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sábado, 17 de agosto de 2013

Igreja no Egito

Mais de 600 mortos e cerca de 40 igrejas atacadas em confrontos no Egito



       Protestos tomaram as ruas do Egito ontem (dia 16) depois do massacre de mais de 600 pessoas durante ação de remoção de pessoas acampadas no Cairo, na última quarta-feira (dia 14). O protesto foi denominado ‘dia de fúria’ e motivado pela Irmandade Muçulmana, grupo político do presidente deposto Mohamed Morsi.
       Informações do Ministério da Saúde contam mais de 4200 feridos. Apesar de todos esses números, a situação ainda está longe de voltar à calma. A Irmandade Muçulmana convocou uma semana de protestos diários em todo o país.
       No total, cerca de 40 igrejas foram queimadas ou depredadas. Mesmo com o apelo do Papa, a reconciliação no país será difícil. “Houve muitas manifestações da Irmandade Muçulmana e a violência não era apenas nas igrejas, mas também nas instituições. Foram incendiadas também estações da polícia. Cerca de 40 igrejas – 10 católicas e 30 entre ortodoxas, protestantes e grego-ortodoxas – foram depredadas ou queimadas, se não totalmente destruídas”, comentou o padre Rafic Greiche, porta-voz dos bispos católicos egípcios.
       Papa Francisco durante a oração mariana do Angelus na última quinta-feira (dia 15), em Castel Gandolfo, fez um apelo pela população do Egito. “Desejo assegurar as minhas preces a todas as vítimas e os seus familiares, aos feridos e os que sofrem. Rezemos juntos pela paz, o diálogo e a reconciliação naquela querida terra e no mundo inteiro. Maria, Rainha da Paz, rogai por nós”, rezou o Pontífice.
       O porta-voz dos bispos católicos egípcios, padre Rafiq Greiche, em entrevista para a Rádio Vaticano na sexta-feira (dia 16) falou sobre os conflitos e citou a repercussão da mensagem do Papa Francisco.

Pe. Rafiq Greiche – Assim que o Papa concluiu o Angelus, as pessoas, os católicos, bem como os ortodoxos e até mesmo os muçulmanos, publicaram em todos os lugares as suas palavras: nos jornais, em todos os sites web, como se todos estivessem esperando que o Papa falasse! Em particular, os católicos sentiram que o Papa se faz próximo deles, que reza por eles e que busca infundir-lhes esperança: é aquilo de que verdadeiramente precisam.

RV – Como está a situação no momento?
Pe. Rafiq Greiche - Houve violência não somente nas igrejas, mas também nas instituições: foram também incendiados postos policiais, 40 igrejas,  das quais 10 católicas e 30 entre ortodoxas, protestantes e greco-ortodoxas, que foram saqueadas ou incendiadas, quando não totalmente destruídas.

RV – O senhor vislumbra um caminho para a reconciliação?
Pe. Rafiq Greiche – Sinto muito ter que dizer que não será nada fácil alcançar a reconciliação, porque a Irmandade Muçulmana e todos os partidos muçulmanos não estão comprometidos com a busca de uma solução política. O povo quer um Egito pacífico, enquanto um pequeno grupo está difundindo violência e terror até mesmo nos vilarejos do Alto Egito.

Informações: Rádio Vaticano


Fonte: Santuário Nacional de Aparecida-SP

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