhas de distância da costa, eles têm que chegar (à costa) sozinhos. Isso me dói, porque penso que estas pessoas são vítimas do sistema sócio-econômico mundial. Mas a coisa pior é um dor ciática, é verdade, tive isso no primeiro mês. É verdade! Para uma entrevista, tive que me acomodar numa poltrona e isso me fez mal, doía muito, não desejo isso a ninguém. O encontro com os seminaristas religiosos foi belíssimo. Também o encontro com os alunos do colégio jesuíta foi belíssimo. As pessoas… conheci tantas pessoas boas no Vaticano. Isso é verdade, eu faço justiça. Tantas pessoas boas, mas boas, boas, boas.


O senhor se assustou quando viu o informe sobre o Vatileaks?

Papa Francisco - Não. Vou contar uma anedota sobre o informe do Vatileaks. Quando fui ver o Papa Bento, ele disse: aqui está uma caixa com tudo o que disseram as testemunhas. Havia ainda um envelope com o resumo. E ele sabia tudo de memória. Mas não, não me assustei. São problemas grandes, mas não me assustei.


O sr. tem a esperança de que esta viagem ao Brasil contribua para trazer de volta os fiéis?

Papa Francisco - Uma viagem Papa sempre faz bem. E creio que a viagem ao Brasil fará bem, não apenas a presença do Papa. Esta Jornada da Juventude, eles (os brasileiros) se mobilizaram e vão ajudar muito a Igreja. Tantos fiéis que foram se sentem felizes (por terem ido). Acho que vai ser positivo não só pela viagem, mas pela Jornada, que foi um evento maravilhoso.


Os argentinos se perguntam: o sr. não sente falta de estar em Buenos Aires, pegar um ônibus?

Papa Francisco - Buenos Aires, sim, sinto falta. Mas é uma saudade serena.


Hoje, os ortodoxos festejam mil anos do Cristianismo. Seu comentário.

Papa Francisco - As igrejas ortodoxas conservaram a liturgia tão bem, no sentido da adoração. Eles louvam a Deus, adoram Deus, cantam Deus. O tempo não conta. O centro é Deus e isso é uma riqueza. Luz é oriente; e o ocidente, luxo. O consumismo nos faz tão mal! Quando se lê Dostoievski, que acho que todos nós devemos ler, precisamos deste ar fresco do oriente, desta luz do oriente.


O que o senhor pretende fazer em relação ao monsenhor Ricca (acusado de ter amantes)? E como o sr. pretende enfrentar toda esta questão do lobby gay?

Papa Francisco - Sobre monsenhor Ricca, fiz o que o direito canônico manda fazer, que é a investigação prévia. E nesta investigação, não tem nada do que o acusam. Não achamos nada. É a minha resposta. Mas eu gostaria de dizer outra coisa sobre isso. Vejo que, muitas vezes, na Igreja, se busca os pecados de juventude, por exemplo. Abuso de menores é diferente. Mas se uma pessoa, seja laica, padre ou freira, pecou e esconde, o Senhor perdoa. Quando o Senhor perdoa, o Senhor esquece. E isso é importante para a nossa vida. Quando vamos confessar e nós dizemos que pecamos, o Senhor esquece e nós não temos o direito de não esquecer. Isso é um perigo. O que é importante é uma teologia do pecado. Tantas vezes penso em São Pedro, que cometeu tantos pecados e venerava Cristo. E este pecador foi transformado em Papa. Neste caso, nós tivemos uma rápida investigação e não encontramos nada.

Vocês veem muita coisa escrita sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com uma carteira de identidade do Vaticano dizendo que é gay. Dizem que há alguns. Acho que quando alguém se vê com uma pessoa assim, deve distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay e fazer um lobby gay, porque todos os lobbys não são bons. Isso é o que é ruim. Se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, pra julgá-la? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos. O problema é fazer lobby, o lobby dos avaros, o lobby dos políticos, tantos lobbys. Esse é o pior problema.


Fonte: Canção Nova - #tamujunto JMJ