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terça-feira, 30 de julho de 2013

JMJ Kraków2016: História da cidade-sede da Jornada

Cracóvia – cidade do beato João Paulo II, amigo do jovens




(Site oficial da JMJ Cracóvia2016)

       Cracóvia e a região de Malopolska – de onde veio Karol Wojtyla, Papa João II. Foi ali também que iniciou sua jornada até Roma e o conclave. Foi também onde ele frequentemente retornava durante suas peregrinações à seu país. “Aqui, nesta terra, eu nasci. Aqui, em Cracóvia, eu estive boa parte da minha vida (...), Aqui, eu recebi a graça da minha vocação sacerdotal (...). Eu fui consagrado na Catedral de Wawel”, ele lembra.
       Papa João Paulo II veio de Malopolska. Ele cresceu aqui, estudou e serviu como padre e mais tarde como bispo, até ele ser eleito Papa no dia 16 de outubro de 1978. Wadowice, Niegowić, Krakow, Kalwaria Zebrzydowska, Zakopane foram os lugares onde ele cresceu, vindo a ser um homem adulto, artista e especialmente pastor de almas.
       Karol Wojtyla nasceu em Wadowice, no dia 18 de maio de 1920. Ali ele frequentou uma escola secundária e em 1938, junto com seu pai, se mudou para Cracóvia, onde Karol Wojtyla começou a estudar filologia polonesa na Universidade de Jagiellonian. Em 1942, cursou os estudos clandestinos do seminário em Cracóvia, onde foi ordenado sacerdote no dia 1º de Novembro de 1946. Foi então para Roma onde ele continuou estudando até 1948. No mesmo ano, após retornar à Polônia, ele foi enviado à uma pequena paróquia em Niegowic perto de Cracóvia, por sete meses. Depois, ele foi um dos pioneiros do “turismo sacerdotal” na igreja de São Floriano, em Cracóvia. Gostava de fazer trilha nas montanhas e canoagem com jovens.
       A personalidade do Padre Karol Wojtyla, sua habilidade de conversar diretamente com jovens e seus sermões, atraíram multidões. Logo, um grupo de pessoas foi criado não só para participar das liturgias (as 6 da manhã!) mas também celebravam onomásticos e iam de viagem juntos. Eles foram sempre acompanhados por “Wujek” (“Tio” em polonês), como Padre Karol costumava ser chamado. Com o tempo, essas viagens se transformaram em excursões até as montanhas Bieszczady ou expedições de canoa nos lagos Masurian. Essas foram pioneiras naquele época. “É importante poder falar sobre tudo, filmes, livros, carreiras, pesquisa científica ou bandas de jazz de maneira adequada”, explicava Padre Wojtyla.
       Nos anos seguintes, ele continuou os estudos teológicos. Em 1958, ele foi nomeado bispo. Logo depois, participou de preparações para o Concílio Vaticano II e do próprio concílio. Após a morte do Arcebispo Eugeniusz Baziak em 1963, ele se tornou o bispo metropolitano de Cracóvia e quatro anos depois Papa Paulo VI o nomeou como Cardial. Ele rapidamente se tornou para a Igreja uma figura de autoridade, filósofo, pensador e teólogo conhecido não só na Polônia.
       Já como bispo metropolitano de Cracóvia, Karol Wojtyla mostrou a importância da juventude no movimento “Luz-vida” (“Światło i Życie”), estabelecido em 1969 pelo Reverendo Franciszek Blachnicki. A formação religiosa oferecida para juventude em acampamentos de verão (chamados de oásis) foi considerada alarmante pelas autoridades comunistas. Ativistas do movimento começaram a ser perseguidos. Com o intuito de não prejudicar a igreja, muitos bispos se distanciaram do movimento do padre Blachnicki. A dinâmica desenvolvida nos oásis não foi possível até o aprovação oficial pelo Cardeal Wojtyla como parte das atividades pastorais da arquidiocese de Cracóvia. Centros acadêmicos de capelania também prosperaram durante o tempo de Cardeal Wojtyla. O bispo metropolitano sempre estava em reuniões com estudantes, pregava em retiros, ia à retiros sem avisar e sentava nos confessionários ou ajudava financeiramente não oficialmente alguns centros. Essa verba era basicamente para subsidiar os acampamentos de verão mas também foi dada para os estudantes mais pobres.
       Depois da morte de João Paulo I em setembro de 1978, pela primeira vez em 456 anos, não foi um italiano, mas um polonês foi eleito Papa no dia 16 de outubro 1978João Paulo II pontificado foi definitivamente excepcional.
       No começo do seu pontificado, em seu primeiro discurso feito da janela do Palácio Apostólico, antes do Angelus, John Paul II ardentemente se dirigiu à juventude: “...minha esperança, porque sois a promessa de amanhã. Vocês são a esperança da igreja e da sociedade”. Encontros com jovens foram de grande importância para o Papa. Ele também foi o iniciador e criador da Jornada Mundial da Juventude.
       João Paulo II visitou sua pátria nove vezes: 1979, 1983, 1987, 1991, 1995, 1997, 1999. Sua última visita à Polônia foi em agosto de 2002. Todas as vezes ele visitou a juventude polonesa, em frente da famosa “janela papal” em Crácóvia no número 3 da Rua Franciszkańska.


O Centro “Não tenham medo!” e o Santuário do abençoado João Paulo II
       O centro João Paulo II “Não tenham medo!” é uma homenagem ao Papa polonês, mas também à herança do espírito e do pensamento que ele deixou aos seus compatriotas. Essa herança continua a inspirar a Igreja e os milhões de discípulos de Cristo no mundo inteiro. “Queremos desenvolver esta herança de maneira criativa, queremos enfrentar novos desafios na sua luz e transmiti-la para as novas gerações. O centro não é um monumento mas um lugar importante de encontro com João Paulo II, com o seu espírito, seu pensamento, sua santidade” – diz o Cardeal Stanislaw Dziwisz.
       A iniciativa de criar o Centro do Papa “Não tenham medo!” foi decidida em Cracóvia no dia 2 de Janeiro de 2006 pelo Cardeal e Arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz. A construção de prédios pelo jovem arquiteto Andrzej Mikulski começou no Outono 2008 na região da antiga fábrica de produtos químicos “Solvay”, um lugar simbólico por causa dos anos de juventude que Karol Wojtyla passou nesse lugar.
       Na primeira fase do projeto, foi construída a parte inferior da Igreja, na qual se encontram as relíquias do Papa João Paulo II. Foram também construídos o Centro de Voluntariado e o Instituto João Paulo II.
       A segunda etapa do projeto, foi a construção do Museu de João Paulo II, de uma torre e do fim das obras na parte superior. A porta de entrada desta Igreja foi feita em bronze e representa João Paulo II, acompanhado por Santos e Beatos canonizados e beatificados por ele. O interior é predominantemente decorado por acabamentos de pedra e concreto arquitetônico. O altar principal e as paredes laterais estão decorados por um mosaico, obra de Marko Ivan Rupnik SJ – um artista mundialmente conhecido, de origem eslovena, criador de mosaicos como aqueles da cripta da nova Igreja em São Giovanni Rotondo, na Itália. A dedicação oficial da nova Igreja aconteceu no dia 23 de Junho de 2013, dois anos depois de exporem as relíquias do Papa João Paulo II na Igreja inferior. No futuro, está prevista a construção de outras instalações: Centro de Conferência, Casa de Peregrinos, Centro de Retiros e de Readaptação, e hotel.


Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia-Lagiewniki
       O convento da Congregação de Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, onde Irmã Faustina Kowalska viveu e morreu, foi fundado em Cracóvia na segunda metade do século 19. A graça da intimidade com Jesus Cristo foi concedido à essa humilde freira. Suas visões místicas foram descritas em seu Diário, que ainda se mantem como o mais frequente livro polonês traduzido. A futura santa experimentou seu postulado e noviciado no convento de Lagiewniki e também foi ali que ela professou seu primeiros votos e os perpétuos. De 1936 até a sua morte, ela morou em Lagiewniki permanentemente, trabalhando no jardim e no portão do convento. Ela morreu no dia 5 de Outubro 1938 e foi enterrada em um túmulo no cemitério do convento. Sua mística foi oficialmente abençoada em 1993 e ela foi canonizada em 2000. No mesmo ano, a Festa da Misericórdia foi anunciada. Os dois atos foram realizados pelo Papa João Paulo II, que rezou na capela do convento quando jovem no caminho do seu trabalho perto da fábrica Solvay de produtos químicos.
       A capela do convento que foi dedicada à São José em 1891 é o centro de culto da Divina Misericórdia. Foi ali que em 1943 o confessor de Cracóvia da Irmã Faustina consagrou a imagem de Jesus Misericordioso doado para a capela como oferta do pintor Adolf Hyla, assim iniciando os serviços solenes em veneração à Divina Misericórdia. No primeiro Domingo depois da Páscoa de 1944, a segunda imagem de Jesus Misericordioso foi consagrada. Essa imagem logo ficou famosa pelas graças e evidências de numerosas ofertas colocadas em malas ao redor da capela. Suas cópias e reproduções se espalharam pelo mundo e a imagem trouxe o cumprimento das palavras de Jesus proferidas por Irmã Faustina: “Eu desejo que essa imagem seja venerada primeiro em sua capela, e (depois) em todo o mundo.”
       Depois da beatificação da Irmã Faustina (1993), suas relíquias foram guardadas em um repositório de mármore em um altar lateral debaixo da miraculosa imagem “Jesus, eu confio em vós”. No corrimão debaixo do altar, há um genuflexório para facilitar a veneração da Santa pelos peregrinos.
       A nova parte do Santuário da Divina Misericórdia consiste de prédios construídos recentemente. O autor do principal design foi Witold Ceckiewicz, um arquiteto de Cracóvia. A basílica foi construída nos anos de 1999-2002. É uma estrutura de dois andares elipsoidal que lembra um embarcação. Pode acomodar até cinco mil pessoas. A ideia do design do templo recorda os raios emitidos do coração Misericordioso de Jesus, no qual imagem está localizada no centro do presbitério. Debaixo da imagem, está um tabernáculo dourado no formato de um globo e uma escultura de um arbusto arrancado pelo vento. A basílica foi consagrada por Papa João Paulo II no dia 17 de agosto de 2002 durante a última peregrinação para Polônia. Lá, o Santo Padre confiou o mundo à Divina Misericórdia. Desde 6 de março de 2003 a igreja tem o título de basílica menor. Durante a peregrinação do Papa Bento XVI até a Polônia in 2006, o monumento à João Paulo II foi revelado na torre, que mede 76 metros e é o ponto mais alto de Cracóvia.
       Na parte mais baixa da basílica, existe uma capela central devota à Irmã Faustina, e quatro capelas laterais. Perto da parte superior da basílica, a capela da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento.



Fonte: Site oficial da JMJ Rio2013
http://www.rio2013.com/pt/noticias/detalhes/3428/cracovia-cidade-do-beato-joao-paulo-ii-amigo-do-jovens

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