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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ano novo

Feliz 2014



A equipe Jovem em Ação deseja um feliz a santo ano novo a você e à toda sua família.
Continue conosco em 2014, pois tu és muito importante para nós.

Deus te abençoe em 2014

3 anos

Festa: 31 de dezembro de 2013



Hoje é um dia muito especial para o Jovem em Ação. Comemoramos o nosso 3º aniversário. Três anos de fé, oração e de evangelização. Nosso agradecimentos:

> à Santíssima Trindade (Pai e Filho e Espírito Santo), fundador dessa obra
> à Nossa Senhora e a todos os Santos e Santas de Deus, intercessores
> e a você, que nos acompanha, pois você também faz parte dessa história.

Muito obrigado e que Deus vos abençoe!!!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Papa Francisco: Agenda dos próximos dias

Confira as celebrações com o Papa Francisco no último dia de 2013



Da Redação

       O Ano Novo se aproxima e, no Vaticano, fiéis se preparam para as celebrações com o Papa Francisco nesse último dia de 2013 e nos primeiros dias de 2014.
       Nesta terça-feira, dia 31, véspera de Ano Novo e solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, o Pontífice preside as primeiras vésperas e o Te Deum em agradecimento pelo ano passado. A solenidade será na Basílica Vaticana às 17h (horário local, 14h em Brasília).
       Já na quarta-feira, dia 1º, o Santo Padre preside a Santa Missa na Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz. A celebração será na Capela Papal da Basílica Vaticana às 10h (horário local, 7h em Brasília). Em seguida, às 12h (horário local, 9h em Brasília), ele reza a oração mariana do Angelus.
       No primeiro domingo do ano, dia 5 de janeiro, Francisco reza o Angelus, como de costume, na Praça São Pedro. Na segunda-feira, 6, Solenidade da Epifania do Senhor, ele celebra a Santa Missa na Capela Papal da Basílica Vaticana às 10h (horário local, 7h em Brasília) e reza o Angelus às 12h na Praça São Pedro.
       E na quarta-feira, dia 8, o Santo Padre realiza a primeira catequese de 2014, com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano.


Fonte: Canção Nova Notícias
Capa CN Notícias

"Peregrinação da confiança"

Jovens europeus se reúnem para "peregrinação da confiança"



Da Redação, com Comunidade Taizé

       Mais de 20 mil jovens de toda a Europa e também de outros continentes chegarão até este sábado, 28 de dezembro, a Estrasburgo, nordeste da França, para a 36ª etapa da "peregrinação da confiança" promovida pela Comunidade de Taizé. Entre eles estarão mais de 4.500 poloneses, 2.600 ucranianos, 1.400 italianos, 1.200 croatas e 1.000 bielorussos.
       Junto aos jovens da alsácia e da região alemã de Ortenau – que os acolherão – serão, ao todo, cerca de 30 mil jovens "buscando a comunhão visível de todos aqueles que amam Cristo".
       "Aqueles que no mundo inteiro amam Cristo formam uma grande comunidade de amizade. Têm uma contribuição a oferecer para curar as feridas da humanidade: sem querer impor-se, podem favorecer uma globalização da solidariedade que não exclua nenhum povo, nenhuma pessoa”, disse o prior de Taizé Frei Alois.
       Líderes religiosos e civis enviaram mensagens para o encontro de jovens em Estrasburgo. Confira:

> Do Papa Francisco:
Roma guarda com alegria a memória do vosso Encontro Europeu no ano passado e, em particular, da bela oração que reuniu com o Papa Bento XVI milhares de jovens na Praça São Pedro. O Papa conta convosco para que, através da vossa fé e do vosso testemunho, o espírito de paz e de reconciliação do Evangelho irradie entre os vossos contemporâneos.

> Do Secretário-geral da Federação Mundial Luterana, Pastor Martin Junge:
Que alegre encontro: porque ao caminhar e dialogar, ao rezar e cantar juntos ao longo dos próximos dias, caminham juntos rumo a uma nova solidariedade. Desejamos-vos, no espírito de caminhada juntos rumo a um mundo mais justo e pacífico, um abençoado Encontro Europeu em Estrasburgo.

> Do Secretário-geral das Nações Unidas, Sr. Ban Ki Moon:
A tecnologia globalizou as comunicações. Agora, temos que globalizar a compaixão e a cidadania. Num mundo cada vez mais ligado, temos que ser mais unidos. Com os nossos destinos cada vez mais entrelaçados, o nosso futuro tem de assistir a uma cooperação sempre mais profunda e mais ampla. É essa a lógica global dos nossos tempos. Conto com a vossa ajuda para avançar nos objetivos comuns da paz, desenvolvimento e direitos humanos.

> Do Presidente do Conselho Europeu, Sr. Herman van Rompuy:
Ultrapassar as separações, reconciliar todos os cristãos numa só Igreja: este é o tema do vosso encontro de este ano. Tema que, visto na sua acepção mais global, é o da unidade na diversidade; diria mesmo o da unidade pela e graças à diversidade. Um tema de que a União Europeia fez a sua divisa, porque se encontra no coração da construção e do desenvolvimento do projeto europeu.


Fonte: Canção Nova Notícias
Capa CN Notícias

Festa da Sagrada Família

No último Angelus do ano, Papa reza pelas famílias


"Que Maria e José guiem as famílias em sua missão", pediu Papa antes da oração mariana.
-Foto: Arquivo/Reprodução CTV

Jéssica Marçal
Da Redação

       No Angelus deste domingo, dia 29, último do ano, Papa Francisco refletiu sobre as famílias, tendo em vista a festa da Sagrada Família. Ele se concentrou em especial sobre a situação dos refugiados, que sofrem com a falta de acolhimento e respeito.
       Francisco lembrou que José e Maria experimentaram o sofrimento dos refugiados, marcado por medo, em sua fuga para o Egito, como mostra o Evangelho do dia. E ainda hoje muitas famílias sofrem com essa mesma problemática. “Quase todo dia a televisão e os jornais dão notícia de refugiados que fogem da fome, da guerra, de outros perigos, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para suas famílias”.
       O Santo Padre ressaltou que nem sempre os refugiados encontram verdadeiro acolhimento e respeito, deparando suas expectativas com dificuldades que às vezes parecem insuperáveis. Ele convidou, então, todos a voltarem o olhar para a família de Nazaré e pensar nos migrantes e refugiados que são vítimas de rejeição, do tráfico de pessoas e do trabalho escravo.
       E o fato de Deus ter pertencido a uma família que experimentou o exílio reflete, segundo o Pontífice, o desejo de Deus de que ninguém se sinta excluído de Sua proximidade amorosa. Ele completou dizendo que a fuga da Sagrada Família para o Egito mostra que Deus está presente lá onde há perigo, onde o homem experimenta o que é o abandono.
       Francisco falou, por fim, de três palavras que são termos-chave para a vida em família: com licença, obrigado e desculpe. Ele já havia citado os termos durante o encontro com as famílias em peregrinação a Roma por ocasião do Ano da Fé em outubro deste ano. Para ele, um sinal que indica como anda a vida em família é também o modo como ela trata as crianças e os idosos.
       “Recordemos estas três palavras. Gostaria também de encorajar as famílias a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. O anúncio do Evangelho passa antes de tudo pela família para depois atingir os diversos âmbitos da vida cotidiana”. Encerrando suas reflexões, o Papa pediu que Maria e José guiem cada família do mundo para que possam cumprir com serenidade a missão que Deus lhes confiou.
       Após a oração mariana, Francisco recordou que o próximo sínodo discutirá sobre a família. “Por isto hoje, festa da Sagrada Família, desejo confiar à Sagrada Família este trabalho sinodal, rezando pelas famílias de todo o mundo”. Em seguida, ele fez uma oração pelas famílias.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Oração pelas famílias

Oração do Papa Francisco pelas famílias



Oração à Sagrada Família composta e recitada pelo Papa Francisco
Praça de São Pedro, Vaticano
Domingo, 29 de dezembro de 2013

Rádio Vaticano


Jesus, Maria e José,
em vós contemplamos
o esplendor do amor verdadeiro,
a vós, com confiança nos dirigimos.

Sagrada Família de Nazaré,
tornai também nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,
jamais nas famílias se faça experiência
de violência, fechamento e divisão:
qualquer um ferido ou escandalizado
tenha logo consolação e cura.

Sagrada Família de Nazaré,
o próximo Sínodo dos Bispos
possa trazer novamente a todos a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,
escutai, ouvi nossa súplica, Amém!


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Angelus - 29/12/2013

Angelus com o Papa Francisco



ANGELUS
Festa da Sagrada Família
Praça São Pedro – Vaticano
Domingo, 29 de dezembro de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal


Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Neste primeiro domingo depois do Natal, a Liturgia nos convida a celebrar a festa da Sagrada Família de Nazaré. De fato, todo presépio mostra Jesus junto com Nossa Senhora e São José, na gruta de Belém. Deus quis nascer em uma família humana, quis ter uma mãe e um pai, como nós.

E hoje o Evangelho nos apresenta a Sagrada Família no caminho doloroso do exílio, em busca de refúgio no Egito. José, Maria e Jesus experimentam a condição dramática dos refugiados, marcada por medo, incertezas, necessidades (Mt 2, 13-15. 19-23). Infelizmente, nos nossos dias, milhões de famílias podem reconhecer-se nesta triste realidade. Quase todos os dias a televisão e os jornais dão notícias de refugiados que fogem da fome, da guerra, de outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as próprias famílias.

Em terras distantes, mesmo quando encontram trabalho, nem sempre os refugiados e os imigrantes encontram acolhimento verdadeiro, respeito, apreço pelos valores de que são portadores. As suas legítimas expectativas se confrontam com situações complexas e dificuldades que parecem às vezes insuperáveis. Por isso, enquanto fixamos o olhar na Sagrada Família de Nazaré no momento em que foi forçada a fazer-se refugiada, pensemos no drama de quantos migrantes e refugiados que são vítimas de rejeição e da escravidão, que são vítimas do tráfico de pessoas e do trabalho escravo. Mas pensemos também nos outros “exilados”: eu os chamarei de “exilados escondidos”, aqueles exilados que podem existir dentro das próprias famílias: os idosos, por exemplo, que às vezes são tratados como presenças incômodas. Muitas vezes penso que um sinal para saber como vai uma família é ver como são tratados nessa as crianças e os idosos.

Jesus quis pertencer a uma família que experimentou estas dificuldades para que ninguém se sinta excluído da proximidade amorosa de Deus. A fuga ao Egito por causa das ameaças de Herodes nos mostra que Deus está lá onde o homem está em perigo, lá onde o homem sofre, lá onde é fugitivo, onde experimenta a rejeição e o abandono; mas Deus está também lá onde o homem sonha, espera voltar à pátria na liberdade, projeta e escolhe pela vida e dignidade sua e dos seus familiares.

Este nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco. Recordemos as três palavras-chave para viver em paz e alegria em família: com licença, obrigado, desculpa. Quando em uma família não se é invasor e se pede “com licença”, quando em uma família não se é egoísta e se aprende a dizer “obrigado” e quando em uma família um percebe que fez algo ruim e sabe pedir “desculpa”, naquela família há paz e alegria. Recordemos estas três palavras. Mas podemos repeti-las todos juntos: com licença, obrigado, desculpa. (Todos: com licença, obrigado, desculpa!). Gostaria também de encorajar as famílias a tomar consciência da importância que têm na Igreja e na sociedade. O anúncio do Evangelho, de fato, passa antes de tudo pelas famílias, para depois alcançar os diversos âmbitos da vida cotidiana.

Invoquemos com fervor Maria Santíssima, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, e São José, seu esposo. Peçamos a eles para iluminar, confortar, guiar cada família do mundo, para que possa cumprir com dignidade e serenidade a missão que Deus lhes confiou.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Almoço dos Papas

Bento XVI e Francisco almoçam juntos na Casa Santa Marta



Da redação, com Agência Ecclesia

       O Papa Francisco e o Papa emérito Bento XVI almoçaram juntos na última sexta-feira, dia 27, na casa Santa Marta, no Vaticano. O convite para o almoço foi feito pelo Papa Francisco ao seu predecessor quando o visitou para o cumprimentar por ocasião das festas do Natal na tarde da última segunda-feira, dia 23.
       No almoço dos Papas participaram também os respectivos secretários, além do secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti, e do monsenhor Bryan Wells, assessor para os assuntos gerais da Secretaria de Estado.
       O Papa emérito regressou ao Vaticano a 2 de maio, após ter renunciado ao pontificado, para residir num edifício que acolhia um mosteiro de clausura. Joseph Ratzinger continua acompanhado pelas quatro leigas consagradas que o serviram durante o pontificado e pelo seu secretário particular, dom Georg Gänswein, o atual prefeito da Casa Pontifícia.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Mais seguidores no Twitter

Twitter do Papa supera a marca de 11 milhões de seguidores



Da Redação, com Rádio Vaticano

       Na última sexta-feira, dia 27, o twitter oficial do Papa Francisco ultrapassou a marca de 11 milhões de seguidores. Neste mesmo dia, ele já usou o microblog para deixar uma mensagem aos fiéis: “A alegria do Evangelho esteja sempre nos vossos corações, especialmente neste tempo de Natal”.
       A conta do Papa na rede social está disponível em nove idiomas. São 4.415.526 seguidores da conta em espanhol, 3.441.090 em inglês, 1.388.536 em italiano, 909.450 em português, 224.069 em francês, 195.523 em latim, 163.179 em alemão, 158.764 em polonês e 103.920 em árabe.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Papa Francisco: Benção Urbi et Orbi

Em mensagem de Natal, Papa Francisco reza pela paz


Papa Francisco durante benção Urbi et Orbi. -Foto: CTV

Jéssica Marçal
Da Redação

       Na última quarta-feira, dia 25, Natal do Senhor, Papa Francisco dirigiu-se ao Balcão Central da Basílica Vaticana para a tradicional bênção “Urbi et Orbi”. Na mensagem de Natal que antecedeu a bênção, o Santo Padre pediu paz na Síria, na República Centro-Africana, na Terra Santa, além de recordar problemas como o tráfico de seres humanos e as calamidades naturais.
       O Papa recordou que a verdadeira paz não é um equilíbrio entre coisas contrárias, mas um compromisso de todos os dias, que se leva adiante a partir do dom de Deus. Ele dirige o pensamento, então para as indefesas vítimas da violência em conflitos.
       “Vendo o Menino no presépio, Menino de Paz, pensemos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensemos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes. As guerras dilaceram e ferem tantas vidas, muitas dilacerou nos últimos tempos, como o conflito da Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a rezar a Deus para que Ele poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio e as partes em conflito ponham fim a toda violência”.
       O Santo Padre destacou também a força da oração e expressou sua felicidade em saber que membros de outras confissões religiosas partilharam esta oração pela paz na Síria. “Nunca percamos a coragem da oração”, disse.
       A República Centro-Africana também está no coração do Papa, o qual lembra que esta é uma região tantas vezes esquecida pelos homens, mas nunca esquecida por Deus. Ainda com relação à África, o Santo Padre reza pelo Sudão do Sul e pela Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes e indefesos.
       Quanto ao Oriente Médio, o Papa pede a conversão do coração dos violentos e um final feliz para as negociações de paz entre israelenses e palestinos. Ele também pede cura das chagas do Iraque, que sofre frequentemente por atentados.
       Francisco também reza pelos que são perseguidos por causa de sua fé em Cristo e pelos refugiados, para que encontrem acolhimento e ajuda. Ele recorda, nesse ponto, as tragédias que aconteceram, este ano, em Lampedusa, uma ilha italiana. O Papa fez um apelo para que elas não mais se repitam. Quanto às calamidades naturais, Francisco lembra-se do povo filipino, atingido brutalmente por um tufão nesse segundo semestre do ano.
       “Neste mundo, nesta humanidade, hoje nasceu o Salvador, que é o Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém, deixemos que o nosso coração se comova, não tenhamos medo disso, porque precisamos que o nosso coração se comova. (…) Deixemo-nos abrasar pela ternura de Deus, porque precisamos de Suas carícias. As carícias de Deus não nos ferem, mas nos dão paz e força.” Após a mensagem, Francisco concedeu a todos a bênção Urbi et Orbi. O Santo Padre encerrou desejando a todos os seus votos de um Feliz Natal.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Mensagem de Natal

Mensagem de Natal do Papa Francisco



MENSAGEM
Mensagem de Natal do Papa Francisco e Benção Urbi et Orbi
Quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Boletim da Santa Sé


«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).

Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!

Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.

Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.

Glória a Deus.

A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.

Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.

Paz aos homens.

A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.

Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes… As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!

Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.

Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.

Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.

Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.

Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.

Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.

Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.

PALAVRAS DE FELICITAÇÕES DO PAPA PELO NATAL

A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!

Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Natal do Senhor

Francisco celebra a Missa do Galo destacando a luz de Jesus para a humanidade


Papa Francisco durante Missa do Galo. -Foto: L’Oservatore Romano/Rádio Vaticano

Jéssica Marçal
Da Redação

       Papa Francisco celebrou na noite da última terça-feira, 24, a tradicional Missa do Galo, primeira de seu pontificado. O Santo Padre refletiu sobre a luz que Jesus Cristo é para a humanidade, convidando todos a não temerem, pois Deus é paciente e dá Jesus como auxílio para iluminar as trevas do mundo.
       Partindo de um trecho do livro do profeta Isaías, Francisco destacou que o ser humano é um povo em caminho na história da salvação, deparando-se com momentos de trevas e de luz. “Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor”, disse.
       Sobre o nascimento de Jesus, acontecimento central da celebração, o Papa lembrou que esta foi a grande graça manifestada no mundo, uma vez que Deus entrou na história humana e partilhou este caminho. “Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós”.
       Por fim, o Santo Padre falou daqueles que foram os primeiros a ver esta “tenda”, a receber o anúncio do nascimento de Jesus: os pastores. Francisco disse que eles foram os primeiros porque estavam entre os últimos, entre os marginalizados. “Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Missa do Galo

Homilia do Papa na Missa do Galo



Homilia
Primeira Missa do Galo celebrada pelo Papa Francisco
Terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Rádio Vaticano

1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1).

Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas dum facto emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz reflectir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.

Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. «Deus é luz, e n’Ele não há nenhuma espécie de trevas» (1 Jo 1, 5). Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e de povo errante.

E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão – escreve o apóstolo João – está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1 Jo 2, 11).

2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2, 11).

A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.

3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade:

Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois omnipotente, e fizestes-Vos frágil.

Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). E vo-lo repito também eu: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a nossa paz. Amém.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Francisco e Bento XVI: Felicitações natalinas

Francisco visita Bento XVI para as felicitações natalinas


Francisco e Bento XVI em encontro na segunda-feira, dia 22.
-Foto: L’Osservatore Romano/Rádio Vaticano

Da Redação, com Rádio Vaticano

       Na tarde da última segunda-feira, dia 22, por volta das 17h locais, o Papa Francisco visitou o Papa emérito Bento XVI para dar-lhe as felicitações natalinas. Bento XVI acolheu Francisco na entrada de sua residência (ex-mosteiro Mater Ecclesiae).
       Após uma breve oração juntos na Capela, eles tiveram um encontro privado que durou cerca de meia hora. Após o momento com Bento XVI, Francisco, que estava acompanhado de seus secretários pessoais, saudou também os outros membros da “família” do Papa emérito, Dom Gaenswein e as Memores Domini. Ao todo, a visita durou cerca de 45 minutos.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Francisco na imprensa

Papa concede entrevista a jornal italiano



Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano

       “O Natal pra mim é esperança e ternura”. Começa com uma reflexão sobre o sentido do Natal a entrevista que o Papa Francisco concedeu ao jornal italiano La Stampa. No texto publicado neste domingo, dia 15, o Santo Padre aborda o tema do sofrimento das crianças e do drama da fome no mundo. Ele também fala da relação entre a Igreja católica e outras confissões cristãs, questões de matrimônio e da família que estarão no próximo Sínodo.
       Na entrevista, que durou cerca de uma hora e meia, Francisco fala do primeiro Natal que ele celebrará como Bispo de Roma, explicando seu real sentido e a forma de vivê-lo. “O Natal é o encontro de Deus com o seu povo. E é também uma consolação, um mistério de consolação”. Outro tema abordado é o cinquentenário da visita história do Papa Paulo VI à Terra Santa. Papa Francisco exprime o desejo de ir até lá para encontrar aquele que define como seu “irmão Bartolomeu, patriarca de Constantinopla”.
       Francisco também fala do sofrimento inocente de crianças, uma dor que é visível também nas situações de fome. O Papa convida a chocar-se com a indiferença e evitar o desperdício. Sua bússola é a Doutrina Social da Igreja, como ele mesmo explica, fazendo referência à Exortação Apostólica Evangelii Gaudium.
       A unidade dos cristãos é uma prioridade. Hoje existe o “ecumenismo do sangue”, diz o Santo Padre, explicando que em muitos países os cristãos são assassinados sem distinção, mas a unidade é uma graça que ainda deve ser alcançada.
       Sobre a questão dos sacramentos aos divorciados e casados novamente, o Papa não se pronuncia, aguardando o Consistório de fevereiro próximo e o Sínodo extraordinário de outubro de 2014, mas ressalta a necessidade de recorrer à prudência “não como atitude paralisante, mas como virtude de quem governa”.
       No que diz respeito à justa relação entre Igreja e política, o Papa fala de uma relação que se move em diversos âmbitos e com diversas tarefas, mas que deve convergir no ajudar o povo. “A política é nobre – diz Francisco citando Paulo VI – é uma das formas mais altas de caridade. Nós a manchamos quando a usamos para os negócios”. Por fim, Francisco refere-se à figura da mulher na Igreja, dizendo que ela deve ser valorizada, não “clericalizada”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Alegria do cristão

"O fundamento da alegria cristã é a fidelidade de Deus", diz Papa


Papa Francisco na janela do Palácio Apostólico de onde reza o Angelus com os fiéis todos os domingos. -Foto: Reprodução CTV

Jéssica Marçal
Da Redação

       A alegria cristã foi o foco da reflexão do Papa Francisco no Angelus deste domingo, dia 15, terceiro do Advento e também chamado de “Domingo da Alegria”. Ele recordou que a mensagem cristã se chama “evangelho”, o que significa uma “boa notícia”, um anúncio de alegria para todo o povo.
       Essa alegria do Evangelho, segundo disse o Papa, não é uma alegria qualquer, mas encontra a sua razão no saber-se acolhido e amado por Deus. E mesmo com as limitações e desânimos, o homem não pode ser fraco, pelo contrário,  é convidado a ter coragem e não temer, porque Deus sempre mostra a grandeza da sua misericórdia.
       “A alegria cristã, como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza de que Ele mantém sempre as suas promessas (…) Quantos encontraram Jesus ao longo do caminho experimentam no coração uma serenidade e uma alegria da qual nada e ninguém poderá privá-los. A nossa alegria é Cristo, o seu amor fiel e inesgotável!”, disse.
       Dessa forma, Francisco explicou que quando um cristão se torna triste, isso quer dizer que ele se afastou de Jesus. Nessas situações, é preciso rezar por essa pessoa e fazê-la sentir o calor da comunidade.
       O Santo Padre concluiu suas reflexões pedindo a ajuda de Maria para que todos possam apressar os passos para encontrar o Menino que nasceu para a salvação e a alegria de todos os homens. “Ela nos ajude a viver a alegria do Evangelho na família, no trabalho, na paróquia e em todo lugar. Uma alegria íntima, feita de admiração e ternura”.
       Após o Angelus, Francisco dirigiu-se às crianças presentes na Praça São Pedro para a tradicional benção dos Meninos Jesus do presépio. “Queridas crianças, quando vocês rezarem diante do vosso presépio, lembrem-se também de mim, como eu me lembro de vocês. Agradeço a vocês e bom Natal!”.


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova

Papa Francisco: Angelus - 15/12/2013

Angelus com o Papa Francisco



ANGELUS
Praça São Pedro – Vaticano
3º Domingo do Advento, “Gaudete”
15 de dezembro de 2013

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal


Obrigado!

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje é o terceiro domingo do Advento, dito também domingo Gaudete, isso é, domingo da alegria. Na liturgia, ressoa várias vezes o convite à alegria, a alegrar-se, por que? Porque o Senhor está próximo. O Natal está próximo. A mensagem cristã se chama “evangelho”, isso é, “boa notícia”, um anúncio de alegria para todo o povo; a Igreja não é um refúgio para o povo triste, a Igreja é a casa da alegria! E aqueles que estão tristes encontram nessa a alegria, encontram nessa a verdadeira alegria!

Mas aquela do Evangelho não é uma alegria qualquer. Encontra a sua razão no saber-se acolhido e amado por Deus. Como nos recorda hoje o profeta Isaías (cfr 35, 1-6.8ª.10), Deus é aquele que vem para nos salvar, e presta socorro especialmente aos desanimados de coração. A sua vinda em meio a nós nos fortalece, torna sãos, dá coragem, faz exultar e florir o deserto e o estepe, isso é, a nossa vida quando se torna árida. E quando a nossa vida se torna árida? Quando está sem a água da Palavra de Deus e do seu Espírito de amor. Por mais que sejam grandes os nossos limites e os nossos desânimos, não nos é permitido sermos fracos e vacilantes diante das dificuldades e das nossas próprias fraquezas. Ao contrário, somos convidados a robustecer as mãos, a firmar os joelhos, a ter coragem e não temer, porque o nosso Deus nos mostra sempre a grandeza da sua misericórdia. Ele nos dá a força para seguir adiante. Ele está sempre conosco para nos ajudar a seguir adiante. É um Deus que nos quer tanto bem, nos ama e por isto está conosco, para nos ajudar, para nos robustecer e seguir adiante. Coragem! Sempre avante! Graças à sua ajuda nós podemos sempre começar de novo. Como? Começar de novo? Alguém pode me dizer: “Não, padre, eu fiz tantas coisas…Sou um grande pecador, uma grande pecadora…Eu não posso recomeçar!”. Você está errado! Você pode recomeçar! Por que? Porque Ele te espera, Ele está próximo a você, Ele te ama, Ele é misericordioso, Ele te perdoa, Ele te dá a força de recomeçar! A todos! Então somos capazes de reabrir os olhos, de superar tristeza e choro e entoar um canto novo. E esta alegria verdadeira permanece também na prova, também no sofrimento, porque não é uma alegria superficial, mas desce no profundo da pessoa que se confia a Deus e confia Nele.

A alegria cristã, como a esperança, tem o seu fundamento na fidelidade de Deus, na certeza de que Ele mantém sempre as suas promessas. O profeta Isaías exorta aqueles que perderam o caminho e estão no desânimo a terem confiança na fidelidade do Senhor, porque a sua salvação não tardará a irromper nas suas vidas. Quantos encontraram Jesus ao longo do caminho, experimentam no coração uma serenidade e uma alegria da qual nada e ninguém poderá privá-los. A nossa alegria é Jesus Cristo, o seu amor fiel e inesgotável! Por isso, quando um cristão se torna triste, quer dizer que se afastou de Jesus. Mas então não é preciso deixá-lo sozinho! Devemos rezar por ele e fazê-lo sentir o calor da comunidade.

A Virgem Maria nos ajude a apressar o passo rumo a Belém, para encontrar o Menino que nasceu para nós, para a salvação e a alegria de todos os homens. A ela o Anjo disse: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1, 28). Ela nos ajude a viver a alegria do Evangelho na família, no trabalho, na paróquia e em todo lugar. Uma alegria íntima, feita de admiração e ternura. Aquela que experimenta uma mãe quando olha para a sua criança recém-nascida e sente que é um dom de Deus, um milagre pelo qual só agradecer!


Fonte: Canção Nova Notícias - Papa Francisco
Canção Nova