Páginas

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Renúncia do Papa: funções da Câmara Apostólica


Câmara Apostólica é o centro das decisões após final do pontificado


Dom Tarcísio Bertone
Cardeal Carmelengo e Secretário de Estado do Vaticano

       A Câmara Apostólica, organismo da Santa Sé que remonta pelo menos ao século XI, vai passar a ser o centro do governo da Igreja Católica após o final do pontificado do Papa Bento XVI, em 28 de fevereiro.
       A instituição é liderada pelo Cardeal Camerlengo, Dom Tarcisio Bertone, que é o atual secretário de Estado do Vaticano, e tem funções de presidência durante a Sé vacante, período entre o fim de um pontificado e a eleição de um novo Papa.
       O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, adiantou na última semana que é a Câmara Apostólica que tem analisado as questões relacionadas com o tratamento a dar a Bento XVI após o final do pontificado ou mesmo a possibilidade de antecipar o início do Conclave.
       Dois dias após ter apresentado a sua renúncia, o Papa alemão nomeou Dom Giuseppe Sciacca, secretário-geral do governo do Estado do Vaticano, como auditor geral, uma espécie de conselheiro jurídico, da Câmara Apostólica.
       A constituição Universi Dominici Gregis, assinada pelo então Papa, Beato João Paulo II, em 1996, sublinha as responsabilidades do camerlengo, que encarrega de selar o escritório e o quarto do Papa após o final do pontificado, bem como de inutilizar (‘anular’) o anel e o selo de chumbo do pontífice.
       Compete ao camerlengo, durante o período de Sé vacante, “cuidar e administrar os bens e os direitos temporais da Santa Sé, com o auxílio dos três cardeais assistentes, precedido - uma vez para as questões menos importantes, e todas as vezes para as mais graves - do voto do Colégio dos cardeais”.
       Esta comissão tem que providenciar o alojamento dos cardeais eleitores na Domus Sanctae Marthae (os quartos são atribuídos por sorteio), situada no Vaticano, a preparação da Capela Sistina, onde decorre a eleição, e a seleção de dois eclesiásticos de íntegra doutrina, sabedoria e autoridade moral para a apresentação de meditações sobre os problemas da Igreja. Aos mesmos responsáveis compete estabelecer o dia e hora para o início das operações de voto.



Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=288764

Nenhum comentário:

Postar um comentário