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sábado, 17 de agosto de 2013

Visita do Papa às Clarissas

Clarissas contam como foi a visita do Papa ao Mosteiro de clausura



       Antes da Santa Missa celebrada nesta quinta-feira, dia 16, em Castel Gandolfo, o Santo Padre encontrou as Clarissas do Mosteiro de clausura de Albano. O encontro durou cerca de quarenta e cinco minutos.
       Para a Madre abadessa, Maria Assunta Fuoco, o encontro com o Pontífice foi uma oportunidade para ouvir as orientações do Santo Padre, diretamente às religiosas. Uma experiência, segunda ela, breve, mas muito intensa. "É difícil expressar os sentimentos que vivemos neste breve, mas intenso encontro, porém, o Santo Padre deixou-nos o seguinte: exortou-nos a viver profundamente a nossa vocação permanecendo fiéis ao nosso carisma, portanto, naquela simplicidade, naquela busca de essencialidade, naquela pobreza que nos faz sentir, todas, irmãs. Portanto, esta busca forte de viver uma relação fundada no amor do Senhor”.
       Segundo a irmã, as palavras do Papa Francisco expressaram a sua “rica humanidade”, que não se detém nos acessórios, mas busca a profundidade, fortemente revelada por meio de sua presença. “É um momento que é difícil expressar verdadeiramente! Porém, foi uma alegria e uma força que chama ainda mais a uma responsabilidade autêntica, verdadeira, da nossa resposta ao Senhor pela Igreja e pelo Santo Padre”, contou a religiosa.
       O bom humor do Papa Francisco também contagiou as irmãs. "Contou-nos uma coisa simpática, bonita, que nos fez a todos sorrir, inclusive ele mesmo: Maria está à porta do Paraíso; São Pedro nem sempre abre a porta quando chegam os pecadores e, então, Maria sofre um pouco, porém, permanece ali. E à noite, quando se fecham as portas do Paraíso, quando ninguém vê e ouve, Maria abre a porta do Paraíso e deixa entrar todos. Eis que nisto vimos a nossa missão, a nossa vocação”, relatou Irmã Maria Concetta, outra religiosa do Mosteiro de clausura de Albano.
       De acordo com Irmã Concetta, a vocação à vida contemplativa, na clausura, não é compreendida nos dias atuais. No entanto, isso não lhe importa muito. Para ela, o essencial da vocação está na identidade do próprio carisma contemplativo, visto por Deus e mais ninguém.
       “Hoje o Papa, em poucas palavras, nos disse isso. No silêncio, na escuridão, na noite, quando ninguém vê, ninguém sabe, ninguém ouve, quanta gente passa diante dos mosteiros de vida contemplativa e nem mesmo sabe quem está lá dentro e porque estão ali! Neste silêncio, nesta noite, se realiza a nossa missão, ou seja, poder abrir as portas do Paraíso para que toda a humanidade possa entrar, todos os homens, irmãos e irmãs que talvez nem mesmo conheçam, nem mesmo saibam e talvez não tenham o dom fé. Como Maria, abrir a porta; dar novamente confiança, esperança. Ninguém sabe... mas não importa. Porém, Deus o sabe, o sabe Maria!", disse.


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