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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Manifestações no Brasil: Pronunciamento da Presidente Dilma

Dilma promete pacto para melhorar serviços públicos


Dilma Rousseff
Presidente da República Federativa do Brasil

       A presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento na noite da última sexta-feira, dia 21, em cadeia nacional de rádio e TV para falar sobre a série de protestos realizados pelo País. Dilma prometeu chamar os governadores e prefeitos das principais cidades do país e os líderes das manifestações populares para um pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. A presidente anunciou que as ações do governo terão três focos.
       O primeiro será a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. O segundo é a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação, proposta que está em discussão no Congresso. Para melhorar a saúde, Dilma prometeu trazer mais médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
       De acordo com a presidente, o vigor das manifestações pode ser aproveitado para que sejam tomadas medidas que beneficiem a população e já começaram a produzir resultados, como a redução das tarifas de ônibus em diversas cidades brasileiras. “As manifestações desta semana trouxeram importantes lições. As tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam prioridade nacional”, declarou. Dilma disse ainda que não deixará de combater a corrupção. “Sou a presidenta de todos os brasileiros. Dos que se manifestam e dos que não se manifestam. A mensagem direta das ruas é pacífica e democrática. Ela reivindica um combate sistemático à corrupção e ao desvio de dinheiro público. Todos me conhecem. Disso eu não abro mão”.
       A presidente passou o dia discutindo os protestos e manifestações que ocorrem no país e que reuniram  quase 2 milhões de pessoas em 438 cidades na última quinta-feira, dia 20. De manhã, a presidenta se reuniu com ministros, entre eles o da Justiça, José Eduardo Cardozo. Também recebeu o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno.
       A onda de manifestações pelo país começou em São Paulo, reivindicando a revogação do reajuste da tarifa de ônibus de R$3 para R$3,20. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), voltaram atrás no reajuste, mas os protestos continuaram e se ampliaram pelo país.
       Entre as causas defendidas pelos manifestantes estão o fim da impunidade, da corrupção e a crítica aos gastos públicos com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Também são contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público.


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