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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Paz: inclusiva e indivisível

"A paz é inclusiva e indivisível", diz Cardeal Turkson em Nagasaki



       "A paz é inclusiva e indivisível. Não pode haver uma parte da população que vive em paz e outra que sofre por causa da exclusão, injustiça, violência e privações." Estas palavras foram proferidas nesta quarta-feira, dia 7, em Nagasaki, no Japão, pelo Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, para recordar as vítimas do bombardeiro atômico praticado contra essa cidade em 9 de agosto de 1945.
       O cardeal encontra-se no país do Sol Nascente desde a última segunda-feira, dia 5, participando da iniciativa "Dez dias pela paz", promovida pela Conferência Episcopal Japonesa, até 15 de agosto, em memória das vítimas dos bombardeios estadunidenses contra Hiroshima e Nagasaki.
       O presidente do organismo vaticano participou de um encontro inter-religioso juntamente com representantes budistas, xintoístas e protestantes, promovido pelo Centro inter-religioso para o diálogo e a paz mundial.
       Em seu discurso, o Cardeal Turkson evidenciou como o homem contemporâneo, confuso e desanimado, parece ter se esquecido de que o seu próprio destino, querido por Deus, é o da "liberdade e felicidade", abandonando-se ao sofrimento, ganância e ódio. "A paz e a sobrevivência da humanidade estão ligadas indissoluvelmente ao progresso, ao desenvolvimento e à dignidade de todas as pessoas", disse o cardeal, recordando as palavras do Beato João Paulo II em sua visita ao Japão, em fevereiro de 1981.
       O representante vaticano recordou o 50° aniversário da Encíclica "Pacem in Terris", de 1963, do Papa João XXIII, em que o pontífice sublinha que a "paz deve ser construída sobre bases sólidas". "Os pontífices sucessivos reiteraram o caráter inclusivo e não divisível da paz e a necessidade de não ignorar, marginalizar ou excluir nenhuma parte da sociedade", frisou ainda o cardeal ganense.
       Recentemente, o Papa Francisco fez uma exortação nesse sentido durante sua visita à Comunidade de Varginha, no Rio de Janeiro, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude. Naquela ocasião, Francisco disse: "Não deixemos entrar em nosso coração a cultura do desperdício, porque somos irmãos. Ninguém deve ser descartado", recordou o Cardeal Turkson.
       Reiterando que os verdadeiros processos de paz devem "integrar as periferias", o Dom Turkson rezou pelas vítimas dos bombardeios atômicos, convidando as "grandes tradições religiosas e espirituais da Ásia a trabalharem juntas pela paz".
       Nesta quinta-feira, dia 8, o representante vaticano participa, em Nagasaki, de uma cerimônia inter-religiosa organizada no Ground-Zero Park da cidade, e reza uma oração por todas as vítimas e por todos aqueles que sofrem ainda as consequências da radioatividade. Por fim, na próxima sexta-feira, dia 9, ainda em Nagasaki, o Cardeal Turkson preside a Missa pela paz no mundo.


Fonte: Canção Nova Notícias

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